Por Guilherme Wiltgen
O Reino Unido anunciou o envio do RFA Argus (A 135) e do RFA Lyme Bay (L 3007) e aeronaves de Patrulha Marítima Poseidon MRA Mk 1 (P-8A), para apoiar Israel.
Segundo o Primeiro Ministro, Rishi Sunak, o apoio militar iria “evitar uma nova escalada. As Forças Armadas britânicas estarão de prontidão para fornecer apoio à Israel e aos parceiros na região, e ainda oferecer dissuasão e garantia”.
O RFA Argus é um navio de apoio para a Aviação Naval britânica, mas também pode ser utilizado como um navio hospital, possuindo um complexo médico com 100 leitos a bordo, atuando como uma instalação médica flutuante em tempos de crise ou de guerra.
O RFA Argus pode embarcar nove helicópteros Merlin, ou um mix com helicópteros Chinook, Apache e Wildcat.
O Poseidon MRA Mk 1 (P-8A) é uma aeronave multimissão de patrulha marítima, equipada com sensores e sistemas de armas para guerra antissubmarino, bem como missões de vigilância e busca e salvamento.
André, não há nenhum motivo para “segredos” quanto ao F-35C e a política tem sido Oceano Pacífico em primeiro lugar e conforme amplamente divulgado no momento “apenas” 4 NAes da Frota do Pacífico receberam melhorias para operar o F-35C a saber em ordem, “Carl Vinson”, “Abraham Lincoln”, “Theodore Roosevelt” e “George Washington”, este último recém passou pela modernização de meia vida na costa leste quando aproveitou-se para incluir as melhorias necessárias para operar o F-35C e irá para o Japão no início do ano que vem.
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O “Gerald Ford” da Frota do Atlântico foi incorporado em 2017 com algumas tecnologias que ainda precisavam ser testadas e não havia então nenhum esquadrão de F-35C de qualquer forma e ainda hoje há apenas 3 esquadrões mas, planeja-se para 2025 que ele receba as melhorias para o F-35C enquanto o segundo da classe o “John Kennedy” que será incorporado em 2025 virá com as melhorias desde o início e será enviado a Frota do Pacífico talvez ainda em 2026.
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Os novos Super Hornets Block III também tem prioridade o Oceano Pacífico com um esquadrão já designado para o “Carl Vinson” e outro para o “Theodore Roosevelt” .
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Tanto o “Nimitz” como o “Dwight Eisenhower” não receberão as melhorias para operar o F-35C já que deverão ser retirados de serviço em breve, 2025/2026 e 2028 respectivamente.
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Você não compreendeu o que escrevi, o “Ocean” não foi pensado para tomar o lugar do “Argus” por conta deste ser menos capaz , são navios com missões e classificações diferentes apesar de ambos poderem operar com helicópteros.
Não é a toa que os britânicos construiram o Ocean, tendo esse Argus com um convôo bem restrito como esse: ele está para o nosso Bahia mas sem operação anfíbia.
Em relação a crise em si, o emprego desse Poseidon evidencia uma estratégia de controle do espaço aéreo apoiando a Força Aérea israelense e americana. Qual será a participação de outro membro da OTAN: a França? Usar o Rafale como propaganda visando aumentar as vendas do jato seria estranho já que os americanos tem seus F35 a bordo.
Não que fará muita diferença meu comentário, mas, o USS Gerald Ford ainda não recebeu as melhorias para operar de forma sustentada o F-35C. Por enquanto apenas os NAes da Frota do Pacífico – o “Gerald Ford” pertence a Frota do Atlântico – operam com o F-35C.
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O “Ocean” não foi construído para suplantar o “Argus”, são navios para missões diferentes e o “Argus” diferente do que foi o “Ocean” é um navio da Royal Fleet Auxiliary ,sendo que no lugar dele os britânicos tem agora 2 grandes NAes, que diferente de NAes “puros” tem como função secundária, operações anfíbias.
Bom Dalton, os americanos podem estocar esses caças no navio: o fato de não serem vistos não quer dizer que não estejam ali. E por ser um meio estratégico não é possível saber se esses aviões são realmente inaptos para operar em todos os porta-aviões – pelo menos deles! Esse tipo de informação é classificada ou estrategicamente falsa. Porque os americanos construiriam um porta-avião que não recebesse seu principal caça? Não faz sentido, ainda mais com longa experiência deles com esse tipo de navio. Eles podem fornecer um apoio furtivo com os F35 israelenses não necessariamente baseado no porta-avião, dependendo da estratégia adota pelos aliados.
No caso do Ocean em relação ao Argus acredito que o limitado espaço desse navio exigiu uma plataforma maior para diversas operações que o Argus não podia atender ao mesmo tempo como desembarque anfíbio, apoio humanitário, helicópteros de ataque, maior contingente (800 fuzileiros) etc. Quanto menor o navio, menor sua capacidade de “carga”.