Por Rakesh Krishnan Simha
Nova geração de submarinos mais discretos, rápidos e mortais está prestes a entrar em serviço para reforçar as unidades da Marinha russa.
A intensidade das operações de submarinos russos no oceano Pacífico é a maior em décadas, segundo o relatório “O reequilíbrio asiático da Rússia”, do Instituto Lowy de Política Internacional, na Austrália. Além disso, pela primeira desde a Guerra Fria, a frota russa dispõe de submarinos mais silenciosos e com armas mais poderosas.
De acordo com o estudo australiano, a guinada da Rússia em relação à Ásia provocou uma renovação em grande escala da Frota do Pacífico do país, que durante a próxima década atingirá seu maior número em termos de recursos navais.
“Foram incorporados a esta nova frota submarinos de mísseis balísticos e caças, o que dará um grande impulso às aspirações de projeção do potencial de Moscou na região”, lê-se no documento do Instituto Lowy.
Segundo o analista militar russo Dmítri Gorenburg, a frota do Pacífico poderá se tornar “a maior frota da Rússia durante a próxima década devido à crescente importância geopolítica da região e à concentração de poderes navais nessa área”.
Troca de foco
Durante a Guerra Fria, a Marinha soviética era conhecida por suas armas poderosas, como o submarino da classe Typhoon.
Com um deslocamento de 48 mil toneladas, era quase tão grande quanto um porta-aviões e ofuscava o maior submarino da Marinha norte-americana com uma margem de 20 mil toneladas. Além disso, podia lançar 200 ogivas nucleares contra cidades e instalações militares do inimigo em um único bombardeio.
Agora, no entanto, a prioridade é expandir a frota, especialmente com submarinos da classe Borei. Embora tenha metade do tamanho do Typhoon, o Borei é um grande avanço em relação à escola soviética de construção de submarinos.
A classe Borei representa a nova geração de submarinos russos extremamente silenciosos. É mais barato e exige menos membros da tripulação, sem perder em potencial de ataque: é capaz de lançar entre 16 e 20 mísseis nucleares com até oito ogivas reorientadas de forma independente.
“A expectativa da Rússia é substituir seus submarinos da Guerra Fria com um total de 12 submarinos de mísseis balísticos Borei”, afirma Gorenburg.
Potencial e proteção
O aumento de tamanho, poder de fogo e alcance dos submarinos russos está em sintonia com as novas tecnologias desenvolvidas na Rússia. Durante a Guerra Fria, a Marinha dos EUA ostentava submarinos muito mais silenciosos que o governo soviético nunca se preocupou em refutar. No entanto, com a abertura da Rússia, o poderia militar foi descobrindo as verdadeiras capacidades de seus submarinos.
Em declaração recente à CNN, o almirante Mark Ferguson, comandante das Forças Navais dos EUA na Europa, admitiu que Moscou está criando novos submarinos mais difíceis de controlar e detectar pela Marinha dos Estados Unidos.
“Eles são mais silenciosos, mais bem armados e têm alcance maior”, disse Ferguson. “Vemos que os russos têm sistemas de armas mais avançados, sistemas de mísseis que podem atingir regiões distantes, e também vemos que sua habilidade de operação está melhorando à medida que se afastam de suas águas”, completou.
Uma reportagem do veículo militar norte-americano “Strategy Page”, publicada em fevereiro de 2015, relata que, “no início de 2014, os especialistas em detecção de submarinos da Marinha dos EUA ficaram assustados quando um navio russo de reconhecimento eletrônico da classe Vichnia foi avistado várias vezes a partir da costa leste da Flórida, próximo a diversas bases de forças aéreas navais e submarinos.
O Vichnia avistado da Flórida estava acompanhado por um rebocador. Ambos os navios utilizavam portos cubanos para se reabastecer.
Perspectivas futuras
Atualmente planeja-se desenvolver uma classe de submarinos nucleares multifunção, com o objetivo de construir uma versão mais barata e de menor tamanho da classe Yasen. Este seria um submarino de ataque com menos armamento quando comparado aos veículos da classe Virginia norte-americanos.
A Marinha russa espera começar a construção desses submarinos ainda em 2016, e a previsão é que sejam fabricadas entre 16 e 18 unidades.
Embora a Marinha dos EUA disponha de um estoque de 53 submarinos, este número cairá para 41 unidades no final da década de 2020 devido a cortes no orçamento.
FONTE: Gazeta Russa
O que foi divulgado recentemente é que “apenas” mais 5 “Boreis” modificados serão incorporados totalizando 8 submarinos, sendo que 2 “modificados” se juntarão aos 2 já presentes no Pacífico e 3 “modificados” que se juntarão ao primeiro “Borei”
na Frota do Norte.
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O segundo classe “Yasen” só deverá ser incorporado em 2018 ou mesmo 2019 para então passar por uma série de testes
e retorno ao estaleiro para manutenção pós comissionamento, o que deve levar uns bons 2 anos antes dele estar 100%
para operações.
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O número de 41 submarinos de ataque para a US Navy previsto para 2029 poderá ser ligeiramente aumentado desde que alguns “Los Angeles” tenham suas vidas ligeiramente estendidas , mas, só no início da década de 2040 o número voltará a alcançar o
mínimo de 48. Só recentemente os EUA começaram a construir 2 submarinos ao mesmo tempo e com a necessidade de se
substituir os submarinos classe “Ohio” apenas um “Virginia” poderá ser construído ao longo de alguns anos, embora haja estudos para se continuar construindo 2 ao longo de um dos futuros substitutos para a classe “Ohio”, mas, improvável que
possa ser feito a não ser que recursos apareçam milagrosamente.
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E ao contrário do que cita a matéria não haverá nenhuma nova classe de submarino de ataque de propulsão nuclear sendo construído já em 2016 para a marinha russa…só na próxima década com o encerramento da classe “Yasen”.
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A dissuasão estratégica está garantida por enquanto com os Delta IV e os 3 Borei já entregues e mais um em vias de ser incorporado… o problema maior da marinha russa são os submarinos nucleares de ataque… a classe Yasen tem se mostrado bastante cara e difícil de ser construída, tanto que depois de mais de uma década apenas o Severodvinsk esteja operacional e o Kazan previsto para ser entregue ano que vem, talvez daí a aposta da Rússia em construir uma sub classe do Yasen mais barata e que possa ser incorporada em número suficiente e em tempo hábil para substituir os já cansados Antey, Akula e Victor III ainda em operação, principalmente nas frotas do Norte e do Pacífico que operam em mares abertos… Já no Báltico e no Mar Negro os Improved Kilo (Varshavyanca) dão conta do recado.
isso que e maquina hein , parece que esta posando para a foto, sub nem semore sai belos mas este ficou bonito e da medo so pelo tamanho,,,