Para o presidente, aumento é ‘histórico’. Ele disse que apresentará contas focado na ‘segurança pública e nacional’
O projeto de orçamento federal americano que o presidente Donald Trump vai apresentar incluirá um aumento de US$ 54 bilhões (quase R$ 168 bilhões) em gastos de defesa e cortes na mesma quantia de gastos não relacionados ao setor militar, incluindo grande redução na ajuda externa, disse um funcionário do orçamento da Casa Branca nesta segunda-feira (27).
Trump chamou o aumento de mais de 9% de “histórico”. O orçamento dos Estados Unidos para as Forças Armadas já é o mais elevado do mundo, mesmo após o país ter encerrado grandes guerras no Iraque e no Afeganistão.
O presidente não tem a palavra final sobre os gastos federais. Seu plano de aumentar os gastos militares faz parte de uma proposta de orçamento ao Congresso que, embora seja controlada por seus colegas republicanos, não seguirá necessariamente seus planos.
“Esse orçamento será de segurança pública e segurança nacional”, disse Trump aos governadores da Casa Branca. “Incluirá aumento histórico nos gastos de defesa para reconstruir o exausto setor militar dos Estados Unidos da América em um momento em que mais precisamos dele”, disse ele.
Funcionários familiarizados com a proposta de Trump ouvidos pela agência Reuters disseram que o aumento do orçamento de defesa seria financiado em parte por cortes no Departamento de Estado, Agência de Proteção Ambiental e outros programas não-defensivos.
Tal rumo seria incomum dado que os Estados Unidos não estão envolvidos em uma grande guerra, apesar de suas forças especiais e da Força Aérea serem ativas contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
Um funcionário que conhece a proposta disse que o pedido de Trump para o Pentágono incluiu mais dinheiro para a construção naval, aeronaves militares e estabelecer “uma presença mais robusta nas principais vias navegáveis internacionais”, como o Estreito de Hormuz e Mar da China Meridional. Esse plano poderia colocar os Estados Unidos em desacordo com o Irã e a China.
A Casa Branca envia a proposta de orçamento de Trump aos departamentos federais esta semana, enquanto ele se prepara para as negociações orçamentárias com os parlamentares.
FONTE: G1
Observem como o norte-americanos relacionam sua defesa com segurança pública e segurança nacional, coisas que aqui são tratadas como excludentes.
A hipertrofia, ou gigantismo, das forças armadas estadunidenses é algo evidente…
As forças armadas dos EUA não são “hipertrofiadas” , não quando se analisa as missões e o quanto é gasto com pessoal…
se fossem “hipertrofiadas” o submarino nuclear de ataque USS Boise não estaria tendo sua revitalização, (EOH), extremamente
necessária, seguidamente adiada…e o “Boise” é apenas um dos muitos exemplos.
O beligerante senador republicano John McCain, reclamou que o aumento de Trump é muito pequeno, apenas 18 bilhões a mais do que a proposta que Obama tinha feito para o orçamento militar de 2018. Ou seja: Obama já projetava um aumento de 36 bilhões , aos quais Trump acrescentou + 18 bi…
A forças armadas do EUA são hipertrofiadas e sempre quererão mais dinheiro …oh yeh! money is my addiction!
Renato…
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não esqueça que os militares dos EUA são profissionais e voluntários e as forças armadas tem grande interesse que eles
permaneçam nas forças, façam carreira, portanto, há sim uma série de incentivos como à “água mineral” que você citou e
que entendi como “conforto” então há uma grande preocupação que os militares sejam bem pagos e também uma preocupação com os veteranos e familiares dos militares.
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Só como curiosidade, h á até uma “premiação” para navios da US Navy que conseguem manter um alto índice de retenção de pessoal a bordo e para demonstrar isso é permitido que as ancoras sejam pintadas de dourado…que serão repintadas de cinza caso o navio em questão não seja agraciado novamente.
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Quanto ao “Gerald Ford” e seus “12 bilhões +” pelo menos parte desse valor será “devolvido” ao longo dos 50 anos previstos
para ele durar já que haverá uma redução substancial no número de tripulantes que é o que custa mais caro e também
espera-se que as manutenções serão mais baratas…principalmente no tocante às catapultas eletromagnéticas…
catapultas à vapor como as utilizadas pelos NAes classe Nimitz são um pesadelo quando se fala em manutenção e operação
e a US Navy cansou delas.
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E pode apostar que a Rússia gostaria de ter muito mais do que tem…há muitos projetos na marinha sofrendo atrasos por falta de recursos, muito atraso na entrega de navios sendo modernizados já que é sempre mais barato modernizar do que comprar novo
e isso tem suas consequências , mas, também lá está se seguindo o modelo americano de forças mais profissionais e
consequentemente mais caras, ou seja o modelo americano é o ideal ou o mais próximo do ideal e os chineses que estão em
franca expansão também estão atentos a um “maior conforto” para seus militares também.
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abraços
Renato, embora realmente exista um grande faturamento na indústria militar americana a qualidade dos equipamentos deles é excepcional. Além disso se você comparar armas de qualidade parecida dos EUA e da Rússia você vai ver que os preços praticados não possuem uma diferença tão absurda assim. Quanto aos problemas do F-35, isso se deve pelo alto nível de pioneirismo, por assim dizer, do mesmo, com certeza não é nada fácil fazer um caça de quinta geração, os russos estão há 17 anos fazendo o deles e o mesmo só ficará pronto entre 2020-2025, a diferença é que os americanos falam dos problemas abertamente na mídia, os russos e chineses os escondem. Os EUA poderiam cortar gastos? Sim, com certeza. Entretanto, reduzir os gastos em uma máquina militar que se faz presente em inúmeros países e conflitos é algo realmente complicado.
Comandante Dalton. Prestigia-me com sua resposta e ensinamentos.
Minha ideia é que especialmente hoje em dia baixos custos são essenciais.
Imagino os soldados americanos no Iraque e Afeganistão tomando água mineral engarrafada em garrafinhas de 500 ml. Embaladas talvez nós EUA. Custando os olhos da cara.
Depois reclamam que gastaram um trilhão na guerra.
Ou os fabricantes americanos cobrando um milhão por míssil.
Tem gente faturando alto nas costas do governo.
Ou 12 vi um nae…
Certamente na China e Rússia custa muito menos.
Não é questão de qualidade.
É de cobrar e ter quem pague.
Renato…
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em primeiro lugar trata-se apenas de uma proposta…dificilmente haverá uma grande mudança no que já está previsto
para os próximos 30 anos…a medida que o “Trump” ganhar mais experiência verá que uma coisa é falar como candidato e/ou
oposição…outra bem diferente é ser de fato o Presidente.
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Também é preciso compreender que os EUA estão geograficamente distantes de aliados e também de potenciais ameaças
que podem comprometer os interesses dos EUA…houve um tempo que os EUA se “isolaram” e não foi bom para os próprios
EUA nem para seus aliados, então é necessário que boa parte das forças militares dos EUA sejam empregadas de forma
avançada para ao menos garantir presença e manter posições até “reforços” chegarem o que pode levar um bom tempo
justamente devido à distâncias envolvidas.
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Essa doutrina envolve um rodízio de forças…por exemplo…o NAe USS Ronald Reagan é baseado no Japão, atuando de
forma “avançada”, mas no momento ele está passando por um pequeno período de manutenção assim os EUA enviaram
da costa oeste o USS Carl Vinson, enquanto no Mediterrâneo encontra-se agora o USS George Bush, mas já há outro NAe
treinando para substitui-lo dentro de alguns meses…são treinamentos complexos e que exigem vários meses para adequar os navios e suas tripulações e o mesmo aplica-se a esquadrões de aeronaves e batalhões do Exército e Fuzileiros.
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Rússia e China obviamente já estão próximas de áreas “problemáticas” e justamente pensando que China e Rússia jogam em
um mesmo time os EUA precisam pensar nisso também.
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Quanto ao “Zumwalt” e ao “F-35” há um momento em que se precisa ousar, quebrar paradigmas e é o que os EUA estão tentando fazer inclusive com um novo NAe o futuro USS Gerald Ford…há um bom motivo para tudo isso que é tentar prever como guerras serão travadas décadas de agora a necessidade de diminuir tripulantes e consequentemente o custo de um navio durante os 40
anos ou mais que permanecerão em serviço e testar novas tecnologias que não fornecem todas as respostas em simuladores
é preciso algo mais prático.
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Que erros foram cometidos e continuarão sendo cometidos na máquina militar americana não há dúvidas, mas, quem nunca errou que atire a primeira pedra…a diferença é que lá os erros são maiores e são na medida do possível tornados públicos
tanto que até um brasileiro como eu tenho acesso a uma série de coisas que vem acontecendo por lá…isso não significa que
outros países não tenham problemas, apenas, não são tão expostos ou se é mais difícil de se encontra alguma informação.
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Esse pessoal deveria parar com essa paranóia de gastar, gastar.
O que importa não é gastar. Mas como gastar…
Gastar bem.
Por que manter um milhão de soldados?
O que importa não é a quantidade, mas a qualidade…
Eficiência.
No caso de efetiva necessidade, poderiam usar mais soldados, aviões, etc.
Deixariam um monte de navios e aviões parados.
Havendo necessidade, reativaria.
Muitos homens, muitos equipamentos, muitos gastos.
E deveriam gastar em modernizações, de baixo custo.
As empresas faturam alto.
O povo paga a conta. O f35 é um exemplo.
Esses zumwalt outro exemplo.
Bilhões e bilhões que não valem.
A China faz muito com pouco.
Rússia idem.