Perante o clima de tensão na Ucrânia e o medo de uma invasão por parte da Rússia, a administração Biden decidiu enviar mais 2.000 militares para a Europa. Há 2.000 soldados norte-americanos que vão reforçar os contingentes na Polônia e Alemanha e outros mil que são transferidos da Alemanha para a Romênia. Todos estes países são membros da NATO, ao contrário da Ucrânia, para onde a administração norte-americana garante que não irá nenhum militar.
Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, disse que “estes soldados não vão para a Ucrânia e nem vão combater na Ucrânia. Os Estados Unidos estão apenas cumprindo o compromisso de dar apoio e segurança aos parceiros na região”.
Vladimir Putin reage ao que diz serem provocações por parte do Ocidente. Depois das ameaças de sanções feitas pelo primeiro-ministro britânico Boris Johnson, Putin falou ao telefone com o chefe do executivo de Londres e disse-lhe que a NATO e países aliados continuam a não respeitar as preocupações de segurança da Rússia, nomeadamente o pedido de garantias de que não há uma expansão da NATO para leste, em particular para a Ucrânia.
O presidente francês Emmanuel Macron pede que a crise seja resolvida pela via do diálogo. Estou muito preocupado com a situação no terreno. Falei várias vezes, nos últimos dias, com os parceiros europeus, com os presidentes Putin e Zelensky e também com o presidente Biden.
Biden e Macron comprometeram-se a encontrar uma posição comum. Entretanto, Vladimir Putin continua a negar que tenha intenções de invadir a Ucrânia, apesar do acumular de tropas russas junto à fronteira, e insiste que são os países ocidentais que estão a alimentar o que diz ser uma “histeria”.
Biden está com a popularidade em forte baixa. Inflação anual a 6% nos EUA é algo inacreditável. Provavelmente está “jogando pra galera”, querendo melhorar a sua imagem doméstica.
Putin pode ter dado um sonoro tiro no pé pois toda essa movimentação pode estar trazendo as forças da OTAN para mais perto ainda das fronteiras russas.
Estranho que ao juntar as informações como a matéria que saiu na mídia tradicional onde o presidente da Ucrânia e dos EUA, tem pontos diferentes de vista quanto a essa possível invasão. A pergunta que faço é: Seria esses tambores de guerra, mas interesse do presidente americano, visto que seu governo está com baixa aprovação e ao criar um inimigo externo, poderia criar uma união nacional?