O presidente interino Alexander Turchinov anunciou hoje que a Ucrânia fechou seu espaço aéreo aos aviões não comerciais. “Caso ocorra um ataque das forças russas, ele será considerado uma agressão”, disse hoje em entrevista coletiva no parlamento.
Na mesma entrevista coletiva, o primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk classificou a movimentação como “uma declaração de guerra”.
Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), afirmou hoje que a movimentação da Rússia “ameaça a paz e a segurança da Europa” e o país deve “cessar suas atividades e ameaças” na Ucrânia. Ele estava prestes a iniciar uma reunião de embaixadores dos 28 países da Aliança Atlântica para debater a situação ucraniana.
A decisão vem no momento em que caminhões militares russos avançam pela estrada até Simferópol, capital da república autônoma da Crimeia, desde a cidade de Sebastopol, base da Frota do Mar Negro russa.
“O comando russo das tropas na Crimeia lançou um ultimato às forças ucranianas para que antes das 5 horas (meia-noite no Brasil) de hoje entregassem suas armas e abandonassem suas unidades”, afirmou Turchinov. As unidades militares teriam sido bloqueadas pelos russos. Os soldados ucranianos não ofereceram resistência e não houve ataque, disse o presidente interino.
O presidente russo Vladimir Putin desafiou pedidos de países ocidentais para recuar da invasão. Segundo ele, a Rússia tem o direito de proteger seus interesses na população de fala russa da Crimeia e de outras partes da Ucrânia.
Há poucas opções para os governos ocidentais para conter os movimentos militares russos. O Conselho do Atlântico Norte da Otan, responsável pelas decisões políticas, deve se reunir neste domingo com a Comissão Otan-Ucrânia.
Os Estados Unidos disseram que, em repúdio à invasão, suspenderão sua participação nos encontros preparatórios da reunião do G-8 que deve ocorrer em Sochi em junho. Até o papa Francisco se manifestou, pedindo orações pela Ucrânia e instando a comunidade internacional a apoiar o diálogo no país.
A Ucrânia já convocou seus reservistas e despachou o Exército para defender as fronteiras. Na frente diplomática, o ministro das Relações Exteriores foi orientado a denunciar a Rússia por descumprir o Tratado de Amsterdã, que foi assinado em 1994 e garantia a proteção da soberania da Ucrânia.
Não há, porém, sinais de ataques a russos étnicos na Crimeia, onde Moscou mantém uma importante base naval.
FONTE: Folhapress
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