O governo quer equipar os novos caças Gripen E, com mísseis de cruzeiro de alta precisão, que poderão ser usados contra alvos estrangeiros.
A Ministra da Defesa, Karin Enström, disse à Radio News na Suécia, que os mísseis de cruzeiro aumentariam a capacidade de defesa da Suécia.
“Isso vai significar ter maior alcance e capacidade de lutar contra alvos distantes. A capacidade de alta precisão também pode ter um efeito dissuasório”, disse ela.
A analista de defesa do Colégio de Defesa Nacional, disse Radio News, que acontecimentos recentes têm acelerado o pensamento em torno do que armar os novos caças com esta capacidade. No início desta semana, o a aliança do governo de centro-direita, apresentou novas propostas para reforçar a defesa da Suécia. Essas propostas incluem a aquisição de mísseis de longo alcance, armas de alta precisão para alvos terrestres, ou em outras palavras, um tipo de míssil de cruzeiro que pode equipar a próxima geração do caça de combate Gripen E.
No longo prazo, isso daria a Suécia a capacidade para se defender a grande distância em caso de ataques de força externa, mas o principal objetivo da aquisição, seria ter um efeito dissuasor.
“Isso mostra ao oponente, que podemos lutar à distância e é por isso que acreditamos que essa arma terá um efeito dissuasor “, disse o tenente-coronel Johan Hansson.
Disparados por caças, os mísseis de cruzeiro atuais só podem voar até 500 quilômetros, que é a metade do alcance dos novos modelos, mas também podem causar danos significativos para alvos como portos ou pistas de pouso.
Segundo as Forças Armadas da Suécia, o fato da Rússia, Finlândia e outros países bálticos estarem investindo nesses tipos de armas, significa que as unidades militares suecas poderão em breve, serem descobertas e eliminadas a grandes distâncias e assim, a Suécia precisa combinar as capacidades do país.
Mas mísseis de cruzeiro são controversos, porque eles podem ser usados para atacar alvos estrangeiros. No início deste ano, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Carl Bildt, afirmou que os mísseis de cruzeiro nunca foram relevantes para as forças de defesa da Suécia. Enström, no entanto, defendeu as novas diretivas, dizendo que, a longo prazo, a capacidade de lutar contra alvos distantes pode ser importante e que é fundamental considerar que os conflitos futuros podem ser diferentes do que vemos hoje.
FONTE: Rádio News
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
Países que usam mísseis de cruzeiro em aeronaves tem como objetivo atacar alvos a grandes distancias em terra se beneficiando do ganho de alcance proporcionado por esse meio de lançamento, no nosso caso alvos a grandes distancias que podem nos ameaçar são navios no Atlantico Sul, desta forma acho que um bom míssil anti navio aerotransportado com uma Warhead bem pesada resolveria a questão
Na minha humilde opinião deveriam equipar os Gripen NG com os mísseis anti navio da marinha (MAN-SUP), ou seja em uma versão aerotransportada (MAN-AR). Mísseis de cruzeiro no nosso caso baseados em lançadores móveis em terra e montados em nossas fragatas em lançadores verticais já atenderiam o pedido.
A marinha tinha que adquirir SU-27 para mísseis como o Brahmos.
Silvio, o Su-27 está fora de questão pq a MB vai comprar o mesmo que a FAB.(versão naval)
Apenas, caso o SeaGripen não vingue, é que outro caça será adquirido, mas não será russo, com certeza.
Nosso PA atual e o futuro será Catobar, ou seja, russos não se encaixam.
Abs
Os mísseis cruise SCALP previstos para o Rafale podem ser perfeitamente lançados pelo Gripen NG em número de 2,além de ainda poder carregar seus mísseis de auto-defesa!
Misseis de CRUZEIRO que atingem alvos DISTANTES e com PRECISÃO alem de CAROS tem outra característica marcante:
SÃO PESADOS !!!
Aí vai ter um certo PROBLEMINHA pro Gripen E…
Ou vai ter que comprar um modelo que não irá tão distante assim ou vai ter que comprar um míssil que cumpre a diretiva mas o Gripen E só poderá carregar UM ÚNICO MÍSSIL numa posição central debaixo da fuselagem…
Um Tomahawk tem mais de 1.300 Kg com booster 1.600 kg !!!
Para uma aeronave que leva 5 ton no total não sobra muito mais e tem de ter um ponto de fixação que AGUENTE este peso CONCENTRADO…
Não vamos nem comentar as “possibilidades” do Gripen E relativa a um míssil de cruzeiro supersônico tipo Brahmos que pesa na versão ar-mar 2.500 Kg…
Gilberto, a Suécia já possui o Taurus KEPD (com 500 km de alcance) desenvolvido junto com a Alemanha, cada um pesa 1.400 Kg e o Gripen C/D carrega dois deles sob as asas.
O que entendi da matéria é que a Suécia quer desenvolver um míssil com alcance maior que 500 km, algo como o Scalp francês.
Se os nossos conseguirem disparar o míssil que a MB está desenvolvendo já é uma grande vitória.
E os nossos vão disparar AVTM-300 !!!
Mísseis cruzeiros têm um grande apelo psicológico, mas não tanto pratico. São muito caros, tem o poder destrutivo de uma bomba qualquer e ainda podem ser interceptados (claro).
Contudo qualquer acréscimo de poder é bem vindo, sem falar no apelo psicológico que é muito valido na guerra. O inimigo nunca vai dormir 100% tranqüilo sabendo que você pode atacá-lo a centenas de quilômetros varias e varias vezes, o que por sua vez diminui a vontade de começar uma guerra.
Tirando os prós e contras, eu em minha humilde opinião, considero uma boa ideia armar os Gripens com tais armas.
Carl-Carl,
Depende.
Se a ideia for atingir alvos verdadeiramente duros e bem defendidos, então o míssil de cruzeiro se torna a opção lógica. Mesmo porque, pelo seu alcance, ele jamais irá expor com muitos riscos o meio que o lança. Com seu RCS diminuto, também se torna um alvo muito mais esquivo. As recentes campanhas militares comprovam esse raciocínio.
Assim sendo, o míssil de cruzeiro se converte na “arma para o primeiro dia da guerra”, quando as defesas do adversário ainda estão de pé e não podem ser encaradas de frente.
Por fim, perder um míssil pode ser considerado algo comum; um problema menor… Mas perder um caça, para que o adversário exiba os seus restos ou o piloto capturado, pode ser um verdadeiro golpe de moral, que só faz subir a motivação de quem é atacado; principalmente se o abate se der nos primeiros instantes do conflito… E isso é um problema, pois a motivação do adversário é fator determinante para a duração da campanha. E claro, tem o aspecto financeiro… Antes perder um míssil que custa entre 2 e 3 milhões de dólares do que um caça que vale 100 milhões… Enfim, o míssil de cruzeiro vem para sanar todos esses problemas…
Pois é _RR_, pelo que parece nós temos opinião igual, a diferença é que acabei falando um pouco dos pontos fracos dos misseis cruzeiros.