O sucesso dos caças russos Su-35 em operações antiterroristas na Síria está cada vez mais aumentando o interesse pela aeronave no mercado mundial de armamentos, revelou à Sputnik o diretor do Centro de Análise do Comércio Mundial de Armas (CAWAT – na sigla em inglês), Igor Kortochenko.
Vale lembrar que em 1º de fevereiro o ministério da Defesa da Rússia confirmou o envio de quatro Su-35 para a base de Hmeymim, na Síria, para integrar operações russas de combate ao terrorismo no país árabe. Na opinião de especialistas, os principais objetivos desse envio seriam de testar as aeronaves em intensas condições de combate e de promover o novo equipamento para potenciais compradores.
Segundo revelou Kortochenko, atualmente, um dos maiores interessados na compra desses caças russos é a Indonésia. O seu ministro da Defesa, Riamizarda Riachudu, teria dito que o país pretende assinar com a Rússia um contrato para a compra de 10 Su-35 já em março deste ano.
“O Su-35 é hoje um dos melhores aviões no mercado mundial de caças multifuncionais. O interesse para esta máquina está em alta, inclusive, por conta de sua participação em operações da aviação russa na Síria, onde vem demonstrando grandes qualidades de combate” – disse o especialista.
“Levando em conta a situação na região da Ásia-Pacífico como um todo, a corrida armamentista que se desdobrou por lá, fica claro que a Indonéisa, que já possui uma frota de caças russos da marca Su, decidiu expandí-lo e aumentar as capacidades da sua Força Aérea, inclusive, por conta da compra dos Su-35. Caso o contrato for firmado, será uma escolha excelente. Isso permitirá assegurar ainda mais a defesa do espaço aéreo da Indonésia” – destacou Kortochenko.
Nas suas palavras, o novo caça de geração 4++, Su-35, é “uma excelente plataforma de combate e, a princípio, um dos melhores caças de série fabricados hoje no mundo”.
O especialista lembrou ainda que o primeiro contrato para o fornecimento de Su-35 pela Rússia foi assinado recentemente com a China.
Desenvolvido pela fabricante russa Shukhoi, o Su-35 é um caça de geração 4++, sendo uma versão modernizada do Su-27. Equipado com tecnologia stealth (de invisibilidade), o avião é capaz de desenvolver velocidades de até 2.800 km/h. Em 2016, as Forças Armadas da Rússia deverão receber um total de 14 unidades desta aeronave.
FONTE: Sputniknews
Topol, Bolovo,
Se os colegas quiserem falar de sistemas embarcados…
O Rafale hoje conta com o SPECTRA, que é um sistema de processamento e gerenciamento de ameaça e sensores. Ele basicamente “escraviza” todos os sensores da aeronave ao sistema de gerenciamento de ameaça, condensando os dados para o piloto. Apenas o F-35 promete ter algo mais avançado…
O Typhoon tranche 3 terá o Captor E, que é dotado da solução ‘swashplate’, que permite aumentar o angulo de varredura do radar AESA em mais de 100 graus partindo do eixo central. Estará uma geração a frente dos radares AESA embarcados desenvolvidos até aqui e duas a frente do radar do Su-35 ( que é um tipo PESA ).
O F-18 E/F que já conta com uma suíte EW/defesa bem completa com o sistema AN/ALQ-214 associado ao sensor ALE-55, prevê em seu road map a integração de IRST e CFTS, além da adoção de um “casulo stealth” a ser locado na seção central da fuselagem, que deverá levar combustível e mísseis.
O que está sendo adotado ( e se prevê adotar ) para a atual geração 4.5, é simplesmente mais avançado que qualquer coisa que dote hoje a geração 4++…
Quanto ao Flanker em si, ele é força bruta… Busca compensar suas características menos favoráveis com uma potencia brutal em seus sistemas e uma célula forte. Mas, como também já disse, está no limite evolutivo…
Topol, Bolovo,
Não se trata somente de aviônica avançada, mas, como falei acima, aplicação de técnicas de forma mais simples para reduzir a assinatura…
O F-18 E/F, que passou pro transformações radicias em relação ao antecessor, recebeu novas entradas de ar que reduzem sua assinatura ( de fato, deveria receber até outra designação, tamanhas as diferenças… ). O Typhoon, além das entradas de ar mais “coladas” a fuselagem, mantem os pontos duros para armas na linha central “semi escondidos”, minimizando reflexos. No caso do Rafale, seus canards ficam atrás de suas “bochechas”, além dos mísseis na linha central ficarem em posição recuada em relação ao setor frontal. Eles nasceram desde a prancheta com essas características… E são todos atributos que NÃO EXISTEM na geração ‘teen’ ou nos similares russos. Por isso que suas variantes avançadas são denominadas geração 4++… Até os russos admitem isso…
Como eu já disse, não existe uma ABNT que normatize “olha isso aqui é um 4ª geração e isso aqui é um 4,5 geração”, isso não existe. A maior parte dessas definições é comercial. Mas há algumas interpretações. O Congresso Americano [1] define que caças de 4,5 geração são aqueles com avançadas capacidades, incluindo: radar AESA, data-link de alta capacidade, avionica avançada e capacidade de adotar armamentos modernos atuais e futuros. Usam como exemplos para isso genericamente os F-15, F-16 e F/A-18.
De fato caças que nasceram no final dos 80, como os canards europeus, contam com algumas novidades que não são presentes nos primeiros caças de quarta geração, principalmente na questão do uso de compostos e no desenho frontal. Porém, as versões mais avançadas dos caças de quarta geração mais antigos são consideradas SIM como caças de 4,5 geração. Um F-15SE, por exemplo, pode tranquilamente receber essa denominação. Pela interpretação do Congresso Americano ele é, e um Typhoon atual (sem AESA) não é. Como disse, é uma questão de interpretação, não existe uma norma que determine isso.
[1] CRS RL33543, página 14.
Bolovo,
Tem razão… Não existe nenhuma norma em específico para definir as geração…
Mas existem sim alguns critérios adotados por especialistas e por fabricantes do mundo inteiro… E na maioria dos casos, levam em consideração os parâmetros que citei ( aplicação de técnicas de forma e material RAM em diferentes níveis, e aviônica em geral ). Basta procurar que vai encontrar diversas publicações em que é possível separar as gerações com essas definições…
Termos como 4.1 e 4.75 estão virtualmente em desuso. O que mais se vê mesmo é geração 4.5 para se definir os que receberam técnicas de forma mais simples, e 4+ e 4++ para as modernizações da quarta geração…
RR
Essa rotulação de 4,5 ou 4++ é uma tremenda bobagem… a verdade é que hoje muitas das aeronaves dispõem de tecnologia tanto aerodinâmica quanto aviônicos tão modernos quanto os caças de 5ª geração da USAF. A única coisa que os torna rotulados ainda como pertencentes a geração anterior e faz com que não possam ser comparados com legítimos caças de 5ª geração é o seu maior RCS proporcionado pela próprio desenho e pela menor utilização de materiais absorventes em sua fuselagem… mas no tocante a tecnologia embarcada , hoje talvez, apenas o F-35 esteja realmente a frente dos demais.
Esse aproximação é ainda mais gritante quando se comparada com os jatos fabricados pela Sukhoi, principal fabricante de aviões de combate de um dos principais fabricantes de aviões de combate do mundo, a Rússia.
Desta forma coloco Não só o Typhoon, o Rafale, o SH e o Gripen NG, na lista de caças de geração 4,5, mas também a versão mais atualizada do F-15 SE, o F-16 Block 60, o MiG-35, o SU-34 e por que não o J-10 e o J-11 chineses que tem evoluído constantemente em sua tecnologia embarcada.
Pessoal…
Na geração 4.5 somente se admitem hoje três aeronaves: Rafale, Typhoon e F-18 E/F ( com ressalvas… ). Haverá um quarto quando o Gripen NG estiver operacional. E só… E assim o é porque nasceram aplicando variações mais “rudimentares” de técnicas de forma para terem uma assinatura mais reduzida ( embora ainda muito abaixo de um genuíno stealth, de quinta geração ).
O novo Flanker é uma modernização radical do Su-27, mas não vai além disso… Diferente dos outros modelos acima citados, o Su-35 aplica praticamente o mesmo desenho de seu antecessor, levando apenas uma maior proporção de materiais compostos e dotando-se de material RAM… E tecnologicamente, não está em nível superior a um F-16 block 60…
Pode se dizer, no máximo, que é um caça de geração 4++. Aliás, o próprio texto afirma isso…
Meu caro, “4++” é um eufemismo para dizer 4,5 geração.
Inclusive a Argélia está inclinada a compra deste vetor, que deve ser o caça de 4.5 G mais vendido destes próximos anos.
A Argélia está interessada no Su-34 tbm. Eles são os grandes compradores de armamento russo da atualidade, creio que talvez só atrás dos indianos.
É o projeto mais bem sucedido nesta ultima década , muito merecidamente .
O Irã deveria adquir uma centena destes se quiser ter chance de defender seu espaço aéreo, os caras estão sitiados pelos sunitas.
O que falta no su-35 para ele ser considerado um caça de 5 geração, e qual é mesmo a denominaçao dada a versão dele de exportação ?
O que falta ao Su-35 (que é o nome de exportação tbm) para ser de quinta geração? Ser stealth. Ele é um caça de 4,5 geração. A transição de geração ocorre quando uma geração sobrepõe tecnologicamente a passada. A primeira geração de caças a reação (jato) surgiu durante a Segunda Guerra (com os Me 262 alemão, Gloster Meteor inglês e P-80 americano) e tornou obsoleta os caças a hélice, chegando a seu auge durante nos anos 50 (o F-86 Sabre e o MiG-15 são os melhores exemplos). A segunda geração surgiu quando os caças passaram a ser supersônicos, no final dos anos 50, começo dos 60 (exemplos: English Lightning, Mirage III, primeiras versões do MiG-21 etc), tornando a geração anterior obsoleta. A terceira geração surge no final dos anos 60 e no começo dos 70, quando a eletrônica avançada (por exemplo, radar com capacidade look-down) e os mísseis passaram a fazer diferença (exemplos: MiG-23, Viggen, F-4 – esse ultimo acreditava tanto nisso que nem tinha canhão). A quarta geração surge no final dos anos 70, começo dos 80, com o aprendizado do Vietnã e guerras árabe-israelenses, com os projetos apostando em motores potentes (para ter uma elevada taxa de empuxo/peso), fuselagens com alto uso de alumínio, titânio e compostos, supermanobralidade (o surgimento dos LERX), eletrônica ainda mais avançada (o que levou ao surgimento dos primeiros caças multimissão/multirole) etc. Nasceram dessas ideias os F-15, F-16, F/A-18, MiG-29, Su-27, para citar alguns exemplos. Essa geração se sobrepôs sobre a anterior, vide o massacre que os F-15 e F-16 israelenses impuseram sobre os MiG-21 e 23 sírios durante a guerra do Líbano em 1982. Para vencer a quarta geração, a quinta geração teria que destruí-los antes que pudessem fazer algo, para isso apostam na baixíssima assinatura radar (o tal stealth) aliado a uma eletrônica avançadíssima para poder ver antes de ser visto. Nasce aí o F-22 e o T-50 russo e o J-20 chinês apostam na mesma teoria. Porém, há caças que eletronicamente tão avançados quanto esses, mas falta a baixíssima assinatura radar, e esse é o caso de Typhoon, Rafale, Gripen e versões mais avançadas do F-15, F-16, Flanker (o Su-35) e etc, apesar de terem uma assinatura radar mais baixa, não chegam perto do que propõe a quinta geração, portanto são considerados caças de 4,5 geração, uma transição entre as duas. Espero que tenha esclarecido um pouco essa dúvida.
Muito bom Bolovo
Bolovo,
A evolução da quinta geração aponta para uma eletrônica consideravelmente mais avançada que a presente em qualquer caça de geração 4.5 ou 4++ ( como é o caso do Flanker ).
O F-35, por exemplo, além das capacidades tradicionais, dota-se de uma suite que lhe confere uma autêntica capacidade de localização, analise e processamento de ameaças e pronta resposta; quase como uma mescla de capacidades ELINT, EW e ataque; e que é algo que somente tem real praticidade em uma plataforma de baixa detectabilidade, diga-se de passagem…
Como citei abaixo, a autêntica geração 4.5 ( Rafale, Typhoon e F-18 E/F ) ainda faz algum uso de técnicas mais rudimentares de forma, e isso as diferencia de seus pares de quarta geração e lhes permite ao menos acompanhar o desenvolvimento da quinta geração. Já os demais ( F-16 block 60, Su-35, Mirage 2000-9, etc… ), esses estão no seu limite evolutivo…
Meu caro, eu fiz apenas um panorama geral. Não existe nenhum instituto como a ABNT que normatiza o que seja um caça de 4ª, 4++, 4.5, 5ª geração. Como eu disse no começo, um Me262 alemão e um MiG-15 soviético, apesar do último ser absolutamente superior, fazem parte da mesma geração “tecnológica”. No caso dos atuais caças, o caso é o mesmo. No que um Typhoon de radar mecânico é superior o que um F-15S de radar AESA? Algumas fontes citam que o Spectra do Rafale ou mesmo L-350-150 do Su-35 seja tão avançado quanto o ALQ-94 do F-22. Se vc concorda ou não, não viria ao caso, pois entraríamos num looping de quem está falando a verdade ou não. Essas nomenclaturas são bem mais comercias do que técnicas de fato, qualquer caça atual no estado da arte que não seja stealth é considerado de 4.5 geração meio que por convenção. Alguns podem ser de “4.1 geração” outros “4,75 geração”, mas aí é questão cosmética e em termos gerais é o que eu disse, eles são mais avançados do que os quarta geração puros e não são de quinta geração, então os rotulam genericamente como “4,5 geração”.
A somatória de todos os quesitos que formam o escopo principal de características esperadas de um vetor multifuncional tornam o SU-35 o melhor caça dentre todos os seus congêneres de geração 4,5 e também o mais belo dentre todos … Não só a Indonésia já demonstrou interesse em adquirir essa máquina mas também o Irã pretende modernizar toda sua frota com esse vetor assim como os EAU estão inclinados a adquirir, além da China que já adquiriu dois esquadrões… quem dera tivéssemos a honra de ter pelo menos dois esquadrões dessas aeronaves nas cores da FAB.
Estupenda máquina voadora .