O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou nesta terça-feira o país de um acordo nuclear internacional com o Irã, aumentando o risco de conflitos no Oriente Médio, irritando aliados europeus e lançando incerteza sobre o fornecimento mundial de petróleo.
Trump disse em um pronunciamento televisionado a partir da Casa Branca que vai reinstaurar as sanções econômicas ao Irã para minar “um acordo horrível, que só contempla um lado e que não deveria nunca, nunca ter sido feito”.
O acordo de 2015, estabelecido por Estados Unidos, cinco outras potências mundiais e o Irã, suspendeu as sanções ao Irã em troca do governo de Teerã limitar seu programa nuclear. O pacto foi desenvolvido para evitar que o Irã obtivesse armas nucleares.
Trump reclama que o acordo, um dos principais feitos na política externa de seu antecessor democrata, Barack Obama, não aborda o programa de mísseis balísticos do Irã, as atividades nucleares do país depois de 2025 ou o seu papel nos conflitos no Iêmen e na Síria.
O Irã tem ampliado sua influência política e militar no Oriente Médio nos últimos anos, preocupando profundamente os principais aliados dos EUA na região: Israel e Arábia Saudita.
Ressaltando as tensões na região, as forças militares israelenses entraram em alerta máximo nesta terça-feira diante de um possível atrito com a vizinha Síria, cujo governo é aliado do Irã.
Um ataque aéreo israelense mirou uma posição do Exército sírio ao sul de Damasco na terça-feira, mas não causou vítimas, disse à Reuters um comandante na aliança regional que apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad.
Abandonar o acordo com o Irã foi o mais recente episódio na campanha de Trump “A América Primeiro”, que levou os Estados Unidos a anunciar sua retirada do acordo climático de Paris, chegar perto de uma disputa comercial com a China e a saída do Acordo Comercial Ásia-Pacífico.
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse nesta terça-feira que o país continuaria no acordo mesmo sem Washington.
A televisão estatal iraniana informou que a decisão de Trump é “ilegal, ilegítima e mina acordos internacionais”.
A renovação das sanções dificultaria muito a venda do petróleo iraniano, assim como o uso do sistema bancário internacional pelo país.
O Irã é o terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, com produção de aproximadamente 3,8 milhões de barris por dia, algo em torno de 4 por cento da produção mundial da commodity. China, Índia, Japão e Coreia do Sul são os principais compradores dos 2,5 milhões de barris por dia exportados pelo Irã.
De acordo com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, as sanções relacionadas aos setores energético, automotivo e financeiro do país serão restabelecidas em um período entre três e seis meses.
Os preços do petróleo subiram, recuperando algumas perdas, após o anúncio de Trump, em uma sessão volátil na qual os preços haviam caído até 4 por cento no início do dia.
ACORDO “PODRE”
Trump afirmou que o acordo nuclear não prevenia o Irã de trapacear e continuar sua busca por armas nucleares.
“Está claro para mim que nós não podemos impedir uma bomba nuclear do Irã sob a estrutura podre e decadente do atual acordo”, disse. “O acordo com o Irã é falho em seu cerne.”
O Irã nega ter tentado fabricar armas atômicas e diz que seu programa nuclear tem objetivos pacíficos. Inspetores da ONU dizem que o Irã não desrespeitou o acordo nuclear e as próprias autoridades norte-americanas já afirmaram diversas vezes que o Irã cumpria tecnicamente o acordo.
Trump disse estar disposto a negociar um novo acordo com o Irã, mas Teerã já descartou essa possibilidade, ameaçando com retaliações não especificadas se Washington se retirasse.
A decisão de Trump desdenha aliados europeus como a França, o Reino Unido e a Alemanha, que também assinaram o documento e se esforçaram para que os Estados Unidos o preservasse. Os europeus devem agora se mexer para encontrar um novo jeito de proceder com Teerã.
A China e a Rússia também são países signatários do mesmo acordo.
Os líderes de Reino Unido, Alemanha e França disseram em um comunicado conjunto que a decisão de Trump era motivo de “pesar e preocupação”, exigindo que os Estados Unidos não tomem atitudes que dificultem a vida para outros países que ainda queiram continuar no acordo com o Irã.
Obama descreveu a decisão de Trump de se retirar do acordo, conhecido formalmente como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), como “equivocada”.
“Acredito que a decisão de colocar o JCPOA em risco sem nenhuma violação iraniana no acordo é um erro sério”, disse Obama em nota.
O poder político e militar crescente do Irã no Iêmen, na Síria, no Líbano e no Iraque preocupa os Estados Unidos, Israel e seus aliados árabes, como a Arábia Saudita.
Israel troca agressões com forças iranianas na Síria desde fevereiro, aumentando as preocupações de que uma escalada no conflito esteja perto.
FONTE: Reuters
Pronto , os Colonizados já começaram a trabalhar para DESCULPAREM o TIO… ! De agora em diante os que assinarem qualquer tipo de acordo e tratado com o TIO , deveria ganhar o Título de ** O MAIOR OTÁRIO , A MAIOR BESTA , DO MUNDO ** e o Governante que assinar ser Sumariamente Fuzilado por Crime LESA PÁTRIA !!
Parabéns, Trump!
Só o primeiro parágrafo já desestimula uma leitura mais aprofundada da matéria pelo teor sensacionalista do autor como se já não existisse conflitos naquela região, como se os Estados Unidos devesse se preocupar com irritação de europeu (que se não fosse os Estados Unidos ainda estariam sob o regime de Stalin, ou até mesmo de Hitler!) ou como se o uso de petróleo fosse tão importante para o meio ambiente. Ou seja, a mesma mídia que critica tanto os Estados Unidos por produzir “aquecimento global” agora se queixa deles em relação ao óleo iraniano e sua consequência para quem não receber mais. E para quê uma nota do Barak? Que importância tem ele agora? Tem certas fontes de informações que nem valem a pena ser informado.