Por Emily Stephenson e Steve Holland
NATIONAL HARBOR/WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que irá solicitar um orçamento vultoso para um dos “maiores investimentos militares da história americana”, durante um discurso enérgico que transbordou nacionalismo a ativistas conservadores entusiasmados.
Trump usou os comentários feitos na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), uma organização que lhe deu uma de suas primeiras plataformas em sua jornada improvável rumo à Presidência dos EUA, para defender suas políticas da “América primeiro”.
Antes do discurso nacional televisionado que fará no Congresso na terça-feira, Trump delineou os planos de fortalecimento dos militares norte-americanos, que já são a força de combate mais poderosa do mundo, e outras iniciativas, embora mais uma vez não tenha dado maiores detalhes.
Ele disse que irá procurar modernizar substancialmente tanto as ferramentas ofensivas quanto defensivas dos militares fazendo uma solicitação de gastos de grande escala para tornar a defesa do país “maior e melhor e mais forte do que nunca antes”.
“E, assim espero, jamais teremos que usá-la, mas ninguém irá mexer conosco. Ninguém. Será um dos maiores investimentos militares da história americana”, afirmou.
Apelando para que beneficiários de salário-desemprego voltem ao trabalho e prometendo cumprir sua promessa de construir um muro na fronteira com o México, Trump recebeu levas de aplausos da grande congregação de conservadores, muitos dos quais vestiam bonés com o slogan de sua campanha presidencial, “Torne a América Grande Novamente”.
Seu discurso foi carregado de subtons nacionalistas que lembraram a campanha do ano passado, concentrando-se nos compromissos de incentivar o crescimento econômico do país renegociando acordos comerciais internacionais, revertendo regulamentações e intensificando a produção de energia.
Trump está tentando deixar para trás um primeiro mês tumultuado no cargo. Um decreto presidencial que ele assinou para impedir a entrada de pessoas de sete países de maioria muçulmana nos EUA foi barrado nos tribunais e ele teve que demitir seu conselheiro de segurança nacional, Michael Flynn, por ter feito contatos com autoridades da Rússia antes de sua posse.
Como o orçamento federal continua deficitário, Trump terá que adequar seu pedido de modernização militar a seus planos de cortar impostos para a maioria dos cidadãos e das empresas. Durante o discurso, ele se queixou dos tetos de gastos aplicados ao orçamento da defesa desde 2011.
O discurso lhe permitiu imprimir sua marca com firmeza no movimento político conservador, ainda que alguns ativistas tenham se queixado de que suas políticas imigratórias e comerciais vão longe demais.
(Reportagem adicional de Richard Cowan)
“O nacionalismo é a grande força de mudança no mundo hoje.
Ele ressurgiu com todo vigor para embalar a eleição de Trump, impor o Brexit e para dar o peteleco que fez desabar o edifício da TPP, a aliança do Pacífico que o Obama quis montar contra a China e à qual os tucanos alucinados queriam aderir: levar o Brasil do Atlântico para o Pacífico!
Os trabalhadores, ou seja, os eleitores, não suportam mais a destruição dos seus empregos pela globalização.”
Más nacionalismo com discernimento do que realmente importa, econômico e cultural, de assenhoramento dos próprios recursos e riquezas materiais e imateriais.
Não se ferrar de verde e amarelo com um falso moralismo “lavajateano”, cegueta e burro, que condena um herói nacional como o almirante Othon à 43 anos de prisão por ter ousado ser nacionalista num país infestado de traíras colonizados!