MOSCOU/DONETSK (Reuters) – A Rússia enfrentava a perspectiva de novas e duras sanções ocidentais nesta terça-feira, depois que o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu duas regiões separatistas no leste da Ucrânia e ordenou o envio de tropas para lá, intensificando os temores ocidentais de uma grande guerra na Europa.
A Ucrânia disse que dois soldados foram mortos e 12 ficaram feridos em bombardeios por separatistas pró-Rússia no leste nas últimas 24 horas, e relatou novas hostilidades na manhã de terça-feira.
Um jornalista da Reuters viu tanques e outros equipamentos militares se movendo pela cidade de Donetsk, controlada pelos separatistas, durante a noite, mas nenhuma insígnia era visível nos veículos.
Líderes ocidentais estão tentando descobrir o que Putin fará a seguir e se a Rússia planeja uma invasão em larga escala da Ucrânia depois de reunir tropas perto das fronteiras de sua ex-vizinha soviética e exigir uma reformulação dos arranjos de segurança na Europa.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que seu país pode romper relações diplomáticas com Moscou.
O Parlamento da Rússia ratificou os tratados com as duas regiões separatistas nesta terça-feira, e os crescentes temores de guerra levaram os preços do petróleo a uma máxima de sete anos nesta terça, enquanto moedas consideradas portos seguros, incluindo o iene, subiram e as ações em todo o mundo caíram.
O anúncio de Putin na segunda-feira e sua assinatura de um decreto sobre o envio de tropas russas para “manter a paz” nas duas regiões separatistas atraíram condenação internacional.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um decreto para interromper a atividade comercial dos EUA nas regiões separatistas e autoridades da União Europeia se reuniram para discutir sanções. O principal diplomata da UE prometeu as primeiras medidas punitivas nesta terça-feira.
“Temos que garantir que, aconteça o que acontecer, a Rússia sentirá a dor… para garantir que a Rússia não tenha absolutamente nenhum incentivo para ir mais longe”, disse o ministro da Europa da Irlanda, Thomas Byrne.
Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas, afirmou que a descrição das tropas russas como forças de paz era “absurda”.
“Podemos, queremos e precisamos permanecer unidos em nossos apelos para que a Rússia retire suas forças, retorne à mesa diplomática e trabalhe pela paz”, disse ela a repórteres após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Casa Branca na segunda-feira.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, repeliu a ameaça de sanções, dizendo que o Ocidente as imporia independentemente dos eventos.
“Nossos colegas europeus, americanos e britânicos não vão parar e não vão se acalmar até esgotarem todas as suas possibilidades para a chamada punição da Rússia”, disse ele.
A Rússia tem negado o planejamento para atacar sua vizinha, mas ameaçou uma ação “técnico-militar” a menos que receba garantias de segurança abrangentes, incluindo um compromisso de que a Ucrânia nunca ingressará na aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Há uma sutileza que impactará esta situação das Repúblicas populares de Donetsk e Lugansk no futuro, mesmo se elas se mantiverem independentes sob a proteção militar da Federação Russa.
O Ocidente diz que a Rússia INVADIU a Ucrânia, pois não reconhece qualquer soberania dessas regiões.
A Federação Russa RECONHECEU a soberania das duas Repúblicas, MAS só sobre o território onde ela exerce efetivamente a sua soberania.
OU SEJA a única parte dos Acordos de Minsk que sobreviverá a essa Crise é a parte que estabeleceu a LINHA DE CONTATO que se converterá em breve na nova fronteira SE a situação parar por aqui.
As RPs de Donetsk e Lugansk tinham um território MAIOR definido na divisão administrativa da Ucrânia até 2014.
Entretanto em função dos combates e da pressão do Exército Ucraniano e as necessidades táticas de recuo ou defensivas dos líderes militares de Donetsk e Lugansk desde 2014 uma boa parte desse território que anteriormente era “administrativamente” das duas Repúblicas populares foi ocupado/cedido às forças militares ucranianas.
Vladimir Putin destacou CLARAMENTE que reconheceu a soberania das duas Repúblicas Populares somente ONDE elas exercem EFETIVAMENTE a sua soberania desde 2014.
Isso quer dizer que na visão Russa que o atual governo Ucraniano JAMAIS exerceu soberania nas áreas reconhecidas, PORTANTO do seu ponto de vista ele não invadiu território soberano da “Nova Ucrânia Ocidental”…
Por óbvio a Ucrânia e o Ocidente desconsideram estes argumentos.
MAS a posição Russa indica CLARAMENTE que daqui em diante, A PRINCÍPIO, a Federação Russa não apoiará pedidos das Repúblicas reconhecidas de recuperar suas regiões ocupadas pelas Forças militares Ucranianas depois de 2014 e seu apoio militar REAL se restringirá a região à LESTE da LINHA DE CONTATO definida nos Acordos de Minsk.
Caso a situação não escale em conflito armado, e assim mudem estas definições iniciais, as partes das RPs que estão em domínio da Ucrânia (à Oeste da Linha de Contato) DEVEM PASSAR a ser a República Popular do Oeste de Donetsk e a República Popular do Oeste de Lugansk e a LESTE teremos dois enclaves independentes de Donetsk e Lugansk reconhecidos pela Rússia (e em algum momento num futuro mais propício pela China e seus países aliados e serão estados párias ignorados pelo mundo Ocidental e principalmente na esfera dos EUA.
Mas a longo prazo as duas Republicas SEMPRE terão como questão suas antigas partes que ficarão com a Ucrânia.
Quero ver o que este xxxxx escreve hoje. Que Ucrainia atacou Rússia ou que Nato obrigou Rússia atacar o qual barbaridade mais ele inventa para j”justificar” injustificável. Todos estes admiradores da Rússia agora sabem como este país e misarevel, mentiroso, traseiro é falso. Omqiemaconteceu hoje está imperdoável. Espero que isso não é um começo de coisa maior.