Em entrevista à BBC, o secretário americano de Defesa, Chuck Hagel disse que as forças armadas dos Estados Unidos estão prontas para um ataque à Síria caso a ordem para o início da operação militar seja dada pelo presidente Barack Obama.
Hagel disse que o equipamento militar necessário a um ataque já está posicionado.
O secretário de Defesa reforçou as declarações do secretário de Estado, John Kerry, de que está cada vez mais claro que o governo sírio está por trás do ataque com armas químicas realizado na semana passada, mas acrescentou que os Estados Unidos vão aguardar até que os fatos sejam confirmados, com a conclusão dos trabalhos de inteligência.
“Esta claro que armas químicas foram usadas e acho que a inteligência vai concluir que foi o governo que as lançou”, disse.
Os EUA disseram que há provas “irrefutáveis” de que houve um ataque químico no país.
Inspetores na ONU estão em Damasco, mas foram obrigados a suspender até esta quarta-feira as investigações iniciadas na segunda-feira, por questões de segurança – o comboio do grupo foi atingido por franco-atiradores.
‘Prudência’
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, interrompeu suas férias e convocou extraordinariamente o parlamento, que se encontra em recesso, para uma reunião de emergência na quinta-feira para discutir uma possível resposta aos “ataques químicos” ocorridos na Síria.
Um porta-voz do premiê britânico disse que a Grã-Bretanha está fazendo planos de contingência para uma ação militar na Síria.
Na segunda-feira, o chanceler britânico, William Hague, disse ser possível um ataque militar à Síria mesmo sem aprovação unânime do Conselho de Segurança da ONU.
O porta-voz da chancelaria russa, Alexander Lukashevich, pediu à comunidade internacional “prudência” quanto à crise e respeito à lei internacional.
“Tentativas de desconsiderar o Conselho de Segurança mais uma vez criando desculpas artificiais sem embasamento para uma intervenção militar na região vão produzir mais sofrimento na Síria e consequências catastróficas para outros países do Oriente Médio e Norte da África”, ele disse num comunicado.
A Rússia e a China reforçaram nesta terça-feira seus alertas contra uma intervenção militar na Síria, e Moscou disse que a ação teria consequências catastróficas para a região.
A declaração do governo russo foi feita horas antes do ministro do chanceler da Síria, Walid Muallem, ter negado com veemência que o governo sírio tenha usado armas químicas, causando a morte de centenas de civis, de acordo com denúncias feitas na semana passada.
Encontro
Na segunda, segundo assessores de Cameron, o premiê britânico conversou com o president russo, Vladimir Putin, que teria dito que não há provas de que a Síria usou armas químicas contra os rebeldes.
O governo sírio e os rebeldes acusaram-se mutuamente sobre os ataques da última quarta-feira.
A organização Médicos Sem Fronteiras disse que três hospitais em que opera em Damasco trataram cerca de 3,6 mil pacientes com sintomas neurotóxicos, dos quais 335 morreram.
Os EUA dizem que há “pouca dúvida” de que o governo do presidente Bashar al-Assad conduziu o ataque.
FONTE: BBC Brasil
Quero deixar registrado o comentário do jornalista boechat no noticiário de hoje [27/08/2013] sobre a falta de estrutura educacional: uma criança chorava pela falta de cadeira para estudar e o jornalista reclamava que enquanto isso o país “gasta” dinheiro com submarino nuclear e caça. Que caça? Ja era para esse submarino estar pronto a muito tempo também! Só faltou culpar as forças armadas pela precariedade de nossa educação! Reclamar do sucateamento de nossos militares ele não reclama. Será que pelo menos ele sabe que o Brasil faz parte do BRICS, apesar de que esse bloco político apenas reforça nossa necessidade de estarmos bem aparelhados militarmente.
Mas na mesma edição o telejornal ja falava em copa sem criticar os custos dos estádios. Que contraste em Boechat! O que é mais caro um conjunto de carteiras e cadeiras para estudos e pavimentação da via mostrada na matéria ou estadios – embora as obras da copa gerem emprego -? E olha que não estamos falando apenas de um estadio! O retorno ao investir (e não gastar) no submarino são capacidades de projetar essa categoria de navio, e portanto de pessoas formadas em ciências complexas como engenharia naval e nuclear. O próprio histórico do programa nuclear prova isso.
O problema da educação desse país não é só dinheiro mas corrupção, falta de planejamento, interesses políticos (fazer favor em troca de aprovação de projetos de interesse do governo) e desigualdade social e regional. A emissora chegou a entrevistar o general Heleno três vezes no canal livre falando das condições de nosso arsenal, inclusive colocando reporter junto com militares para viver de perto os desafios das tropas de selva. E aí o jornalista contraria a própria emissora com esse comentário. Quando o SN10 ficar pronto veremos como será a posição da BAND. Até mesmo a própria classe Riachuelo. Educação e segurança nacional são condições básicas de um país.
Enquanto essa mentalidade das emissoras brasileiras em desqualificar a importância das forças armadas usando-as como parâmetro de comparação das desigualdades sociais do Brasil continuaremos ouvindo criticas inuteis como essas do jornalista. Ora, nosso primeiro governante foi um traficante de seres humanos, e portanto tratados como ferramentas de trabalho, eram discriminados por serem negros e ainda sofriam torturas e perseguições. Em um país com essa origem desumana não estranha o fato de uma criança não ter a possibilidade de estudo, independente da era em que estamos. Portanto chego a ter a ousadia de dizer que o problema de negligência com nossas crianças e a sociedade como um todo é cultural. Não existe político que mude essa infeliz realidade. Todos os governos fazem questão de perpetuar essa crise na sociedade brasileira, onde até as forças armadas pagam o preço com contigenciamentos de recursos que tanto dependem, seja em investimentos, logística e outras necessidades. É claro que todos tem sua parcela de contribuição e culpa, não apenas a classe governante.
Tudo isso acontecendo em um momento de crise internacional com a possibilidade iminente de guerra na Siria, embora esse conflito não envolva o Brasil.
A industria militar americana agradece ainda mais agora com esses corte é tudo o que eles queriam.