Os governos do Brasil e da China assinaram acordo para o sensoriamento remoto, telecomunicações e tecnologia da informação para a defesa e proteção da Amazônia. O ato foi firmado hoje (19), no Palácio do Planalto, pelos ministros Jaques Wagner (Defesa), e Xu Dazhe (Ciência, Tecnologia e Indústria de Defesa). Ele representa um dos 35 projetos da pauta da reunião entre a presidenta Dilma Rousseff e o primeiro ministro chinês Li Keqiang.
O acordo se dará no âmbito do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). A partir de agora, técnicos brasileiros e chineses iniciam o grupo de trabalho para desenvolver e executar o projeto. A formalização ocorrida hoje é desdobramento das bases que foram acertadas, no ano passado, durante a visita oficial do presidente da República Popular da China, Xi Jinping, ao Brasil.
Os detalhes para esse entendimento foram alinhados ontem (18), quando os ministros Jaques Wagner e Xu Dazhe tiveram uma reunião de trabalho no gabinete da Defesa, em Brasília. Além do projeto para a Amazônia, os governos brasileiro e chinês firmaram protocolos e acordos em diversos setores, como por exemplo, energia eólica, bancário, transporte ferroviário, dentre outros.
“Na reunião de hoje, decidimos também desenvolver conjuntamente um satélite de sensoriamento remoto”, disse a presidenta Dilma.
Antes da assinatura dos atos, Dilma e o primeiro ministro Li Keqiang assistiram ao lançamento das obras da linha de transmissão da Usina Hidrelétrica Belo Monte. O linhão vai levar energia do Pará para a região Sudeste, investimento do grupo chinês State Grid e das brasileiras Eletrobrás e Furnas.
Viagem oficial
O primeiro ministro chinês chegou à Praça dos Três no meio da manhã sendo recebido com honras militares. Depois, subiu a rampa do Planalto, onde foi recepcionado pela presidenta Dilma e se encaminhou para o registro fotográfico. Ato contínuo, Dilma o apresentou aos ministros brasileiros. Na sequência, Li Keqiang fez o mesmo com seus auxiliares que estavam perfilados, mais adiante, no salão nobre do Palácio. Concluída essa etapa, todos se deslocaram para a reunião bilateral.
No começo da tarde, ainda no Palácio do Planalto, ocorreram as cerimônias de assinatura dos acordos. O primeiro deles recebeu a firma dos ministros Jaques Wagner e Xu Dazhe. A partir de agora, será constituído o Grupo de Trabalho Gestor (GTG) que terá a tarefa de estruturar a cooperação entre os dois países. Esse GTG será co-presidido pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e pela Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria Nacional de Defesa (SASTIND).
Neste grupo serão discutidos e abordados projetos da área de sensoriamento remoto, telecomunicações e tecnologia da informação. As reuniões serão definidas por comum acordo, alternando a sede entre os países. Os objetivos básicos são cooperar e compartilhar dados de satélites ambientais, meteorológicos e de observação da terra. Bem como trocar conhecimento e experiência nas áreas de tecnologia da informação, telecomunicação e sensoriamento remoto.
Está previsto, também, o intercâmbio de dados e conhecimentos em meteorologia, climatologia, hidrometeorologia e mudanças climáticas; cooperação nas aplicações envolvendo o uso de telecomunicações ponto a ponto e via satélite; promoção da capacitação de recursos humanos nas áreas tecnológicas relacionadas; e a cooperação no mapeamento cartográfico e temático.
Após a cerimônia no Planalto, Dilma e Li Keqiang participaram de almoço no Ministério das Relações Exteriores.
FONTE: ASSCOM
Senhores, como dito no passado, “dividir para governar. O Brasil precisará fazer um bom acordo com os EUA e o MCE para não desequilibrar a influência econômica pró China.
O Brasil não é o alvo maior da China, e sim o Chile, a Colômbia e o Peru que, mesmo com economias bem menores, deverão receber investimentos semelhantes ao do Brasil, se não maiores.
Trata-se, pelo que percebo, de uma estratégia da China com relação a enfraquecer a comunidade andina e do pacífico, que são pró EUA. Os decantados US$53 bilhões são irrisórios para a China, servindo apenas para tentar nos por na influência deles, usando a soja e a carne (pecuaristas e a Friboi) para criar zona de influência.
A parte de investimentos em infraestruturas é muitíssima importante e precisará ser muito bem estudada e analisada, segundo os interesses do Brasil também, de uma maneira muito séria e estratégica.
Se não houver uma distribuição de marcado consumidor, vamos estar sujeito a acontecer o que aconteceu com a Rússia, quando pararam de comprar carne para forçar a compra de helicópteros e o Pantsir. Na ocasião que o Brasil não for junto aos interesses da China ela inventa outra restrição à importação de soja e carne e joga bancada ruralista e a Friboi contra o GF.
Os investimentos são bem vindos, mas espero que os ovos sejam distribuídos em outras cestas também. Será que existe alguma inteligência na estratégia e política comercial no Ministério da Indústria e Comércio?
São importantes os aviões da Embraer, cujo valores e o contrato foram mínimos comparados aos outros de menor valor agregado. Por que aceitar vender somente minério de ferro, sem que se imponha a venda do aço também? Ah! A velha história de preço não competitivo!
Com relação aos navios da Vale, só esperando para crer. Duvido eles comprarem navios maiores, os quais afetariam a indústria naval deles. Certamente, será o trunfo deles para fazer algum acordo no futuro, antes de autorizar, de fato, a compra.
Vamos torcer para fazermos bons acordos (“leilão”) com aos EUA e o MCE, ou vamos ficar num corredor estreito.
Vamos torcer e convencer a Argentina aderir ao acordo Mercosul/Europa.
A propósito, para a alegria dos produtores, o preço da carne vai aumentar muito a partir de agora, até antes de serem comercializadas. Acabou a fartura no churrasco.
Paulo, só uma ressalta. Apesar do que a midia apresenta, não temos somente a Friboi de frigorifico no brasil que exporta para a China. A grandes empresas frigorificos no país que também usam este mercado.
Abraço.
Rsrsrs. Eu sei. Por isso eu falei pecuaristas e a Friboi. Pecuaristas, queria incluir os frigoríficos. Obrigado.
…………isso a India ja faz hà muito tempo…compra de tudo e de todos ( so não à China) e aos poucos avança com suas FFAAs…O Brasil até bem pouco tempo só comprava dos Estados Unidos, de quem éramos praticamente “Estado-cliente”….ainda bem temos comprado em outros fornecedores……..o Brasil necessita tomar vergonha…..
Dado que inevitavelmente teremos que usar equipamentos e tecnologias estrangeiras, torna-se importante diversificar, como se diz:
” Não se deve colocar todos os ovo numa só cesta”.
Logicamente considerando a transferência de tecnologia e os custos de logística e manutenção…Se o objetivo é ter soberania própria,
sempre que possível, é necessário diversificar as fontes de suprimentos militares externos.
Fazer acordos e compras militares com diferentes blocos geopolíticos como OTAN-EUA-Israel e China e Rússia…Ajudam a reduzir as vulnerabilidades estratégicas que surgem ao se depender de um único país ou bloco fornecedor.
Além disto, os acordo de “transferência de tecnologia” sempre parciais e limitados…Se bem “costurados” com diferentes fornecedores, podem eventualmente serem complementares entre si, preenchendo eventuais lacunas do conhecimento tecnológico nacional.
Cooperação com a China para proteção da Amazonia? Será que vão usar backbones da Huawei?
e tem alguma coisa hj que não é feita na china?