Por Daniel Brown
Um dos 7 marinheiros que morreram a bordo do USS Fitzgerald (DDG 62) salvou mais de uma dúzia de seus companheiros companheiros antes que acabasse perdendo a própria vida, informou o The Daily Beast.
O destroyer USS Fitzgerald colidiu com um navio mercante de bandeira filipina ACX Cristal cerca de 56 milhas ao largo da costa do Japão no último sábado.
Sete marinheiros foram encontrados mais tarde, mortos em compartimentos inundados no navio. Quando o Fitzgerald colidiu com o navio mercante, Gary Leo Rehm Jr. (37 anos), Fire Controlman de 1ª Classe, “entrou em ação”, segundo o The Daily Beast.
O destroyer foi atingido abaixo da linha d’água, e a US navy informou à família de Rehm Jr. que ele foi até o local e salvou pelo menos 20 marinheiros, de acordo com a TV WBNS-10 em Columbus, Ohio.
Mas quando ele retornou para salvar os outros seis marinheiros, a inundação aumentou demasiadamente e a escotilha foi fechada, disse a TV WBNS-10.
“Assim era Gary”, disse Christopher Garguilo, amigo de Rehm Jr. à NBC4i em Columbus, Ohio. ‘Ele nunca pensou em si mesmo.’
“Ele chamava os marinheiros a bordo do navio de filhos”, disse seu tio, Stanley Rehm Jr., ao The Daily Beast. “Ele dizia: ‘Se meus filhos morrerem, eu também vou morrer.’”
Rehm Jr. era conhecido por convidar “seus filhos” para sua casa na Virginia quando o navio estava atracado nos EUA, disse seu tio. “Ele estava sempre pronto a ajudar quem precisava. Ele era apenas esse tipo de cara”.
“Gary era um daqueles caras que sempre tinha um sorriso no rosto,” disse Daniel Kahle, que serviu com Rehm Jr. no USS Ponce (LPD 15), ao Chronicle-Telegram. “Gary foi um grande cara e é uma grande perda. Ele precisa ser lembrado para que todos saibam a pessoa que ele era”.
O tio de Rehm Jr. disse ao The Daily Beast que ele seguiu os passos de seu avô, entrando na Marinha após a escola. Rehm Jr. estava considerando se aposentar em breve, ao The Daily Beast.
O USS Fitzgerald recebeu este nome em homenagem a outro marinheiro, o Tenente William Fitzgerald que, como seu pai, também se juntou a Marinha assim que saiu da escola.
Em agosto de 1967, ele estava operando com as forças sul-vietnamitas em um complexo perto do delta do rio Tra Khuc, quando ficou sob fogo Vietcong pesado. Fitzgerald ordenou que as forças sul-vietnamitas e civis fugissem para o rio em barcos pequenos, mas ele foi morto enquanto cobria sua fuga pelo fogo inimigo.
De acordo com a Marinha, abaixo os nomes dos marinheiros falecidos no acidente:
- Gunner’s Mate Seaman Dakota Kyle Rigsby, 19, de Palmyra, Virginia
- Yeoman 3rd Class Shingo Alexander Douglass, 25, de San Diego
- Sonar Technician 3rd Class Ngoc T Truong Huynh, 25, de Oakville, Connecticut
- Gunner’s Mate 2nd Class Noe Hernandez, 26, de Weslaco, Texas
- Fire Controlman 2nd Class Carlosvictor Ganzon Sibayan, 23, de Chula Vista, California
- Personnel Specialist 1st Class Xavier Alec Martin, 24, de Halethorpe, Maryland
- Fire Controlman 1st Class Gary Leo Rehm Jr., 37, de Elyria, Ohio
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE:businessinsider
Dalton, o que é mais incrível ainda é que existiram muitos outros verdadeiros heróis sobre os quais nunca nada saberemos. Temos que lembrar também daqueles que se voluntariam p/ servir como agentes infiltrados, pois se descobertos não serão ‘apenas’ executados, mas serão barbaramente torturados – lógico que não estou falando de todos os conflitos, mas dependendo do inimigo ( nazistas, japoneses na 2ª GM, radicais islâmicos, etc. ) isso é corriqueiro. Abs.
Bom dia Dalton.
Falando no John Basilone, para quem ainda não viu, vale a pena assistir o seriado “The Pacific” da HBO, que tem como protagonista justamente o Basilione. Muito bom e produzido por ninguém menos que Steven Spielberg e Tom Hanks.
Para quem ainda não assistiu, vale a pena assistir também o seriado “Band Of Brother”, também dos mesmos diretores, só que sobre o front europeu da segunda guerra.
Sobre a Homenagem, USS Gary Leo, seria um bom nome.
Luciano…
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verdade, além de destroyers , também as fragatas na US Navy são batizadas com com nomes de combatentes que normalmente
receberam altas condecorações…provavelmente as novas fragatas que serão construídas após o término do programa “LCS”
continuarão com essa tradição.
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E falando em “Guadalcanal” um novo “destroyer” já encomendado com previsão de ser entregue daqui 5 anos homenageará o sargento fuzileiro John Basilone que destacou-se em “Guadalcanal” recebeu a Medalha de Honra, voltou aos EUA para ajudar
na venda de bônus de guerra, mas, inconformado com isso, exigiu retornar ao combate e acabou morrendo em Iwo Jima,
não antes de demonstrar bravura outra vez…ele recém havia casado inclusive…mas…vá entender…homens assim !
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abs
Caro Dalton, me lembrei de uma homenagem a alguém que se sacrificou na batalha de Guadalcanal na 2ª GM, que batizou um destroier ainda durante a guerra e que este também protagonizou atos heróicos na batalha do golfo de Leyte : o USS Samuel B. Roberts ! Tem até um documentário sobre este navio na série Hero Ships do History.
Verdadeiro herói. Descanse em paz.
Foi fechada para evitar que a inundação se espalhasse e colocasse o navio e consequentemente mais tripulantes
em risco…não deve ter sido uma decisão fácil, mas, foi correta.
Jorge Alberto, os navios possuem compartimentos estanques, para que quando ocorra um acidente como esse, o embarque de água seja restrito ao menor número possível de compartimentos. Então, fechando-se as escotilhas dos compartimentos inundados o embaruqe de água cessa. Se as escotilhas permanecem abertas, o embarque de água continua, de um compartimento para outro, sucessivamente, até que o navio afunde. Logo, para não perder o navio e para não causar mais mortes, a escoltilha deve ser fechada, tendo, ou não, alguém dentro do compartimento inundado.
É de mais pessoas assim que o mundo precisa! Deus o ponha em um bom lugar ao seu lado.
Ainda me pergunto: Pq a escotilha teve q ser fechada?
Como mencionado pelo Luciano acima, mereceria ter seu nome na popa de um “destroyer” e com tantos novos “Arleigh Burkes”
projetados é bem possível desde que mais “não combatentes” sejam homenageados…dois dos futuros “destroyers” homenagearão uma enfermeira e um senador que nunca serviu às forças armadas…certamente poderiam ter seus nomes
utilizados em “navios auxiliares” por exemplo, mas, foge da tradicional maneira de se batizar “destroyers” com nomes de
combatentes muitos dos quais receberam altas condecorações.
Se entendi bem… tenho dó da cabeça do tipo que teve obrigatoriamente que fechar a escotilha. Triste!
7 herois ! Quao importante sao treinamento e equipamento – mesmo na mais rica marinha do mundo, acidentes acontecem, e em defesa, acidentes podem resultar em mortes. Triste, ver profissionais tão jovens serem ceivados. Que Deus conforte a família das vítimas.
O cara morreu salvando vidas, quanta bravura, que Deus o tenha em bom lugar e console os familiares que devem se orgulhar !!!
Merece ter seu nome num navio da US Navy.
Verdadeiros Heróis,se sacrificaram em nome da Liberdade!