Por Thomas Groove
MOSCOU (Reuters) – O chefe das Forças Armadas da Rússia declarou nesta sexta-feira que um arsenal nuclear poderoso irá garantir uma superioridade militar sobre o Ocidente, no momento em que seu país se empenha em finalizar um plano multibilionário para modernizar suas forças até 2020.
A Rússia, que provavelmente entrará em recessão neste ano por conta das sanções impostas por Estados Unidos e Europa em função da crise na Ucrânia e devido à queda no preço do petróleo, precisa lidar com novas formas de agressão ocidental, o que inclui confrontos econômicos, disse o general Valery Gerasimov.
Apesar das enormes preocupações econômicas, ele afirmou que as Forças Armadas russas irão receber mais de 50 novos mísseis nucleares intercontinentais este ano.
“O apoio a nossas forças nucleares estratégicas para garantir sua alta eficiência militar, combinada a… um aumento do potencial militar das forças em geral, fará com que (os EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan, na sigla em inglês) não obtenham superioridade militar sobre nosso país”, afirmou Gerasimov.
As tensões entre a Rússia e o Ocidente aumentaram como resultado do conflito no leste da Ucrânia, onde EUA e Europa sustentam que Moscou está incentivando a insurgência enviando soldados e armas, o que Moscou nega.
A Rússia tem criticado a expansão da Otan no leste europeu, e o presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Exército ucraniano, que combate separatistas pró-Rússia no leste do país, de ser um fantoche da Otan com uma política de “contenção” da Rússia.
Aviões militares russos foram avistados com frequência cada vez maior sobre a Europa nos últimos meses. A Grã-Bretanha convocou o embaixador russo na quinta-feira para pedir uma explicação sobre dois bombardeiros russos de longo alcance que sobrevoaram o Canal da Mancha, forçando as autoridades britânicas a redirecionar a aviação civil.
A Rússia promete realizar até 2020 uma modernização militar de 286,20 bilhões de dólares concebida por Putin e não mexer nos gastos militares, mesmo em face de uma crise econômica crescente que reduziu os orçamentos de outros ministérios.
O projeto de renovação objetiva aprimorar os sistemas de armamentos russos para garantir que entre 70 e 100 por cento das armas e equipamentos das Forças Armadas tenham sido modernizados até o final da década – plano confirmado pelo ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
Ao meu ver, simples discurso que já conhecemos antes, e iso quer dizer vai dar mer@#$. Hitler também começou assim, colocando as sanções comerciais como estopim para sua campanha armamentista e dominadora. Senhores não há mais dúvida a Rússia está mesmo querendo começar uma guerra e isto é questão de tempos. Olhando para a situação não haveria razão para a Rússia se armar tanto, afinal qual é o país que quer brigar com um urso de poderio nuclear? Queira Deus que eu esteja errado, mas é bom nos prepararmos pois não vai demorar até o bomba estourar literalmente em nossas cabeças.. Abraços a todos.
Popaey,
O arsenal russo é envelhecido e obsoleto e é composto por grande quantidade de mísseis SS-18 e SS-19, de combustível líquido, com demorado tempo de reação.
Sua capacidade de reação é reduzida e não quer dizer que seja problema só dos mísseis, que estão sendo substituídos pelos modernos SS-27 Topol M e RS-24, mas também do sistema de C3I.
Não adianta ter armas adequadas se não se tem meios para responder a um ataque em tempo hábil.
Entenda bem o que escrevi nos comentários anteriores. Em nenhum momento menosprezei os russos, só coloquei os fatos. Tanto é assim que eles estão em processo de modernização.
Não se vê os americanos se movendo pra trocar seus sistemas de mísseis terrestres, navais e aéreos.
Claro que seria suicídio se os EUA atacassem a Rússia tendo em vista as armas que sobreviveriam a um “primeiro ataque”, ou se preferir, ao ataque do “primeiro dia” e em momento algum disse que isso não aconteceria. O que disse foi que a capacidade de resposta imediata dos russos é reduzida e eles teriam grande parte de seu arsenal nuclear destruído antes de ser lançado. Inclusive muitos lançadores móveis, que são armazenados em galpões com posição conhecida.
Há uma dificuldade em sabermos ao certo quantos mísseis de combustível sólido e móveis estão operacionais na força de mísseis estratégicos russa, mas são ainda poucos e a taxa de substituição é lenta. Até 2020, pelo menos, os SS-18 ainda estarão no arsenal russo.
Esses mísseis de combustível líquido tem grande potencial de primeiro ataque, que é maior na Rússia que nos EUA, mas capacidade reduzida de resposta imediata.
Havendo a intenção de atacar primeiro, um país já estaria na espreita dos SSBNs do país atacado e haveria grandes possibilidades dele ser afundado antes de lançar seus mísseis.
Mesmo os mísseis móveis não são invulneráveis a ataque nuclear. Eles não são como caminhões que se deslocam por todo o país e têm sua localização desconhecida.
Não é assim que funciona. Eles se deslocam dentro de bases de localização conhecida. O que ocorre é que se atribui a essa mobilidade uma capacidade de sobrevivência maior que a da grande maioria dos silos subterrâneos, de posição conhecida e que hoje podem ser neutralizados tendo em vista o CEP dos modernos mísseis ICBM e SLBM.
Um lançador móvel de míssil Topol M teria que operar num mundo destruído e contaminado, onde grande parte da capacidade C3I estaria deteriorada.
Por isso a doutrina nuclear tanto da Rússia quanto dos EUA considera a capacidade de resposta imediata como um dos fatores mais importantes (se não, o mais importante) para a dissuasão de um primeiro ataque.
Se você tiver certeza que haverá uma resposta imediata tão dura quanto seu ataque inicial, você naturalmente não irá atacar primeiro. Ninguém disposto a atacar primeiro e as possibilidades de uma escalada militar chegar à via nuclear se esvai.
A dissuasão se equilibra em duas pernas, que é a “capacidade de resposta imediata” e o “arsenal sobrevivente” ou residual. A Rússia está buscando exatamente isso. Hoje, ela tem imensa capacidade de “primeiro ataque”, que isoladamente é um fator de tensão.
Um abraço.
Amigo BOSCO, contra ataque arrasador por parte dos EUA antes dos misseis russos atingirem as suas lindas e populosas cidades? Até ai morreu o neves. A Rússia possui a mesmíssima capacidade de reação o problema está em quando os misseis atingirem o chão aí já era, lá se vão o comunismo e o capitalismo para as “cucuias” rsss. Ahh ia esquecendo, VC disse que os EUA neste terrível ataque, “não destruiria todas as armas russa” mas isso é evidente, pois a maioria dos TOPOL M e outros mais estão em lançadores MÓVEIS e ainda tem os BULAVA que serão lançados Deus sabe de onde. Só com a ajuda da mãe Dina é que os EUA acertariam perto destes locais de lançamento. A RUSSIA amigo, não é HONDURAS NÃO, pergunte aos falecidos Napoleão Bonaparte e a Adolf Hitler. Um abraço
Popaey,
A Força de Foguetes Estratégicos da Federação Russa tem hoje uma estimativa confiável de:
46 mísseis SS-18 com até 10 MIRVs
60 SS-19 com até 6 MIRVs
72 Topol com 1 SRV cada
78 Topol M com 1 SRV cada,
49 RS-24 com 3 a 4 MIRVs cada,
Total de ICBMs: 305
Total de ogivas: 1166
Os americanos possuem:
400 Minuteman com 1 SRV
50 Minuteman com 3 MIRVs
Total de ICBMs: 450
Total de ogivas: 550
Parece que os russos estão em desvantagem em quantidade de mísseis, mas com larga vantagem em relação à quantidade de ogivas.
O problema é que os mísseis russos SS-18, SS-19 e Topol, da era soviética, estão obsoletos e deverão ser retirados em breve (até 2020). No lugar haverá mais mísseis Topol M e RS-24 e até o Sarmat e RS-26. Até 2025 os russos devem estabilizar sua força de foguetes em 250 unidades de modernos mísseis de combustível sólido (menos o Sarmat), não haverá nada da era soviética, e a maior parte,móveis.
Nessa mesma época os americanos contarão com pelo menos 400 Minuteman.
Os SS-18 e SS-18 além de velhos, são de difícil manutenção e pouco confiáveis, e só se prestam ao “primeiro ataque”. Os 72 Topol com ogiva unitária (SRV) e os Topol M e oa RS-24 são hoje as únicas armas com chances de sobreviver a um ataque maciço, mas a quantidade deles em prontidão e em posição de lançamento é reduzida. No máximo, a metade.
Já do lado americano, 400 Minuteman continuarão até pelo menos 2040 (com manutenção e modernizações), e suas ogivas foram feitas pra durar por 100 anos (claro, com manutenção adequada). As últimas foram construídas na década de 90.
Um abraço.
Esse carinha fardado parece que está com sono … ladainha que já ouvi antes a muito tempo, so não lembro de que lado …, agora é do russo … conversa para o público interno mais do que para o externo … atualmente, quanto a mim, esse tipo de ladainha até dá sono …
O sistema de defesa da OTAN visa defender a Europa e os EUA de mísseis iranianos, e o sistema de defesa em território americano visa defender a América do Norte de mísseis norte-coreanos e chineses.
Não há defesa possível hoje contra um ataque de mísseis balísticos de larga escala, como os russos podem implementar.
Provavelmente nunca haverá esse tipo de defesa e se houver, será provavelmente baseada no espaço e deverá usar armas de energia dirigida (laser) e só deve ser possível tecnologicamente dentro de uns 50 anos. Até lá pode ser que nem existam mais armas nucleares.
A maior garantia que os EUA tem hoje de não ser atacado pelos russos é que ele pode desencadear um contra-ataque arrasador contra o território russo antes que os primeiros mísseis russos cheguem no território americano. Ou seja, o que há não é capacidade de defesa ou escudo de defesa, e sim uma política dissuasória eficaz e consistente, que reduz o ímpeto de uma primeira agressão.
Sem falar que a capacidade de sobrevivência do arsenal nuclear americano, pós um primeiro ataque, é imensa, tendo em vista haver pelo menos 4 SSBNs armados cada um com 24 SLBMs, sempre em patrulha.
O mesmo não ocorre com a Rússia. Hoje ela está vulnerável a um primeiro ataque maciço americano e não tem meios de pronta resposta.
A Federação Russa não tem consistentemente capacidade de atacar o território americano com uma força avassaladora em resposta a um primeiro ataque americano em tempo hábil.
Claro que é pouco provável que um ataque americano maciço possa destruir todas as armas nucleares russas, mesmo porque, eles também têm mísseis balísticos em submarinos e há pelo menos um, sempre em patrulha.
Isso em tese pode ser um fator dissuasivo, já que essas armas nucleares sobreviventes poderiam ser lançadas “a posteriori”, contra os EUA e a Europa, numa ação vingativa. Mas essa não é a melhor forma de dissuasão.
Essa aparente “fragilidade” russa pode mexer com a cabeça de um maluco linha dura qualquer que ocupe a Casa Branca e que num momento de crise internacional associado a um surto psicótico rsrssss poderia ter a péssima ideia de atacar preventivamente a Rússia, na esperança que a resposta será suportada pelos americanos e europeus.
Os russos, com a modernização de seu “arsenal”, irão contribuir para que isso não ocorra, e de quebra, contribuirão para a paz mundial.
A modernização do arsenal nuclear russo não visa armas que consigam passar pelo escudo de defesa da OTAN e sim sistemas mais confiáveis, flexíveis, com menor tempo de reação.
O que os russos querem é ter certeza que quando apertarem o botão o míssil vai ser lançado e vai deixar a “carga” no local desejado, e chegando lá ela vai detonar.
E querem poder fazer isso num curto espaço de tempo, preferencialmente num espaço de tempo entre a detecção de um lançamento de mísseis no território americanos e o momento que as ogivas chegam ao território russo.
Hoje é questionável se os russos têm capacidade consistente de resposta imediata a um ataque americano em tempo hábil. O que se sabe é que eles têm grande potencial de “primeiro ataque”, mas não fosse alguns poucos mísseis móveis e um ou dois SSBNs eles poderiam ser pegos de surpresa num hipotético primeiro ataque maciço americano.
Essa fragilidade russa pode até parecer benéfica para os americanos ou para a OTAN, mas não é. O próprio Ocidente tem interesse que o arsenal nuclear russo possa ser modernizado já que é um elemento importante para a manutenção da paz.
Bosco,
Creio que os russos estejam mais preocupados com seus sistemas anti-mísseis que qualquer outra coisa… Desenvolvimentos recentes na forma do S-400 e a pressa em se colocar o S-500 em operação parecem demonstrar isso…
E não seria para menos… Afinal de contas, o único sistema “confiável” contra ICBMs que eles possuem seria o A-135, cuja utilização é um “quase suicídio”, ao passo que os americanos buscam fazer o seu melhor com o GMD e RIM-161 block IIA ou mesmo o THAAD ( embora desconheça se este ultimo tenha efetivamente alguma capacidade ICBM ).
RR,
Mas o que é interessante é que o S-500 não será efetivo contra mísseis ICBM e SLBMs lançados de submarinos.
Outro fato interessante é que o Ocidente não usa mísseis balísticos convencionais.
A conclusão que se chega é que o S-500 é moldado para enfrentar os chineses e outros países orientais que usam armas balísticas convencionais e nucleares, e não o Ocidente.
Bosco,
Aí é que está… Salvo melhor juízo, segundo algumas projeções iniciais, o sistema S-500 seria dotado de mísseis capazes de fazer frente a ICBMs e SLBMs. Seja como for, irei considerar sua informação como procedente, pois não encontrei realmente nenhuma outra informação que confirme que o S-500 terá capacidade contra balísticos intercontinentais ( tanto que não encontrei o sítio onde li essa informação ).
De toda a sorte, circulam notícias do desenvolvimento do A-235, que viria a complementar, e posteriormente substituir, o A-135.
Tem esse link com algumas informações do A-235:
http://missilethreat.com/defense-systems/a-235-samolet-m/
RR,
A Cortina de Ferro acabou há mais de 20 anos, mas há uma cortina de ferro em relação às informações do lado de lá (e pouco pra cá e um pouco pra lá dos Urais rsrssss). Pouco se divulga sobre a modernização do sistema A-135 e não há como dizer muito a respeito.
Quanto ao S-500, tudo indica que será “semelhante” ao THAAD, com capacidade de interceptação endo e exoatmosférica.
Os russos ainda vão ficar devendo um sistema exoatmosférico como o SM-3 e o GBI.
A primeira vista isso pode representar uma falha, mas pode ser que eles adotem essa abordagem por consideram a mais eficaz.
Aparentemente uma abordagem em camadas, como a dos americanos, que adotam interceptadores endoatmosféricos (PAC-2, PAC-3, THAAD) e exoatmosféricos (THAAD, SM-3, GBI), é mais racional tendo em vista que mísseis de maior alcance (e maior velocidade) podem ser interceptados mais longe, havendo maior tempo de reação.
Um abraço.
Bosco,
Concordo.
Saudações!
Antes o THAAD era a sigla de Theatre High Altitude Area Defence, porque era efetivo contra Theatre Balistic Missiles (de curto e médio alcance – até 3500 km). Depois chegou-se à conclusão que ele seria também efetivo contra mísseis balísticos de alcance intermediário (até 5500 km) e que teria potencial até contra mísseis intercontinentais. Daí trocaram a sigla “T” de “Theatre” para “Terminal”, que é mais condizente com sua múltipla função.
Bosco,
Obrigado pelas informações.
Saudações!
E agora com o novo foguete balístico Sarmat vai haver uma vantagem sobre o escudo da Otan também, aí eu quero ver.
A guerra fria está mais viva do que nunca!
Deixando de lado as afinidades com cada lado. As declaração se juntam aos demais fatos, que demonstram que a Russia está se sentindo ameaçada pelo avanço da OTAN sobre suas fronteiras, mais não é só a OTAN que preocupa Moscou, também as Sanções Econômicas impostas por Europa e EUA e a conveniente baixa do preço do barril de petróleo feita por um pais aliado dos EUA (Arabia Saudita). Já para os EUA, é uma oportunidade de enfraquecer o Ira, Venezuela e Russia de uma só vez, causando o colapso de suas economias que são muito dependentes do petróleo.
A questão é que os EUA viram a oportunidade de fragilizar o seu inimigo, já os Russos que não esperavam esta atitude estão bravejando (já deviam ter aprendido).
Isso vai acabar, ou com a Russia anexando completamente a Ucrânia, e ameaçando os países vizinhos fazendo a OTAN e EUA diminuírem o tom, ou com mais um colapso da Russia (ex União Soviética), o tempo dirá.
A modernização do arsenal nuclear russo está passando da hora.
Quer queiram ou não, o arsenal nuclear russo e quem tem mantido o respeito país, se não o tivessem a OTAN já teria partido para cima da Rússia sem dó nem piedade,essa é a verdade !
Chutar cachorro morto é fácil, mas lutar com um oponente que pode de destruir é outra história !
O Vietnam do Norte e o Iraque de 1991 não eram cachorros mortos.
Claro que não são como a Rússia, mas indefesos eles não eram.
Vietnã do Norte realmente não era um cachorro morto a história provou isso, já o Iraque de 1991 não posso dizer o mesmo,pois as tropas de Sadam sucumbiram rapidamente perante o poderio dos EUA, isto é um fato !
Mas a grande verdade deve ser dita, se os dois países citados tivessem um poderio nuclear (,quanto digo poderio nuclear ,não é apenas possuir a bomba mas a capacidade de lança-la em qualquer parte do mundo) como o russo eu lhe garanto eles sequer seriam invadidos ! nenhuma nação de atreveria a tanto !
Então eu repito chutar cachorro morto é fácil,mas lutar contra um adversário que pode te destruir, é bem diferente !
Na primeira guerra contra o Iraque era eles contra uma coalizão que incluía quase todas as potencias do planeta, era o auge do poder americano em que eles mandavam e todos obedeciam
Na segunda foi de novo quase essa mesma coalizão mas depois de uma década de embargo econômico que deixou o Iraque na mais extrema miséria.
Com os vietnamitas, o US Army e a USAF praticavam tiro ao pato no seu esfarrapado exercito até a chegada de um verdadeiro exercito que foi a infantaria chinesa e o apoio material da URSS, o que resultou no recuo das forças americanas até o mar, status que só mudou com uma contra ofensiva americana que colocou os contentores na linha que estão até hoje e na condição de um cessar fogo não oficial.
Portanto nos dois casos ‘na minha opinião’ os americanos chutaram cachorro morto só que no segundo eles não se certificaram que o bicho ainda respirava e acabaram levando algumas mordidas.
Daniel…se você observar a composição de forças
da coalizão na I Guerra do Iraque verá que os EUA
poderiam te-la vencido sozinhos, mas, foi muito
importante ao menos o apoio político.
Onde você escreveu, “Com os vietnamitas” você quis dizer
Com os coreanos, pois você descreveu resumidamente a
Guerra da Coreia.
Quanto ao envolvimento chinês na Guerra da Coreia, os
EUA lutaram contra forças numericamente muito superiores
e os chineses sofreram enormes baixas e chegaram à
conclusão que não poderiam vencer.
Ao menos os EUA garantiram o status quo.
Esta estória de “chutar cachorro morto” todo mundo chuta,
até mesmo o Brasil que fez um bloqueio ao Uruguai, que
incomodou a França e esta ameaçou bombardear o Rio de
Janeiro caso a França não fosse indenizada.
Adivinha o que Dom Pedro I fez !
Obrigado pela correção Dalton, Por algum motivo eu li Vietnã mas pensei na Coreia e elaborei o comentário todo em cima de um ato falho.
Bosco, o suposto motivo da invasão ‘aliada’ na primeira guerra do golfo foi retomar o território do Kuwait invadido por Saddam.
O estranho é que invasões expansionistas ocorrem a todo momento pelo mundo mas não despertam a indignação ocidental a ponto deles comprometer recursos e vidas humanas como em alguns casos pontuais, talvez por que nesses outros casos os países invadidos não flutuem em petróleo.
Mais quem disse que eles (os americanos) têm que ser os salvadores do mundo e que têm obrigação de intervir em todo lugar que há injustiças? Eles vão onde é interessante para eles e seu modo de vida.
Pelo menos eles vão e não mandam seus cães de guerra (mortos ou vivos).
E mesmo eles não tendo obrigação de serem os paladinos da justiça, eles fazem muito mais pra conter as injustiças no mundo que todos os outros países do mundo. Eles já foram em lugares perdidos na Terra em que não tinham nada a ganhar e onde russos e chineses e brasileiros não iriam nem em pesadelo. E claro, não estão imunes de cometem erros e arbitrariedades.
E se você espera que os americanos ou qualquer outro arme e treine antes seus inimigos para lutar uma luta em iguais condições, pode tirar o cavalinho da chuva. Os vietcongues tinham apoio pesado da Rússia e da China e não me venha dizer que eram desarmados ou santinhos não. O que eles queriam era instalar ditaduras comunistas em países sob a órbita capitalista num tempo em que havia um bipolarismo ideológico e se eles não estavam armados de acordo, deveriam ter se armado, porque qualquer um teria certeza que essa tentativa de instalar uma ditadura comunista orbitando Moscou seria repelida com força pelo Ocidente em geral e pelos EUA em particular.
E dizer que os americanos foram causadores de milhões de mortes de vietnamitas inocentes, se não tivesse havido a participação americana, teria havido mais mortes ainda tendo em vista o que houve no Camboja e as práticas dos “revolucionários” comunistas quando se instalavam em países capitalistas.
Pelo menos, tendo perdido ou não no Vietnã, os americanos mostraram que estavam dispostos a conter a onda comunista, que de santa e maravilhosa não tinha nada.
Afinal, o comunismo perdeu no todo, independente de ter ganho no Vietnã.
Coincidência Bosco…estava pensando exatamente no Khmer Vermelho enquanto você escrevia sobre os milhões de mortos vietnamitas.
A realidade é que nós ao sul do
equador não temos a menor ideia dos direitos e também deveres de uma super potência seja para consigo mesma ou para com “aliados” e os EUA sempre tiveram e ainda tem alguns “aliados” bem problemáticos.
Dalton voltando ao assunto dessas duas (três)guerras em que os americanos lutaram em suposta inferioridade numérica, a verdade é que em todas eles tiveram uma superioridade material esmagadora enquanto o inimigo lutava na grande maioria das vezes com armamento portátil e mesmo assim no por dezenas de vezes unidades americanas estiveram a beira da derrota até serem salvas pela cavalaria alada, a USAF que é quem luta de verdade todas as guerras que a América faz .
Os americanos são capazes de lutar sozinhos até mesmo contra o resto do mundo numa guerra convencional, mas sempre é bom dividir as baixas e os custos de uma empreitada militar com seus aliados, fica mais palatável a opinião pública.
Daniel…
a USAF ajuda a equilibrar as coisas com toda certeza, mas, daí afirmar que o US Army e o US Marine Corps são meros “figurantes” vai contra o que já li sobre
Vietnã e Coreia por exemplo.
Forças Aéreas não vencem batalhas
sozinhas…o “boots on the ground” se faz necessário e foi o que garantiu o status
quo na Coreia.
No Vietnã, os tardios bombardeios à
Hanoi, quando a maior parte das forças
americanas já havia retornado aos EUA
cumprindo a vietnamização do conflito, ou
seja, deixar o Vietnã do Sul arcar com sua própria defesa, obrigou o Vietnã do Norte
à negociações com os EUA.
Verdade que tão logo os EUA deixaram definitivamente o Vietnã do Sul, com exceção de algumas poucas dezenas
de militares o Norte apoiado pela União Soviética começou os preparativos para a
invasão que finalmente ocorreu em 1975
e o resto é História.
Dizer que o Iraque era cachorro morto é ser muito parcial.
Em tese o poder iraquiano era maior que o de toda a Coalização (menos o aéreo) junta. Eles que não tiveram doutrina, foco, competência, coragem, treinamento, vontade, determinação, para lutar e depois deram uma de “joãozinho sem braço” e colocaram o relativismo e o “politicamente correto” do Ocidente a favor deles vendendo a ideia do “coitadismo” e do “vitimismo”. Ideia fácil de ser vendida no seio do Ocidente, que aceita de imediato a ideia que qualquer um que enfrente os EUA é uma vítima e onde o senso comum acha que bandido é coitadinho e vítima social e o que ele faz é aceitável por expressar sua condição de marginalizado pela elite.
Daniel,
Você sabe o que motivou a I Guerra do Golfo?
Eles chutam o que eles acham necessário para garantir a sua sobrevivência. Tivesse não havido o Vietnã e talvez hoje estivéssemos comendo de pauzinho.
Se o cachorro estava morto eu não sei mas sei que o dono dele não teve coragem pra aparecer.
Aliás, na Crise Cubana os americanos chamaram o dono do cachorro pra briga e ele deu meia volta.
Os americanos fazem o que é necessário para que o mundo ocidental continue a ser como é.
Se não fosse pelos EUA os soviéticos teriam partido para cima
da Europa durante a Guerra Fria, essa também é uma verdade.
Atualmente, os russos estão muito enfraquecidos quando trata-se
de guerra convencional quando comparados com os EUA…e os
russos também andaram chutando cachorro morto na Georgia
por exemplo.
Mais do que os EUA, os russos dependem de suas armas nucleares
e a dissuasão nuclear poderá mais tarde ser empregada contra
os chineses…a atual lua de mel poderá não durar, aliás, como aconteceu
nos anos 70 !
Como dizia Albert Eisntein, quando foi perguntado que tipo armas seriam utilizadas em uma Terceira Guerra mundial? “Ele não sabia”! Mas respondeu que saberia que tipo de armas utilizaríamos em uma Quarta Guerra Mundial: “Paus e Pedras”!
Alguém precisa avisar o general Valery Gerasimov, que os Russos não são os únicos a possuir armas nucleares, e a atual quantidade destas armas de ambos os lados vão garantir que não haverá vencedores em um confronto de magnitude.
Eles sabem.
Isso é só conversa para desviar a atenção dos problemas econômicos e sociais.
Exagerar na possibilidade de guerra é a melhor maneira de unir o povo a seu favor.
Eterno populismo dos governos pouco democráticos, incompetentes e corruptos.
O Maduro faz a mesmas coisa.
Grande Deagol,
Leio muito o que escreve lá no PB.
Luta dura aquela!
Uma abraço!!!
Obrigado caro Bosco.
Sempre aprendo muito com seus comentários.
Aquela luta é dura mesmo.
Valeu.
Um abraço!
Ele até pode ter razão em teoria, mas na realidade são afirmações idiotas de um lunático , o Topol-M e o Bulava juntos ,garantem a vitoria russa num eventual conflito nuclear, mas que tipo de vitoria? O mundo pode até acabar, mas no final de tudo a Russia vence? Será que uma guerra nuclear têm vencedores?
Eu acho que não, Se a Russia e os Estados Unidos se confrontarem, será um holocausto nuclear, pois ambos têm poder de destruir o planeta 14 vezes. Esses lideres têm de medir a sua insanidade. O problema económico é cíclico, mais cedo ou mais tarde a Economia Russa volta a recuperar, mais cedo ou mais tarde o preço do barril sobe, Mas se voçê disparar um missil nuclear, já não tem volta, é mesmo o fim de tudo. Devemos ter cuidado com as armas nucleares.
Não se trata de um gerra nuclear, apenas perceberam que as fronteiras da guerra fria lhes eram muito mais interessantes do que as de agora, e as querem de uma certa forma reestabelecer . . . .
Logico que tem!!, O EUA a Russia, China, Japão e Europa vão se matar e a America do Sul vai sobrar nisso ai !!!! Ai no final o Brasil domina o mundo kkkk
Boa ocasião para oferecermos os super tucanos . . . . EDITADO . . . .
MODERAÇÃO: Edson, como partiu de você a reclamação quanto a não gostar que o DAN seja transformado em palanque politiqueiro, favor dar o exemplo e também não emitir as suas opiniões políticas, sejam elas diretas ou indiretas, como neste caso. Contamos com a sua colaboração também.
Ok, câmbio, positivo e operante . . . .