A Agência de Compras de Defesa, Defence Equipment & Support (DE&S) do Ministério da Defesa do Reino Unido, aportou 257 milhões de libras esterlinas adicionais em fundos ao estaleiro local BAE Systems Submarines, para que este possa prosseguir com o programa de desenvolvimento do submarino nuclear lançador de mísseis balísticos, que no futuro substituirá progressivamente os atuais submarinos da classe Vanguard da Marinha Real Britânica.
Os quatro submarinos que integram a classe Vanguard são hoje os únicos vetores de dissuasão nuclear ao serviço do Reino Unido. A frota opera a partir da Base Naval HM Naval Base Clyde, na Escócia. A Marinha Real Britânica recebeu da antiga Vickers Shipbuilding and Engineering (VSEL) o HMS Vanguard em 1993, o HMS Victorious em 1995, o HMS Vigilant em 1996 e o HMS Vengeance em 1999. Os submarinos estão armados com o míssil Lockheed Martin Trident II D5 e o torpedo pesado BAE Systems Spearfish.
Os contratos incluídos nos fundos agora alocados, permitirão sustentar a realização da próxima fase de desenho do submarino. Estes são adjudicados como consequência de dois primeiros contratos celebrados em 2012 por valores de 328 e 315 milhões de libras esterlinas, para cobrir os trabalhos associados ao desenvolvimento do desenho inicial. A construção do primeiro submarino está prevista para ser iniciada em 2016.
FONTE:Defensa.com – Victor Barreira
André…
a “nova geração de fragatas” destina-se a substituir as T-23s que estão
chegando ao fim de suas vidas úteis. Marinhas como a Royal Navy e a
US Navy entre outras não deixam seus navios “envelhecerem” muito pois
precisam de uma maior taxa de disponibilidade e na verdade a Royal
Navy e até a US Navy são “pequenas” para as missões que executam.
A Royal Navy tem como requerimento apenas 19 principais combatentes
de superfície , 6 T-45s e 13 T-23s e 7 submarinos nucleares de ataque,
o que é muito pouco.
Quanto a submarinos, os britânicos ficaram muitos anos sem construir um
submarino de ataque…o último “Trafalgar” foi comissionado em 1991 e a
construção do HMS Astute começou para valer 10 anos depois em 2001.
Essa falta de escala de produção foi um dos principais motivos que levou
os britânicos a pedirem ajuda aos EUA para ajudar a solucionar problemas
surgidos durante a construção do HMS Astute, alguns dos problemas que
só recentemente tem sido resolvidos como a questão de uma velocidade
máxima mais baixa do que pretendida.
O HMS Astute levou cerca de 9 anos para ser finalmente comissionado,
enquanto que o USS Virginia, igualmente líder de uma nova classe levou 5 anos.
Agora, novamente os britânicos terão que apoiar-se nos EUA pois os seus SSBNs
irão beneficiar-se que o compartimento de misseis será o mesmo utilizado
pelos novos SSBNs da US Navy…serão módulos quádruplos dos quais 3
serão embarcados nos SSBNs da Royal Navy enquanto a US Navy utilizará
4 módulos quádruplos totalizando 16 silos de mísseis.
A estratégica militar de países desenvolvidos, como o Reino Unido, parece a necessidade de atualização de um computador ou video game: não pode parar de se atualizar, de acompanhar as novas tendência, de se estar o mais apto possivel em um mundo que não pará no tempo; se não os concorrentes te deixam para traz, e não é sempre que se pode recuperar o tempo perdido. Lição da Segunda Guerra Mundial talvez!
Com pouco mais de vinte anos de uso, a classe Vanguard ja está com seus dias contados. Isso sem falar na nova geração de fragatas (outro exemplo) com as tipo 45 com pouco tempo de atividade ja terá outra linha produção – claro, não para substituir essas novas mas só para vermos a seriedade de uma nação históricamente voltada para sua marinha que não negligencia seu sistema naval.
Eu poderia estar reclamando de nosso governo como muitos criticos fazem quando leem uma matéria dessas. Mas não! O PROSUB, mesmo sendo uma realidade, ainda assim é até considerado indesejado por existir ja que as unidades de superficie não tem a mesma sorte. Enquanto os britanicos recebem verba para seus submarinos balisticos, os submarinos brasileiros são criticados por receberem verbas.
Vai entender!