Realizado na sexta-feira passada (6) a partir do mar Branco contra um alvo no campo de provas de Kura, em Kamtchatka, o lançamento do Bulava integrava os testes finais do submarino atômico Aleksandr Névski.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa, o “míssil saiu bem do tubo de lançamento e sofreu uma falha em seu sistema de bordo no segundo minuto de voo”. O teste final de lançamento do Bulava era esperado desde o outono do ano passado.
Após o fracasso, o responsável pela pasta, Serguêi Choigu, mandou suspender os testes finais dos submarinos nucleares Aleksandr Névski e Vladímir Monomákh “e realizar cinco lançamentos extras”. Isso significa que a entrada do primeiro submarino do projeto 955 da classe Borei, Aleksandr Névski na Marinha russa foi adiado sem data definida.
Especialistas da aérea sugerem que os novos submarinos de quarta geração dificilmente poderão ser adotados este ano. Porém, o diretor da revista “Independent Military Review”, Víktor Litóvkin, acredita que o lançamento mal sucedido do Bulava não afetará o programa de construção de novos submarinos da classe Borei, que devem chegar a oito unidades em 2018.
“É desagradável, mas não é um grande problema. O mais importante é que os submarinos e os mísseis funcionem bem e não falhem na hora certa. Falhas são coisas que acontecem. Prova disso é a experiência dos EUA que, há vinte anos, testam o míssil antimíssil GBI sem resultado”, conclui Litóvkin.
Apesar da falha no Bulava, a rampa de lançamento do Aleksandr Névski funcionou perfeitamente. As causas do acidente com o míssil serão investigadas por uma comissão especial de inquérito, presidida pelo Comandante Geral da Marinha da Rússia, o almirante Vladímir Tchirkov.
Espera-se que, depois de 2018, os submarinos do projeto 955 da classe Borei venham a constituir o núcleo do potencial estratégico naval da Rússia. Quando isso acontecer, os submarinos dos projetos 941 (Tubarão ou Tufão, na classificação da Otan) e 667 BDR e BDRM (Lula e Murena ou Delta-3 e Delta-4, na classificação da Otan) serão retirados do serviço.
FONTE: Gazeta Russa