Quase ninguém acredita que os EUA podem construir um bombardeiro acessível. As Forças Aéreas estão planejando um projeto de bilhões de dólares, mas não abrem o jogo quanto a ele.
Da última vez que as Forças Aéreas dos EUA desenvolveram um bombardeiro, os aviões custaram US$2,2 bilhões cada e não podiam ser guardados na chuva.
O bombardeiro B-2 Spirit, cujo revestimento sensitivo ajuda a tornar mais difícil que seja detectado em um radar inimigo, deve ser abrigado em hangares com climatização controlada em uma base aérea em Missouri. Nenhum dos 20 aviões está no exterior, onde poderia responder melhor e mais rápido em um momento de crise.
Agora, com pouco debate público, as Forças Aéreas estão desenvolvendo um novo bombardeiro que prometem construir com tecnologia avançada por uma fração do preço do B-2. Poucos fora do Pentágono acreditam no preço propagandeado de US$55 bilhões por uma frota planejada de 100 deles.
Conforme as Forças Armadas preparam-se para adjudicar um contrato em meses para construir o novo bombardeiro, também há um debate sobre ele ser ou não necessário em uma era de veículos não tripulados e guerras não convencionais contra forças irregulares.
O avião, que pode não estar pronto para combate até 2030, pode já estar fora de moda em uma era de mísseis relativamente baratos e drones que podem ser construídos a partir de impressoras 3D, disse T.X. Hammes, pesquisador na Universidade de Defesa Nacional dos EUA.
Fácil de combater
“Estamos investindo no modelo antigo de campo de batalha e ignorando a revolução de aviação do “pequeno, inteligente e em grandes quantidades””, disse Hammes. “Vamos construir esse sistema incrivelmente caro que é facilmente combatível” enquanto a tecnologia avançada em satélites ajuda adversários a desmascarar os aviões.
Oficiais das Forças Armadas dizem que críticas não fazem sentido sobre um programa que acabou de começar.
“Já existem as suspeitas usuais, estão nos dizendo que não precisamos disso ou que não vai funcionar”, disse o Major Garrett Harencak, chefe assistente de dissuasão estratégica e integração nuclear. O novo bombardeiro “será acessível e é extremamente necessário”, ele disse.
Tríade nuclear
Oficiais do Pentágono dizem que o novo bombardeiro será necessário para substituir os existentes que estão envelhecendo.
Gordon Adams, professor na American University em Washington que era oficial de orçamento de segurança na administração Clinton disse que “o que é velho não importa” porque você “os usa esparsamente”, e o B-2 e outros bombardeiros continuam a ser atualizados.
O B-2, que voou pela primeira vez em 1989, consegue carregar armas nucleares como parte da tríade “terra-água-ar” que tinha intenção de deter países armados nuclearmente como a Rússia, China e Coreia do Norte.
Além disso, só o B-2 pode carregar as bombas convencionais mais pesadas dos EUA, que seriam usadas se os EUA quisessem atacar alvos como as dependências nucleares no Irã.
O B-2, apesar de ter tido um papel secundário no combate, foi usado na ofensiva a Kosovoa de 1999 e em missões no Afeganistão, Iraque e Líbia. As Forças Aéreas construíram abrigos especiais em Diego Garcia no Oceano Índico.
Fundos comprometidos
O projeto para construir o bombardeiro é tão secreto que o Departamento de Defesa não discute o trabalho de desenvolvimento que já está ocorrendo ou quem está sendo responsável por ele. Qualquer que seja a empreiteira que realizou o trabalho preliminar “provavelmente possui uma vantagem no contrato de produção”, disse o analista da aviação Jeremiah Gertler do Serviço de Pesquisa Congressional.
As Forças Aéreas já se comprometeram a gastar US$15,1 bilhões até 2020 para desenvolver o novo bombardeiro, sem incluir o trabalho de orçamentos classificados. Os fundos estão crescendo de cerca de US$349 milhões em 2014 para US$1,2 bilhões no ano que vem, de acordo com o último plano de orçamento das Forças Aéreas, e projeta-se que ele cresça todos os anos até atingir US$3,79 bilhões em 2020.
Adicionados em custos de desenvolvimento e inflação nos próximos anos, o preço do bombardeiro pode saltar em quase dois terços para cerca de US$900 milhões por avião nos anos 2030, de acordo com Todd Harrison, um analista de orçamento militar no Centro de Estratégia e Ativos Orçamentários em Washington.
Fantasia selvagem
A estimativa de custos de US$550 milhões é baseada em dólares de 2010 e assume a compra de todos os 100 aviões. Quanto menos forem adquiridos, maior o custo da unidade, da mesma maneira que o preço do B-2 inflou conforme o projeto foi reduzido de 132 para 75 bombardeiro e depois para 20 após o término da Guerra fria.
Hammes, que disse que é uma “fantasia selvagem” acreditar que as Forças Aéreas construam 100 dos novos bombardeiros, previu que o custo por unidade pode subir a US$3 bilhões, mais caro do que o B-2.
O general das Forças Aéreas Paul Johnson disse que o novo modelo terá tecnologias avançadas para permanecer indetectável, mesmo que o B-2 se torne mais vulnerável a defesas aéreas.
Limites de segredos
Depender apenas de armas que necessitam de suportes como mísseis para combater alvos não é adequado, disse Rebecca Grant, que trabalhou no B-2 nos anos 1990 e agora é presidente da IRIS Pesquisa Independente em Washington. “Esses mísseis são inadequados para muitos tipos de serviços”, ela disse.
Ainda assim, a natureza secreta do programa preveniu qualquer discussão pública a respeito de quanto mais um novo bombardeiro poderia fazer, seu custo em comparação com o B-2 e porque ele valeria o investimento de bilhões de dólares.
O senador John McCain, diretor do Comitê de Serviços Armados e crítico de gastos em sistemas de armamentos, disse que precisa ouvir mais sobre o novo bombardeiro.
“As Forças Aéreas precisam fazer o caso, mesmo que tenhamos pessoas classificadas para escutá-lo”, disse o republicano. “Não estou convencido ainda, mas não rejeito o projeto. Quero que eles me convençam”.
FONTE: Portal Infomoney / Bloomberg
Acredito que não adianta perder tempo discutindo quem sairia ganhando num conflito convencional entre EUA e Russia, pois muito se avançou dos dois lados, e ambos tem estratégias bem elaboradas para um conflito de grande porte, logo, um F-35 pode ser mortal ou mortalizado a depender do cenário que ele for enfrentar, pois sim, já existem meios de identificá-lo, logo, ele tbm pode ser abatido, sendo isso dificil ou não, já é uma possibilidade bem real.
Os EUA tem caminho a percorrer na questão dos bombardeiros, pois os sistemas anti aéreo russos e chineses estão avançando muito e rápido, logo logo teremos o S-500 e diante disso os EUA precisa despertar para a necessidade de abandonar projetos estelares e upgradear seus meios vigentes, para manter a paridade de poder e dissuasão.
Sinceramente, o B-2 é o melhor bombardeiro do mundo em níveis tecnológicos, mas é lógico que possui limitações bem esdrúxulas como alguns aqui já citaram, e que precisam ser sanadas para manter sua superioridade na sua área de atuação.
o americano THAAD, é o aegis system não contam ?
o S-500 estar sendo criado justamente para tentar concorrer com esses que eu citei..
…….é um diálogo muito técnico o de vocês colegas Bosco,RR e Topol…aprendo cada vez mais…..e melhora quando as paixões políticas surgem….Saudações
Esse monte de tecnologias imbatíveis dos EUA é como dizia Raul Seixas “É muita estrela para pouca constelação”, muitos gostam de acreditar das coisas que vem dos noticiários e meios de comunicação ocidentais e “demonizam” tudo que dizer o contrário e taxando-os de factóide, duvidoso, etc… porém, se esquecem que essas tecnologias ainda tem que se provar em combate também, assim como as tecnologias russas que é mais ou menos pelo mesmo caminho… 80% é notícia divulgada pelas empresas que as criaram e pelos respectivos departamentos de defesa solicitantes que as encomendaram e podem muito bem manipular as notícias sobre os resultados “para melhor” ou “para pior”, dependendo das circunstancias que mais lhes convierem no momento, isso também faz parte do jogo e pode ter certeza que é usado pelos dois lados…
Seria bom se houvesse um INMETRO para avaliar os resultados de cada equipamento frente ao outro criado para neutralizá-lo, só assim saberíamos “quem é quem”, mas infelizmente esse “tira teima” não seria nada bonito de se ver e o melhor a fazer é deixar todas essas máquinas e métodos de matar e não ser morto só no campo da dissuasão mesmo, pois o resultado de sua utilização lembrem-se é só fumaça, escombros e morte. E o melhor disso tudo é que ainda de quebra temos assunto para debater por meses a fio traçando nossas projeções sobre um sistema se opondo ao outro e aquela dúvida cruel cada vez que novas capacidades são acrescentadas ao “jogo” e os correligionários de um e de outro queimando a mufa mais que os generais do Tio Sam e do Sr. Ivan para demonstrar que suas “teorias” estão corretas, faz parte amigos afinal de contas é uma guerra.
Saudações…
Topol,
E os radares de baixa frequência? Estes não precisam ser provados em combate?
E os super sistemas de mísseis S-300 e S-400? Não precisam?
Quantos bombardeiros stealths esses sistemas já derrubaram?
Quantos caças dotados de contra medidas avançadas esses sistemas já atingiram?
E onde foi que eu ou alguém disse que as aeronaves americanas são imbatíveis. Ninguém falou nesses termos. Você está colocando palavras na boca dos outros.
É você que adjetiva e superestima as armas americanas usando termos como “invulnerabilidade dos B-2”. Ninguém diz isso e ninguém acha isso. É você que coloca nesses termos como se alguém tivesse dito isso.
Minha linha de argumentação não é a favor ou contra a Rússia ou os EUA e nem torcendo pra ninguém vencer ninguém, mesmo porque tenho consciência que não haverá guerra direta entre esses dois atores, embora possa haver entre os equipamentos citados.
Em momento algum eu coloco o equipamento americano como invencível ou superior, mesmo porque os dois lados têm doutrinas completamente diferentes e têm equipamentos específicos para colocar em ação suas “filosofias”. O que ocorre de fato não é uma disputa de qual equipamento é melhor e sim qual doutrina é superior.
Pode dar uma olhada nos meus comentários que não vai ver nenhuma afirmação categórica, como por exemplo, algumas que você cita.
Você, por exemplo, diz que “um radar de baixa frequência pode detectar facilmente um B-2”. Logo após eu digo que pode, mas de uma distância x (cito a fonte, que infelizmente não pode ser colada no DAN) e que a essa distância, armas de stand-off de precisão já teriam sido lançadas. Vale salientar que um B-2 pode ser capaz de lançar 216 bombas SDBs antes de ser detectado pelo radar que você citou (Nebo), ou 16 JSOW (com ogiva de fragmentação).
Pronto! Está estabelecido uma discussão racional entre o modus operandi americano x o modus operandi russo, no caso,uma esquadrilha de B-2 atacando um sítio de S-400 dotado de radar VHF Nebo.
Mas aí “vocês” acham ruim e novamente colocam palavras na boca dos outros e dizem que os americanófilos fazem chacota com o equipamento russo. Ora! Isso não é chacota ou pouco caso, é uma questão de análise e de discussão. Você diz uma coisa (que tenha fundamento) e eu digo outra. Isso é debater sobre a doutrina e sobre equipamento.
Você pode muito bem achar furos na doutrina americana que eu expus, assim como eu achei furos no radar Nebo que você citou. Há vários. Se não houvesse os americanos seriam deuses, e não, homens.
Mas ao invés disso vocês fazem beicinho, ficam com raiva, e adjetivam pejorativamente o interlocutor e fazem ironias com suas ideias.
Quais são os furos que podem ser citados na doutrina americana? Vários. Os russos podem usar ECM para interferir no radar do B-2. Os russos podem tentar interferir no GPS das bombas. Os russos podem interceptar as PGMs com sistemas Pantsir. Etc.
Só esse assunto já daria assunto pra um ou dois dias.
Mas o argumento inicial onde você cita que os B-2 são preza fácil para os sistemas S-300/400 foi refutado, e aí, em vez de debaterem, apelam.
Sim Bosco, os sistemas russos tem igualmente que se provar com certeza , eu mesmo escrevi isso eu meu comment, leia com mais atenção e verás, está aí em cima…Assim como os sistemas americanos também tem que provar que os sistema russos são isso são aquilo…Não apelei com você inclusive a anos que leio seus comentarios e ja aprendi muito com você guerreiro, acontece que vejo muitos subestimando as capacidades do lado de lá ou no mínimo tentando levantar o máximo possível de dúvidas sobre sua eficácia, enquanto as capacidades do lado de cá está sempre tudo 100%, garantido e confiável mesmo que ainda seja protótipo e eu acredito que não seja bem por aí não…
Valeu Topol.
E eu do mesmo modo lei com atenção o que escreve e te respeito muito.
Mesmo porque é um dos poucos entusiastas pró russos (se me permite) que entende do que fala. Infelizmente para o debate, a turma de debatedores do lado de lá dos Urais rsrsrsss tem muito mais gritaria panfletária do que conhecimento técnico. rsrsss
Você e alguns poucos são uma grata exceção porque permite levar a discussão mais a fundo.
Mas você há de convir que vez por outra se exalta na defesa dos olhinhos puxados e dos admirados da vodka e chuta o balde. rsrss
Um abraço.
Pois é, estou aí tentando recuperar o Pacto de Varsóvia mas todo mundo que entra só quer saber de OTAN, tá…. mas eu sou “imperriado”, lutarei até o fim ! rsrsrsrs
TOPOL, favor evitar o uso de palavrões nos comentários! Grato.
QSL Padilha, assunto encerrado, R.T.B.
Bosco,porquê quer mudar a opinião dos outros ,não seje presunçoso, voçe acha que somente tu e entendido do assunto respeite a opinião dos leitores deste site.
Nem o McCain está convencido apesar das informações técnicas realmente privilegiadas que possui , o stealth vai ter que provar isso para quem realmente é inimigo de peso,tipo Rússia e China , se não é só torcida mesmo.
stadeu…
Os próprios russos e chineses já mostraram ter receio das capacidades furtivas. Fosse diferente, não estariam fazendo de tudo um pouco para desenvolver técnicas para conter o stealth…
O conceito stealth já provou que funciona. E o fez ao longo dos últimos 25 anos, enfrentando sistemas defensivos diversos… Tanto funciona que quem tem dinheiro está correndo atrás disso; o que inclui russos e chineses…
Ao contrário, são os ditos sistemas anti-stealth que tem que provar a sua eficácia… E até acredito que parte do que está sendo desenvolvido hoje possa funcionar com alguma eficiência, mediante um desenvolvimento sério ( e dependendo da situação ). Afinal de contas, não há aeronave verdadeiramente invisível… Mas se esses métodos deixarem o stealth vulnerável, então certamente será ainda pior para aeronaves de geração anterior… Em resumo: ruim com o stealth, pior sem ele…
È só mandar os comentários postados aqui ao senado americano , quem sabe a torcida organizada junta consegue algum resultado… rs rs rs
“””Quero que eles me convençam.”””
Senador John Sidney MacCain III
Stadeu,
O senador americano quer ser convencido da necessidade de se gastar bilhões para ter bombardeiros, que na opinião de muitos podem ser desnecessários, principalmente levando-se em conta o alto custo.
Os “torcedores” daqui não discutiram esse assunto por esse prisma mas sim se opuseram a algumas afirmações acerca da tecnologia stealth vs sistemas antiaéreos russos.
Eu por exemplo não sou cidadão americano e estou me lixando o quanto custa um bombardeiro novo ou se os americanos precisam de um ou se podem garantir usa dissuasão com armas alternativas.
A minha discussão vai além de bombardeiro avançado americano e adentra na seara de defender a ideia que os sistema antiaéreos russos não são absolutos no campo de batalha e podem sim ser enfrentados, aliás, com sempre os sistemas antiaéreos foram enfrentados.
Simples assim!
Agora, deixo para alguns colegas ditar quem sairia vitorioso num improvável conflito convencional de larga escala entre os americanos e os russos.
Bosco,
O senador McCain faz parte da matéria como um todo, se você a leu toda, por isso este lado foi também analisado por alguns, não só o lado técnico.
E há uma verdade não muito oculta, se exite um país que deve saber muuuuito das contra medidas russas são os EUA, são as informações privilegiadas citadas e com certeza McCain sabe dessas informações, daí , ele um dos que liberam verbas e autorizam projetos ter por dever fazer as contas do custo do projeto e do real benefício de um bombardeiro que se aventure atacar a Rússia.
McCain é um patriota, está num país que possui pena de morte e prisão perpétua,possui lei anti terror e esteve em quase todas as guerras do século 20 , ele não exitaria em liberar um só centavo para esse projeto se o custo benefício valer a pena , é só CONVENCÊ-LO, simples assim.
Quanto esse sonho do ser humano em se tornar invisível as medidas defensivas ou stealth é tão perseguido que há notícias de aviões, navios e até tanques stealth.
E MacCain sabe de algumas coisas que dão grana aos lobys das armas … projetos, reformas,guerras e stealth como subdivisão, o senador não é otário como em certos países que liberam tudo , inclusive uma tela plana de um bilhão de dólares.
ABS.
stadeu,
Eles não precisam da “torcida” de ninguém… Aliás, metódicos como são, “torcida” é a única coisa que os americanos não vão levar em conta… Tem consigo a experiência de décadas do uso de tecnologias para convencer quem quer que seja…
No mais, o Bosco já resumiu tudo…
Então os senhores sugerem que os bombardeiros americanos fiquem velhos e sejam aposentados e eles não podem fazer novos bombardeiros?
Tá bom! Belas análises!
Bosco eu sugeri que pelo menos por enquanto não haveria necessidade, e não há mesmo, a não ser que estejam cumprindo uma determinação do seu centro de avaliação estratégica e orçamentária que sugere que a USAF aposente toda sua frota de bombardeiros B-1 Lancer e B-52 Stratofortress para sobreviver ao “sequestration” de meio trilhão de dólares para os próximos anos e ainda conseguir manter operacional sua pequena e exigente frota de bombardeiros B-2 Spirit que também queira ou não estão envelhecendo, então analisando sob essa ótica faz sentido a USAF se desesperar para produzir um novo bombardeiro estratégico senão logo logo contarão com apenas 20 bombers com cerca de 25 anos de idade em média e também porque PAK-DA está vindo por aí e eles tem a obrigação de manter a balança da “Destruição Mútua Assegurada” ou “Status Quo” equilibrado
Acredito que melhorar a plataforma existente seria a solução para os EUA, ao invés de começar a gastar vultuosos recursos em algo que é incerto, a exemplo disso temos o GDM e o F-35, que consumiram quantidades altíssimas de recursos e não agregaram tanto quanto imaginavam. Os EUA tem capacidade para superar os limites impostos ao B-2 e torná-lo melhor do que já é, isso custaria menos e agregaria mais em um prazo menor que o consumido por um novo projeto. Sds
Bosco
O ônibus espacial foi aposentado.
O concorde foi aposentado.
Assim como tudo que serve por um tempo e depois vira história.
Os Spirit foram importantes porém a sua própria continuidade não se deu pois a sua função primária ( bombardeiro nuclear ) foi suprimida.
E eles foram um erro estratégico ou um tremendo exagero tendo em vista que a época de sua criação os submarinos já operavam com esta mesma objetividade de lançar ataques nucleares aproximados com a máxima discrição. Até os franceses pensaram na possibilidade e desenvolveram seus mísseis de acordo com os meios possíveis ( caso do Mirage e depois do Rafale )
Claro que o B2 foi importante para se chegar ao F22 mas continuar com eles foram duas vertentes: Não admitir que o mais de trilhão gasto faria o mesmo efeito de muito mais baratos e de sucesso equivalente missil de cruzeiro convencional e o fortíssimo Lobby que a guerra fria ajudou a sustentar.
Continuar com uma força de bombardeiros desse tipo seria novamente calcular mal pois a tendência é que ataques estratégicos seja cada vez mais á distância e o B1 já pode cumprir esta função na ala aérea.
Essa noticia só se consolidará ou não daqui a um bom tempo então acho que fica a dúvida.
Afonso,
Não creio que já é chegada a hora de aposentarem o conceito do bombardeiro. Podem até não serem mais tão letais em guerras de alta intensidade e na dissuasão nuclear, mas sempre haverá necessidade deles em operações assimétricas. E já que são necessários, que sejam stealths e que possam ser os mais avançados possíveis.
Eu acredito na superioridade da doutrina ofensiva e acho que bombardeiros sempre conseguirão cumprir sua missão independente do sistema AA ser o mais avançado.
Nunca ouvi falar de guerras serem vencidas pelos que ficavam atrás das muralhas. rsrsss
Um bombardeiro pode ter além da furtividade, todo o equipamento ofensivo e defensivo necessário para penetrar as defesas AA, que no caso de uma aeronave mais limitada, como um caça, é impossível.
Num futuro próximo haverá outras formas de levar grande poder de fogo convencional a grandes distâncias sem o concurso de bombardeiros, tais como os mísseis hipersônicos intercontinentais, que vão “planando” na alta atmosfera depois de despencarem de grande altura. Também podem ser desenvolvidos ICBMs convencionais. Mas a flexibilidade de um bombardeiro sempre será apreciada e está longe o dia que as potências irão se desfazer deles.
Um abraço.
Este bombardeiro será a prova d”água ha ha ha.
Não existem aeronaves indetectaveis por radar nem ovnis, invisível só espírito.
Para que desenvolver uma aeronave deste género gastar bilhões de dólares num momento que a economia mundial esta de mal a pior? americanos ostentação ,pensam que conseguirão penetrar em um país como por exemplo rússia ou china e cumprirem com seus objetivos e sairem vitoriosos em um eventual conflito,na minha opinião os radares russos são mais avançados em relação a todos os países do globo.
A invulnerabilidade do B-2 ao radar já foi por água abaixo a muito tempo, desde que descobriu-se que eles perdem sua característica stealth ante a radares que operam nas faixas VHF do espectro, a Rússia já possui uma variedade de radares de detecção anti stealth em seu portfólio inclusive já foram incrementados no S-400 Triumph e os chineses já equipam toda sua esquadra com esses equipamentos…
Quanto a necessidade de um novo bombardeiro isso parece mais uma desculpa para manter aquecida sua enorme industria bélica aeroespacial…como sempre planta-se uma paranóia de um perigo iminente a segurança do país para justificar gastos trilionários no setor de defesa e assim mantém-se toda a cadeia logística, de materiais, fornecedores, equipamentos e mão de obra super especializada aquecida e trabalhando.
Fazendo uma analise fria os EUA não precisam de mais nenhum bombardeiro para transportar a sua dissuasão…vejamos, em caso de conflito com a Rússia qualquer meio que seja utilizado será detectado e combatido, não importa se for stealth, supersônico, veículo de reentrada, sea skiming, o que for …não passará pelo alerta antecipado e pelas defesas AA Russas sem resposta
Agora analisando um ataque a outras partes do mundo
Em uma missão em que seja necessário uma grande carga de bombas e vôo de longo alcance e que não haja muita resistencia AA pode ser usado os B-52 modernizados
Em uma missão em que haja defesa aérea e que seja necessário escapar de caças para realizar o ataque pode ser usado B-1 Lancer escoltado pelos F-15 e F-22 com enlace de dados
Em uma missão sensível contra um alvo bem protegido em um teritório com capacidade de resposta eles tem o B-2 para um ataque quase invisível e furtivo
Ou seja, para entrar em espaço aéreo da Rússia, atacar e sair ileso nada que venha pelo ar conseguirá essa façanha
E para atacar qualquer outra parte do mundo eles já possuem arsenal mais do que suficiente.
se vc fala dos radares VHF de “baixa frequência”,
não, eles não representam tanto perigo, como alguns podem pensar, esses radares são enormes, precisam de carretas para serem transportados, é só por esse fato, isso lhes tornam muito visiveis para um radar AESA de um f-22 (por exemplo) é esse mesmo podendo assim lançar bombas stand-off , que neutralizaria os de baixa-frequência bem facilmente,
é não fiquei sabendo da “implementação” desse radar nas baterias s-400 ou nos cruzadores chineses, até porque seria uma tarefa bem dificil acoplar um radar gigantescos em um navio
o B-2 continuará sendo a espinha dorsal da força aerea americana por um bom tempo, não existe outro analogo no mundo igual a ele, nem mesmo a russia é china, a tecnologia dele desenvolvida nos anos 70 ainda é imbativel até os dias de hoje, mas claro, não estou dizendo que ele é o “deus dos arés”, mas que as chances para um radar conseguir detectar uma fera daquele é bem pequena, um simples B-2 consegue diminuir o alcance de 400KM de uma bateria (S-400 ) para 70KM………….. se isso não der medo, eu não sei o que vai dar.
Sim Yuri os radares de baixa frequencia detectam facilmente os “temidos” aviões invisíveis Norte Americanos a grandes distancia porém são grandes e desproporcionais para uso naval, é por esse motivo que estão sendo usados por exemplo nos Destroyer type 052C chineses o um radar VHF anti-stealth que o utiliza o método de “half wavelenght ressonance” e possui um tamanho reduzido e igualmente eficaz…e as forças de terra estão usando o JY-26
O S-400 Triumph russo também já integra essa capacidade através do radar VHF RLM-M NEBO que trabalha interligado aos radares de busca e aquisição de alvo e detecção de velocidade direção e altitude do S-400 para neutralizar as habilidades furtivas do B-2, do F-35, do F-22 em mais de 70% em relação a um radar de varredura comum aumentado em muito o tempo de resposta…
E por fim um F-22 pode ter seu AESA embaralhado por um Krasukhas-2 de guerra eletronica capaz de interferir até no Sentinel ou no Hawkeye ficando desorientado e com a detecção VHF a longa distancia ele vira pipoca também bem antes de entrar no campo de visada da JSOW ou do HARM…
Como pode ver se fosse “molinho” os EUA já tinham atacado faz tempo mas como diz o velho ditado quem tem, tem medo !
Topol,
Toda estimativa de alcance de detecção dos radares de baixa frequência é baseada em simulações feitas levando em consideração a “técnica de forma” e não a tecnologia de materiais RAM.
Os materiais RAM colocaram uma variável à ciência dos radares que é impossível de prever sem que seja feitas avaliações reais e cada material é diferente de outro. Não tem como os russos usarem a cobertura RAM deles para fazer estimativas de comportamento do material de cobertura RAM do F-35, ou do B-2 ou do F-22. Todas são diferentes e a dos americanos já está na quarta geração.
Tudo indica que a estimativa de alcance de detecção de aeronaves furtivas por radares de baixa frequência sejam otimistas já que não levam em consideração o fator “RAM”.
Mesmo assim as distâncias de detecção divulgadas não são nada confortáveis para o defensor e está longe o dia que radares de baixa frequência irão detectar aeronaves stealths “facilmente”. A menos que 50 km para um B-2 ou um F-22 seja “facilmente”.
Seria assim se as ditas aeronaves usassem bombas de ferro, burras, mas todos sabemos que estas já não são mais usadas por essas aeronaves, que atacam a partir de distância segura usando armas guiadas de precisão.
E isso é fazendo uma análise simplista. Todo mundo sabe que um hipotético ataque da USAF num conflito de alta intensidade não seria só na base de stealths americanos vs S300/400 russos. Há tantos outros atores e variáveis que discutir isso é ficar restrito a uma visão míope do assunto. E querer ainda prever o resultado desse embate é mais míope ainda.
Se tem uma coisa que um improvável conflito entre russos e americanos não é, é “fácil”.
Bosco
A quem interessar esclarecer essa dúvida sobre alcance de detecção por radar VHF contra alvos Stealth, a melhor referencia que encontrei foi no site ausairpower.com, escrito pelo Dr. Carlo Kopp,
Entrando nesse site você se depara com vários ícones sobre vários tópicos… um deles em especial que diz respeito a “Nebo SVU / M counter VLO Radar Analisys”, entre nesse tópico.
Ao acessar esse tópico tem uma análise detalhada dos radares de baixa frequencia e quase no final da matéria há um gráfico com as curvas de detecção dos variados modelos de radares de baixa frequencia frente a aeronaves com RCSs de 0,001 a 10 M² para serem confrontados na tabela com as distancias em que os contatos são detectados…
Analisando a curva do radar NEBO RLM e levando em consideração que o RCS de um B-2 spirit é dado em torno de 0,1 m² obtemos que a distancia de detecção fica na casa das 120 NMI (algo em torno de 220 km)…
Importante frisar que a variação da altitude da aeronave não está sendo levada em consideração nessa tabela mas muito tem a ver com a distancia em que a mesma possa ser detectada visto que quanto menos altitude mais difícil sua detecção…
Nessa mesma matéria temos outra tabela que mostra as distancias a que contatos com 0,1m² de RCS são detectados em relação as diversas altitudes… só para comparação afirma-se que a 10km de altitude o contato VLO ou stealth é detectado a 270 KM e a 20 Km de altitude é detectado a 380 KM pelo radar NEBO RLM…
Tendo em posse essas duas fontes de dados é possível prever que uma ameaça de um B-2 voando a 26.000 pés ou mais ou menos 8 km de altitude (o que já é uma estimativa de altitude bastante favorável ao B-2) será detectado a mais de 200 km de distancia…
Considerando um vôo de cruzeiro desse bombardeiro a velocidade mach 0,8 (980 km/h) e fazendo uma regra de três simples podemos determinar que o contato é detectado quase 12, 25 minutos antes de estar sobre o alvo… o que é tempo mais que suficiente para a defesa antiaérea apontar e disparar seus mísseis…
No entanto o B-2 não necessita estar “sobre o alvo” para poder atacar, utilizando para isso armas stand off auto propulsadas ou planadoras…
No caso de um ataque utilizando as GBU-39 SDB com 70 km de alcance da qual o B-2 carrega mais de 200 de uma só vez, descontando o tempo e a distancia que a aeronave “economiza” em relação ao alvo devido ao alcance de 70 km das bombas considerando a mesma velocidade de 980 km/h equivale a 4 minutos de voo, a defesa anti aérea teria ainda mais de 8 minutos para reagir antes mesmo que a aeronave entre no raio de ação das suas bombas…
Portanto eu não sei de onde o amigo tirou essa informação de que o B-2 só é detectado a 50 km do alvo, pelo contrário, pelas informações que disponho o termo que usei para nomear a visibilidade desse bombardeiro frente aos radares VHF russos de “facilmente detectável” não fica assim tão esdrúxula como o amigo afirma…
Topol…
A função dos bombardeiros é lançar mísseis de cruzeiro a centenas de quilômetros do seus alvos… Logo, eles não precisam entrar ao alcance do S-400 para atacar alvos vitais ( aliás, apesar de ser utilizável contra aeronaves, o S-400 é predominantemente um sistema anti-balístico; essa é a função original dele )…
Radares de ondas VHF tem diversos problemas… Começa, como o yuri já disse, pelo fato de serem verdadeiros trambolhos… Justamente por funcionarem nas mesmas frequências de rádio e TV, acabam acumulando muito ruído de fundo, o que torna a recepção das ondas mais difícil… De fato, o alcance real é limitado… O comprimento de onda também não é o ideal para direção de tiro, sendo somente utilizáveis como radares de vigilância. Para guiar os mísseis, ainda são necessários radares de frequências mais elevadas, sendo essa a principal ameaça proveniente de um sistema SAM para as aeronaves, assim como o é ( em grau variado ) com radares de aeronaves de caça atuais; e contra a qual o stealth tem o desempenho para atuar…
Por fim, absolutamente nada irá deter um ataque de saturação, com mísseis e iscas aerolançadas aos milhares, acompanhados por pesada ECM ( desde que corretamente utilizada )… E nisso, os bombardeiros continuarão a ter sua utilidade ainda por muitos anos como fator dissuasor, levando armas com grande alcance a grande distância…
concordo com vc quanto a um ataque de saturação tenha a capacidade de atravessar as defesas pois por mais fechada que seja, se forem muitos artefatos vindos de diferentes azimutes irá sobrecarregar o sistema e falhar
e também concordo que os bombardeiros dependendo do caso tem a função de lançar mísseis de cruzeiro fora do alcance das defesas AA, porém esses mísseis como o Tomahawk voam subsonico e são detectáveis e podem ser interceptados por outros sistemas inclusive o Thor e o Pantsir
E quanto ao tamanho do radares de baixa frequencia qual o problema, isso é problema se for em uso naval ainda que já esteja sendo solucionado, bases em terra podem ter grandes radares e o radar VHF como o NEBO RLM não é para direção de tiro e sim para varredura do espaço aéreo, ele detecta o alvo stealth com antecedencia e informa a posição para o sistema do S-400 que tem seus próprios meios de engajar o alvo como você bem sabe.
Os Russos estão preparados para isso RR e os EUA sabem disso, é por isso que a Rússia é o único país do mundo que os EUA põem o rabinho entre as pernas…
Topol
O tamanho está ligado a mobilidade… Quanto maior, mais difícil mover… E hoje, mobilidade é tudo, posto ser necessário mudar de posição para dificultar os trabalhos de inteligência do adversário…
Como disse acima, os mísseis viriam acompanhados de centenas de iscas aerolançadas, visando confundir as defesas. Evidente que os próprios mísseis poderiam ser localizados, mas isso o seria em meio as iscas, o que dificultaria muito uma interceptação…
Concordo que penetrar em espaço aéreo defendido por esse emaranhado de sistemas é suicídio. Contudo, o desenvolvimento de armas stand off visa justamente manter as aeronaves fora do alcance de sistemas SAM. A combinação dessas armas com o stealth pode permitir a uma aeronave ir até o limite do circulo defensivo e lançar sua carga sem ser localizada…
Enfim, é um jogo de gato e rato, no qual quem ataca do ar tem as vantagens…
RR,
A maioria só quer ler o título de alguns artigos. Por exemplo, um artigo diz: Radar de baixa frequência detecta bombardeiro B2 americano.
Pronto! Isso basta pra 99% do público. E vira uma verdade absoluta.
Muitos (e não incluo o Topol nessa turma) sequer leem o texto do artigo ou sequer gastam um tempinho por procurar outras fontes que corroborem ou contrapõem argumentos ao texto.
Por exemplo, o site que temos acesso e que é mais técnico e confiável é o “ausaaipower”, do Carlo Kop. Nele se diz claramente o alcance que o Nebo detecta uma aeronave furtiva. Lá fica claro que as estimativas não são nada “fantásticas”. E mesmo assim são só estimativas haja vista que os americanos não emprestaram seus bombardeiros para que fossem feitos testes com o radar russo.
De outro modo, há de se saber quantos sistema NEBO foram implementados? A Rússia é um dos maiores países do mundo. De tamanho continental. Seria preciso algumas centenas de radares Nebu (só pra citar um exemplo) para cobrir todos as possíveis rotas de penetração de um bombardeiro B-2 ou de um futuro sucessor dele.
Mas o que os leigos como nós entendemos é que se os russos possuem um radar que detecta avião furtivo americano então os aviões furtivos americanos podem ser jogados no lixo.
Ora! Antes dos aviões furtivos já existiam radares que detectavam aviões convencionais (não furtivos) e nem por isso houve uma extinção dos aviões de caça e bombardeiros.
Não será o Nebu ou qualquer outro radar de baixa frequência que irá decretar o fim dos aviões furtivos, assim como o radar não decretou o fim dos aviões de combate.
Um abraço.
Olá, Bosco.
Concordo.
Muita gente se deixa levar por gostos pessoais… Tudo bem que imparcialidade não existe, mas não há razão para que as pessoas, ao analisarem um assunto, o façam por todos os lados da questão e, como você disse, busquem informação… E isso implica, evidentemente, em deixar as preferências de lado.
Fazer perguntas sempre é preciso. Por exemplo: um F-117 foi derrubado. Em quais circunstâncias se deram o abate? A máquina estava sendo operada corretamente? Qual sistema foi usado para derruba-lo? Enfim… Aplicação da lógica, pura e simples, para se chegar aos motivos e, consequentemente, ao mais perto da verdade…
Quanto as aeronaves furtivas, se mesmo elas, cujo conceito stealth efetivamente funciona ( já provou isso em diversas campanhas militares até aqui ), estariam vulneráveis hoje, que dirá as de geração anterior…
Saudações.
Os radares VHF NEBO russos assim como os JY-26 chineses apesar de grandes são perfeitamente móveis colega RR, montados em chassis de carretas e podem ser mudados de local em questão de horas e sua utilização operando interligados ao sistemas como o S-400 dão a Rússia a vantagem de poder engajar o alvo mesmo antes de entrarem no raio de ação dos seus mísseis HARM e das bombas guiadas… Se o ataque for realizado com mísseis de cruzeiro (no caso de um B-2) ainda de fora da cobertura radar AA a detecção e interceptação dos mísseis ficaria a cargo dos sistemas Thor e Pantsir que tem nessa finalidade uma de suas especialidades.
Topol,
Eles são, de fato, móveis. Não disse o contrário. Apenas disse que quanto maior o equipamento, mais difícil mover. E no cenário dinâmico da guerra moderna, qualquer atraso é letal… E você mesmo deu a diga de como a coisa é russa ( com o perdão do trocadilho ) para esses radares: podem ser horas para se mover um radar como esse do lugar, o que, dependendo da situação, poderia dar tempo de sobra para um revide…
Não há uma necessidade específica do HARM ou bombas guiadas para se golpear esses sistemas. Aliás, esse tipo de arma seria somente para ser utilizada numa fase posterior da campanha aérea, buscando alvos de oportunidade ( quando a defesa aérea for neutralizada )… Armas stand off de alcance variado podem ser orientadas para atacar esses objetivos, identificados previamente por reconhecimento eletrônico ( satélite ou reconhecedores munidos de sistemas SLAR/SAR ). Munidos de misseis como o JSM, RBS-15 ou o Brahmos, um atacante mais furtivo pode lograr aproximar-se das defesas e lançar suas armas antes que entre na “no scape zone” de qualquer míssil do sistema S-400 ( exceto, talvez, o míssil 40N6 ). E, torno a repetir, tudo “regado” a iscas aerolançadas, além de poderoso ECM ( que, se bem utilizado, pode prejudicar o alcance dos radares ), o que torna o espaço aéreo uma verdadeira “loteria”…
Ademais, como também já disse, o S-400 é um sistema predominantemente anti-balístico, com seus principais mísseis sendo produzidos para tal, de modo que custo a crer que seus mísseis mais performantes teriam o melhor desempenho para engajar aeronaves ou mísseis que estejam voando a média ou baixa altura. No mais, o míssil exportável de maior perfomance do S-400 seria o 48N6 ( 250 km ), por conta do tratado MCTR. Ou seja, somente a Rússia teria o 40N6, de 400km.
Lembre-se que o alcance máximo divulgado dos radares não é o alcance prático em relação as aeronaves. Independente do radar, o alcance vai variar de acordo com uma série de fatores, que incluem a potencia do radar, suas ondas, o RCS da aeronave, etc. Para aeronaves como um caça, o alcance será efetivamente menor do que para um bombardeiro, assim como para com um míssil será ainda menor…
A rigor, a maior contribuição das defesas AA hoje é se manter presente, com vistas a obrigar um adversário a gastar rios de dinheiro para neutraliza-la; o que pode tornar-se inviável, dependendo da quantidade e qualidade dos sistemas. Por isso, não ouso dizer que sistemas SAM são inúteis ( longe disso ), mas confiar neles pode se revelar um erro ( um erro que praticamente todas as FAs estão conscientes )…
RR,
O B-2, o F-22 e o F-35 podem (poderão) usar seu radar no modo SAR e GMTI para detectar um Nebu em trânsito.
A mobilidade era importante antes do advento de aeronaves de combate dotadas de radares com as capacidades mencionadas, e ainda mais, sendo stealths.
Se antes o radar se mover ajudava pra ele não ser destruído, não mais.
Antes o reconhecimento era feito por satélite ou avião , era fotográfico e mesmo que os dados fossem transmitidos em tempo real para uma base, não eram transmitidos em tempo real para as aeronaves de ataque, portanto, se um radar ou se um sítio de defesa antiaérea se deslocasse de tempos em tempos, seria muito difícil garantir sua destruição.
O mesmo se podia dizer de radares SAR instalados em aeronaves.
Hoje, não mais!
Hoje, com o conceito de NWC, há um abastecimento das aeronaves atacantes em tempo real com dados vindos de satélites e aeronaves de reconhecimento, que somados aos dados dos sensores do próprio avião atacante, pode engajar alvos mesmo que eles tenham se deslocado do ponto original e mesmo até que estejam em pleno movimento.
E se já existe avião de ataque com baixo RCS, ainda não fizeram o mesmo com caminhão lançador de míssil ou caminhão portador de radar de baixa frequência.
A vantagem passou a ser hoje da aeronave mais ainda do que no passado, já que ambos, o atacante (caça ou bombardeiro stealth) e o defensor (sítio de S-300/400) usam radar como sensor primário, mas só um é stealth (e todo mundo sabe que um caminhão tem mais retorno radar que um Jumbo 747 levando um ônibus espacial nas costas).
Antes, na época da Guerra Fria, não havia como um aeronave achar um alvo específico no chão devido ao ruído de fundo, já para o radar era mole achar a aeronave contra o céu azul.
Hoje, as cartas mudaram de mão. As aeronaves ficaram difíceis de serem detectadas, enquanto os novos radares têm alto desempenho em detectar e discriminar alvos no solo, e isso a dezenas, centenas de quilômetros.
Um Nebo detecta um F-22 ou um B-2 a não mais do que 50 km (sendo muito otimista, de acordo com o “ausairpower.com”), já o radar dessas aeronaves, voando a grande altitude, podem detectar um Nebo a 250 km de distância, esteja ele com o radar montado, recolhido, parado ou em movimento.
Do B-2 é dito inclusive que ele tem conexão direta com os satélite Lacrosse/Onix, dotados de radar SAR, e que poderia receber dados em tempo real da posição de ICBMs móveis, lançadores de mísseis, radares, etc.
E vale ressaltar: cada B-2 pode lançar 216 bombas SDBs. Um ataque coordenado de 4 B-2 lançaria quase 1000 bombas num curto espaço de tempo.
Nem todos os Pantsir e Tor do mundo poderiam dar conta de um ataque dessa proporção.
Topol,
Passaria o dia discordando pontualmente de cada afirmativa sua mas não iria mudar em nada suas convicções e sua leitura dos fatos. Então seria perda de tempo minha de escrever e sua de ler.
Só uma coisa, o que faz os EUA porem o rabo por entre as pernas no caso da Rússia é seu arsenal nuclear. Já os russos não se metem com os americanos por conta de seu arsenal nuclear e sua capacidade de combate convencional.
O B2 Spirit foi um fracasso estratégico que virou um ” elefante branco voador ”
Assim como seria hoje querer construir por exemplo um cruzador. Inútil e caro e desnecessário.
não diga isso para o JSOW