Por Andrew Osborn
MOSCOU (Reuters) – A Rússia provavelmente irá mobilizar mísseis avançados de potência nuclear em seu território europeu de Kaliningrado até 2019, classificando a manobra como uma reação a um escudo de mísseis apoiado pelos Estados Unidos, e um dia pode instalá-los também na Crimeia, segundo fontes próximas ao militares russos.
A medida alimentaria o que já é o pior impasse entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria e colocaria uma porção de território de Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia, todos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na alça de mira dos russos.
Moscou provavelmente teria instalado o míssil chamado de Iskander, o nome persa de Alexandre, o Grande, em Kaliningrado de qualquer maneira, e os alvos que irá cobrir já podem ser atingidos por mísseis russos de alcance mais longo.
Mas especialistas russos e ocidentais dizem que o escudo, que Moscou afirma ter como objetivo limitar sua própria capacidade nuclear, dá ao Kremlin a desculpa política que precisa para justificar algo que vinha planejando há tempos.
“Os russos planejam fazer muitas coisas que vêm preparando há algum tempo”, disse Steven Pifer, ex-embaixador norte-americano na Ucrânia e hoje membro do conselho do centro de pesquisas Brookings Institution.
“Em Moscou existe um longo histórico de se dizer que o que eles estão fazendo é em reação ao que vocês fizeram, embora o tenham planejado com antecedência”.
A Otan irá realizar uma cúpula em Varsóvia no mês que vem para decidir a melhor maneira de conter a Rússia em resposta à anexação relâmpago da península ucraniana da Crimeia em 2014. Os EUA, a Grã-Bretanha e a Alemanha disseram que irão comandar novos batalhões na Polônia e nos países bálticos para mandar um recado a Moscou.
A cúpula pode levar a Rússia a anunciar contramedidas, mas fontes próximas de seus militares acreditam que Moscou irá esperar a abertura de uma instalação de defesa de mísseis planejada para o final de 2018 em solo polonês para exibir uma reação mais séria.
(Reportagem adicional de Dmitry Solovyov)
A Escalada é apenas da OTAN,ela reiniciou tudo ,primeiro na Georgia ,depois tentando colocar mísseis na Polônia ,seguido da derrubada de um Governo eleito democraticamente na Ucrânia e trocado por um Fantoche ocidental,já a Crimeia voltou para onde nunca deveria ter saído a Rússia ,ela sempre fora Russa ,mexeram com o URSO ,agora se danem ,a Rússia é a Rússia nunca cederá um centímetro ,vejam ela nunca pensará como o BRASIL, que da chance ao Azar !
Eu não vejo nada de engraçado nessa escalada por parte de OTAN e Russia. é preocupante, isso sim.
Silva
Durante muios anos a situação foi muito mais tensa do que isso e o mundo não explodiu… a diferença é que naquela época não havia internet e as notícias não corriam com a velocidade que correm hoje, mas na questão da ameaça em si hoje mesmo com essas provocações da OTAN não chega nem a 10% do risco que esse mundo já correu um dia… por pelo menos uns 30 anos… olhando por esse prisma a situação é sim, se não hilária, no mínimo serena, tranquila… apenas a balança se equilibrando.
Iskander em Kaliningrado contra o escudo do capitão américa. Os poloneses estão se metendo numa fria e servindo de bucha de canhão para os interesses de Washington…
E o mais sádico dessa situação é ver a hipocrisia dos líderes da OTAN anunciando que este escudo serve para conter um eventual ataque com mísseis balísticos do Irã… hilário, acho que nem eles mesmo acreditam que alguém acredita nisso.
URSS conviveu mais de 30 anos com mais de 500 mísseis Pershing europeus apontados para suas cidades, porque iriam reclamar de alguns Iskanders nucleares ??? chumbo trocado não dói, podem espernear a vontade e paranóicos como são já comecem também a cavucar esconderijos anti mísseis e estocar alimento rsrsrsrssssss