O presidente americano Donald Trump anunciou na noite desta sexta-feira (13) que um ataque está em andamento contra estabelecimentos de armas químicas na Síria, em resposta ao suposto ataque químico do dia 7 de abril. Segundo Trump, o ataque é realizado em conjunto com a França e o Reino Unido.
“Ordenei as forças armadas dos Estados Unidos a lançar ataques precisos em alvos associados com estabelecimentos de armas químicas do ditador sírio Bashar al-Assad”, disse Trump em pronunciamento na Casa Branca. Segundo o presidente, o uso de armas químicas na cidade de Duma foi uma escalada significativa e disse que as ações de Assad são ações “de um monstro”.
“Esse massacre foi uma escalada significativa em um padrão de uso de armas químicas por aquele regime terrível”, disse o presidente. “O mal e o ataque desprezível deixaram mães e pais, bebês e crianças se debatendo de dor e ofegando por ar. Essas não são as ações de um homem. Elas são crimes de um monstro”.
“A resposta combinada americana, britânica e francesa responde a essas atrocidades integrará todos os instrumentos do nosso poder nacional: militar, econômico e diplomático”, afirmou.
A TV Síria divulgou que ataques aéreos estão atingindo a capital Damasco e áreas ao redor. A agência Reuters e testemunhas afirmam que diversas grandes explosões foram ouvidas em Damasco, e colunas de fumaça foram vistas na região durante o pronunciamento de Trump.
“Esta noite, peço a todos os americanos que façam uma prece por nossos nobres guerreiros e nossos aliados enquanto eles cumprem suas missões. Rezamos para que Deus leve conforto aqueles que estão sofrendo na Síria”, disse Trump.
A premiê britânica Theresa May anunciou logo após o discurso de Trump que autorizou o ataque na Síria, mas que a ação não significa uma intervenção na guerra da Síria. Segundo Mary, a ação não deve escalar a tensão na região e o Reino Unido fará o possível para evitar a morte de civis.
“Autorizei as forças armadas britânicas para conduzir ataques coordenados para degradar a capacidade de armas químicas do regime sírio”, diz em comunicado.
Trump vinha ameaçando há dias uma resposta ao ataque químico na cidade de Duma. Já no domingo (8), em uma mensagem no Twitter, ele afirmou que Rússia e Irã eram responsáveis por apoiar o “animal” Assad e que haveria um “grande preço” a pagar.
Escalada de tensão
Os EUA, a França e o Reino Unido acusam o regime sírio de ser responsável pelo ataque do último dia 7. A Síria e a Rússia, sua aliada na guerra, negam que tenham usado armas químicas.
O embaixador russo nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, disse nesta quinta que não descarta uma guerra. O presidente russo, Vladimir Putin, alertou seu colega francês, Emmanuel Macron, contra qualquer “ato imprudente e perigoso” na Síria, que poderia ter “consequências imprevistas”.
A Síria advertiu a ONU que não teria “outra escolha” senão se defender caso fosse atacada.
Gás químico em Duma
O ataque em que um gás tóxico teria sido utilizado aconteceu no sábado e deixou dezenas de mortos e feridos. A acusação do suposto ataque químico contra o governo partiu do grupo rebelde sírio Jaish al-Islam. Eles acusam o regime de Assad de lançar um barril-bomba com substâncias químicas venenosas contra civis.
Duma fica na região de Guta Oriental, onde desde fevereiro o governo sírio promove uma ofensiva para retomar o controle das mãos dos rebeldes. A cidade, que é a maior dessa região, é um dos últimos redutos dos combatentes que lutam contra Assad.
Primeiro ataque dos EUA
O primeiro – e único até então – ataque direto dos EUA na Síria tinha acontecido há um ano, em 6 de abril de 2017, e também foi uma reação a um ataque químico atribuído ao regime de Bashar Al-Assad, que havia deixado 86 mortos dois dias antes.
Naquela ocasião, forças americanas lançaram 59 mísseis Tomahawk contra a base aérea de Al Shayrat, perto de Homs, por volta das 21h40 (hora de Brasília), 4h40 na hora local da Síria. Os mísseis foram lançados de dois porta-aviões e tiveram como alvos “aeronaves, abrigos de aviões, áreas de armazenamento de combustível, logística e munição, sistema de defesa aérea e radares”.
Na noite do ataque, o presidente americano recebia em um jantar na Flórida o presidente da China, Xi Jinping, que foi comunicado sobre a ação antes que ela fosse iniciada. Menos de três horas depois do lançamento, o Pentágono divulgou vídeos do lançamento dos mísseis.
Ainda segundo o Pentágono, aproximadamente 20% do poderio aéreo das forças sírias foi destruído no ataque de abril de 2017, mas o governo local afirmou que a base já estava operando novamente dois dias depois.
FONTE: G1
Daqui a 15 dias nem notícia. Talvez na próxima semana vire meme.
Os russos retiraram seus poucos navios atracados pra não haver risco de dano colateral. Ninguém está preparado para guerra nenhuma. Inclusive dólares cada vez mais escassos que em caso de conflito subiria sem limite.
Não dá pra ler nada na mídia brasileira. O Estadão tem o Guga mas as análises são tão complicadas e rebuscadas que se perdem na falta de lógica.
Nada ali é fácil. Erdogan quer se livrar dos curdos. Americanos não podem se livrar de Bashar porque o fantasma do Iran ainda é recente. Vai uma monarquia vem uma tirania religiosa. Sauditas não sentam com turcos otomanos que desejam chegar ao petróleo do Golfo. Persas querem a Palestina que chamamos de Israel.
Naquela região, só tomando uma.
Há nossa mídia inútil. Coitados dos que dependem exclusivamente dela para se informar. Primeiro chamam a Primeira Ministra de Mary e depois dizem que os mísseis foram lançados de porta-aviões, ainda que de fato os porta-aviões sejam unidades estritamente ofensivas (tanto que usam escoltas para protegê-lo).
Agora é esperar para ver no que essa crise resultará.
Russos dizem que derrubaram 70 de 100 e que 20 erraram os alvos. Americanos afirmam que concluíram o ataque com sucesso.
A vida segue.
Os Russos não reagiram, somente baterias AA e mísseis S-200 Sírios como oposição. As forças Inglesas , Francesas e Americanas utilizaram, em grande maioria, mísseis Shadows e chamarizes. Os Tomahawks não foram usados. Foram atingidos dois depósitos de armas químicas, um laboratório previamente abandonado e instalações da guarda revolucionária.
Só mais um showzinho pra Inglês ver.
Interessante seria um ataque direto a Assad, contra o palácio presidencial e forças significantes.
Deixa pra próxima.
Só mais um showzinho para inglês ver, sendo que os próprios ingleses participaram do ataque? Que análise mais estranha. Se o objetivo da coalizão era justamente destruir alvos específicos como laboratórios de armas químicas então o resultado da operação foi alcançado. Você queria uma guerra? Esse não é o objetivo.
Agora vejamos se os EUA vai até o fim para derrubar o governo Sírio ou será apenas um showzinho de poderio militar.
Quero ver se os tais sistemas S300 e S400 são bons como dizem.