Com Rússia e Estados Unidos desenvolvendo conceitos para caças de sexta geração, analisamos as principais demandas deitas pelos militares dos dois países e os obstáculos no caminho.
Com os projetos do F-35 americano e do T-50 russo quase completos, as indústrias de Defesa e os militares dos dois países estão começando a imaginar como será a próxima geração de caças.
Enquanto o F-35 teve problemas de computador e gastos acima dos previstos, e o T-50 teve atrasos por causa de questões em seu motor, ambos países agora estão de olho no que pode ser a próxima geração de aviões de combate. Atualmente, a russa Sukhoi planeja apresentar um protótipo a partir de 2020, enquanto a americana Boeing fala em uma data de lançamento perto de 2030.
“Se parássemos agora, pararíamos de vez. Os trabalhos na sexta e, provavelmente, na sétima gerações estão em andamento. Não tenho autorização para dizer mais do que isso”, afirmou Viktor Bondarev, chefe das Forças Aeroespaciais russas, no início de março.
Enquanto a Rússia mantém segredo sobre a sexta geração de caças, a indústria militar americana já divulgou vários conceitos. O mais criativo até agora pertence à BAE Systems, da Grã-Bretanha, que propões um desenho modular, que permitiria a um avião se separar em diferentes funções no meio de um voo.
Um conceito da Northrop Grumman propõe um avião espacial que dispara lasers, enquanto a Boeing está concentrada no F/A-XX, cujo principal objetivo é formar a esquadra de porta-aviões da Marinha americana.
O principal desejo dos governos americano e russo vem sendo desenvolver a capacidade de fazer com que caças funcionem como drones. Na entrevista coletiva dedicada ao futuro avião de combate da Rússia, Bondarev declarou que a aeronave teria uma versão tripulada e outra não-tripulada.
Bondarev disse também que a mudança para um caça não-tripulado acontece em parte porque o corpo humano “tem limites”, presumidamente para voos longos e manobras extremas. O equipamento de drone, segundo ele, “é muito mais funcionam e de baixa manutenção”, além de poder “sustentar qualquer força G”.
O secretário americano para a Marinha, Ray Mabus, disse em 2015 que o programa UCLASS, de vigilância e ataque aéreo a bordo de aviões não-tripulados, pode ar início à produção de um caça completamente não-tripulado.
“O que buscamos no UCLASS é ser a ponte entre sistemas tripulados e ataques não-tripulados completamente autônomos — o que haverá em algum momento da década de 2020. Desenvolver esse programa usando o UCLASS para nos levar até lá”, disse Mabus.
FONTE: Sputniknews
Não vejo necessariamente como uma corrida, mas ocorre que os dois países já demonstram a direção que seus futuros projetos irão tomar e mais, o domínio da tecnologia do caça de 5ª geração já é do conhecimento de ambos… o T-50 não está operacional mais por motivos econômicos do que técnicos, visto que o seu radar e seu motor definitivos já estão prontos. O que é necessário para um caça ser considerado um legítimo 5G ? Avançado sistema de enlace de dados e fusão de sensores e capacidade da aeronave operar centrada em uma rede, capacidade de imprimir um voo de cruzeiro supersonico sem pós queimadores, ter baixíssima reflectividade radar e reduzida assinatura térmica, alta manobrabilidade com vetoração de empuxo, estar equipado com um bom radar AESA e integrado com diversos tipos de armas inteligentes, ter boa capacidade de ECM e também ECCM.
Todas essas características já são do conhecimento e do domínio de ambos os países, é lógico que o programa dos EUA deverá estar mais avançado visto a maior experiencia com a operação de caças de 5ª geração e também pelo poderio econômico dos EUA “n” vezes maior do que o russo o que possibilita uma série de vantagens nessa hipotética competição.
Resumindo, os EUA já estão prontos hoje para a 6ª geração, só não a farão porque existe o compromisso com o F-35 e porque eles estão na vanguarda da tecnologia e com uma boa margem em relação a Rússia, daí a explicação de que eles só pensam na próxima geração de caças para 2030 enquanto a Rússia planeja iniciar os trabalhos em 2020 e só quando os russos despontarem no retrovisor é que os americanos iniciarão os trabalhos, por enquanto não há necessidade e ainda por cima isso poderia desestimular potenciais encomendas do F-35.
Mas que corrida, se os russos nem tem um 5G operacional? Isso admitindo que o PAK FA seja um 5G, o que depende de muita boa vontade para acatar como sendo uma realidade.
Ao publicar algo assim, imagino que deve ser falta de assunto. Mas o que esperar do Sputnik News?
Afirmar que há corrida entre EUA e Rússia pelo caça de sexta geração é, por si só, uma Sputnice afinal os EUA já têm um caça de quinta geração operacional (F-22) e o F-35, apesar dos problemas, segue seu rumo e cada dia mais é uma realidade. Já os russos ainda não têm sequer um caça de 5ª geração operacional visto que o PAK FA enfrenta percalços de motor, radar e da própria invisibilidade. Isso sem falar dos problemas na economia russa que inevitavelmente terão impacto negativo no projeto.