No início de novembro, a Saab demonstrou seu novo radar Giraffe 4A. Este radar 3D AESA (Active Electrical Scanned Array), foi concebido baseado na mais recente tecnologia GaN (nitreto de gálio), operando na banda S. Ele é capaz de detectar pequenos objetos a longa distância. Durante os exercícios de outono realizados pela defesa sueca nas áreas ao redor de Gotland, o radar foi posta à prova.
“Comparando com o nosso excelente radar Giraffe AMB, o radar Giraffe 4A pode detectar objetos 2 vezes mais distante”, diz o Diretor Sênior Claes Trulsson da Saab Eletronic Defence Systems. Com o Giraffe 4A, podemos por exemplo, detectar um pequeno UAV do tamanho e velocidade semelhante a uma gaivota, numa distância de 30 km.
Um radar com este elevado desempenho não foi naturalmente concebido para detectar gaivotas, mas sim, ser capaz de detectar e localizar alvos furtivos, bem como pequenos objetos.
Com relação a alvos furtivos, podemos afirmar que o radar Giraffe 4A irá detectar a aeronave furtiva na mesma distância que os radares anteriores detectam uma aeronave não “stealth”. Estes novos radares, consequentemente reduzem os efeitos da tecnologia stealth em aeronaves consideravelmente, continua Trulsson.
Mas tão importante quanto a detecção de alvos furtivos é a capacidade de detectar alvos realmente pequenos. Na percepção de ameaças atuais e futuras, um fator de escala significativa serão os UAV. Os UAV estão em desenvolvimento continuo e constante, com unidades cada vez mais avançadas e mais baratas. O ataque aéreo de amanhã pode ser facilmente retratado como um enxame de UAV carregados de cargas explosivas ou mísseis básicos. O radar GIRAFFE 4A tem a capacidade de detectar tanto um único UAV quanto um número maior que se aproxime do território.
O radar também irá filtrar gaivotas e outras aves, para evitar confusão com pássaros ou vice-versa. Isso é feito por uma seleção de parâmetros, tais como padrões de vôo, seção transversal de radares diferente, velocidade de vôo e etc.
O GIRAFFE 4A tem a capacidade de rastreamento até 1.000 alvos ao mesmo tempo, e pode cobrir uma área com um raio de 280 km do (170 milhas, ou 150 milhas náuticas). Os alvos são rastreados, relatados, e gravados.
O radar gira com uma velocidade de até 60 rpm. Isso é quase três vezes mais rápido que os competidores no mercado. A alta velocidade de rotação é conseguida através do envio de uma série de ondas de radar enviadas antes que ele grava o sinal de entrada refletido. Radares mais velhos enviar um sinal, e precisam esperar o reflexo voltar antes de um novo sinal ser enviado. Esta rotação rápida faz com que o radar particularmente seja capaz de rastrear objetos em movimento rápidos de entrada, como mísseis balísticos.
Radares não AESA que giram a uma velocidade menor vão ter uma atualização muito mais lenta do quadro de rastreamento em comparação ao GIRAFFE 4A. E se um dos alvos for um alvo cego, onde não se tenha o reflexo do míssil , o tempo entre cada atualização pode permitir que um míssil de alta velocidade tenha a chance de desaparecer em áreas sem cobertura de radar, como entre as montanhas, sem o radar ser capaz de registrar para onde o míssil foi.
Quando o radar gira, ele abrange todo o volume de 360 graus com uma taxa de atualização de um segundo O radar GIRAFFE 4A também pode ser configurado para executar uma busca concentrada com azimute da antena fixa em um setor (40 a 120 graus). Em ambos os modos, o radar cobre uma elevação de até 70 graus. Ele pode alargar a gama (40%) mantendo uma taxa de atualização de um segundo ou entregar uma taxa de atualização quatro vezes maior.
Além disso, a GIRAFFE 4A pode ser configurado no modo de localização de armas. Neste modo, o radar varre o horizonte e vai também realizam acompanhamento instantâneo de inda e vinda de projéteis, determinando tanto a ponto de impacto como a posição da arma que disparou o projétil. Esta informação pode ser transmitida diretamente a própria artilharia para contra-atacar, para fazer correções para o próprio disparo de artilharia, ou para alertar o ponto estimado de impacto de projéteis de entrada.
Testado contra chaffs
Durante o exercício, nós também provamos que GIRAFFE 4A é particularmente resistente a clutter e chaff, disse Trulsson.
Durante o exercício no outono com a Defesa sueca e, sem aviso prévio para os operadores de radar, um avião de caça subitamente liberou uma grande quantidade de pequenas tiras de metal, a fim de criar perturbação para a imagem radar. O sistema automaticamente discriminou o que era chaff e a aeronave, acompanhando o caça 100% do tempo, apesar do avião se virar e tentar escapar à detecção por voar através dos chaffs.
Em testes com uma aeronave jammeando o radar durante a escolta de dois caças, também não foi afetada a imagem radar que, de acordo com Saab, eles foram capazes de rastrear os caças e a aeronave de escolta.
Simples de operar, simples de manter
O radar em si é montado dentro de um recipiente (conteiner) de 16 pés, e pode ser facilmente transportado por um caminhão, rebocado ou ser instalado numa base estacionária. Ao iniciar o radar, todos os componentes necessários de manuseio estão localizados atrás do mesmo, simplificando assim a tarefa do operador. O sistema também possui um alto nível de redundância, significando que, se um ou alguns componentes falharem, outros componentes assumem e mantem o radar operacional.
O radar que tem a sua própria fonte de alimentação a diesel agregada com uma capacidade de 24 horas de operação com tanques internos completos. A fim de permitir a operação no frio extremo, o sistema está equipado com um assim chamado aquecedor pré-radar. O sistema foi submetido a testes ambientais em que o radar também é iniciado e operado a temperaturas entre menos 40 e mais 55 graus centígrados O recipiente incluindo o radar pesa pouco menos de 9 toneladas, e pode ser transportado em um avião de transporte C-130 Hércules ( no KC-390 idem). Aviões de transporte maiores, como o A400M ou C-17, podem acomodar todo o veículo com o sistema montado.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE:MILITAERTEKNIKK
RR, se não me engano a radar dos novos Type 45 da royal Navy usam radares Sampson que operam na banda S, sendo que se bem me lembro a banda S foi usada para desenvolver estes radares pois permitia que as antenas fossem em tamanho muito menor do que se fosse usado as Bandas X ou L, alem de que a Banda s permitia que a detecção fosse efetuada mesmos contra uma grande presença de ruídos de fundo ou chuva acentuada, o que não é uma grande novidade na Inglaterra a presença de tempo chuvoso.
Da mesma forma, a banda S, permitiu que o Sampson ,apesar de ter antenas menores que seus congêneres, obtivesse uma capacidade de detecção de 400 km, de acompanhar 1000 alvos, enquanto ataca 16 simultaneamente, e isto estamos falando de um radar desenvolvido no fim da década de 90 início dos anos 2000.
Se considerarmos como corretas as informações da SAAB, os novos Giraffes podem detectar pequenos UAVS stealths na falxa de 200 km e um caça sem VLO na faixa de 500 km, acompanhando 1000 alvos ou 100 misseis balísticos, sendo que em função da pequena dimensão da antena pode se instalar os radares de forma a se garantir sua mobilidade, a fácil manutenção e a criação de brigadas de defesa aéreas em áreas remotas ou sem a infraestrutura básica.
Neste sentido, a cada dia que passa a tão falada supremacia stealth é colocada em xeque, principalmente levando-se em consideração que num primeiro momento estes vetores sejam russos, chineses americanos ou coreanos, somente poderão carregar armas internamente, já que a integração ou o uso de armas externas reduziria a zero a capacidade steath, ou seja, com capacidade para se levar internamente 4 ou no máximo 6 misseis ou 8 Sdam, bem como sendo cada dia mais possível que os caças steath sejam detectados antes do limite do alcance de suas armas, pode se impor a necessidade de se expor ao fogo antiaéreo inimigo elidindo-se a suposta capacidade de atirar sem ser detectado a qual se reduz o grande trunfo dos stealths.
Nesta hipotética situação um F-35 teria de combater e se não conseguir eliminar seus oponentes num cenário BVR, por mais que se esperneie o f-35 não foi construído para engajar num combate dog figth, já que este vetor não tem velocidade, nem manobrabildiade suficiente para engajar e combater um moderno caça de 4g+, ou voce acredita que um F-35 possa num combate em proximidade bater um Gripen, ou um Typhon ou um Rafale.
Também não devemos desconsiderar que num perfil puramente steath o F-35 carrega 4 misseis BVR e dois WVR e quer o PK do AIM é de 43%, bem como, não devemos esquecer que na mais otimistas das hipóteses o F-35 somente terá todos os seus sistemas e armas instalados em 2018, sendo que até o problema dos assentos ejetores somente será solucionado em 2017, enquanto em relação ao HMD de ultima geração, alguns analisas preveem a integração somente em 2020.
Assim, sendo otimista o F-35 estará plenamente operacional em meados de 2018/2019 quando já estarão entrando em operação novos radares, misseis, sistemas de ECM e ECCM passivos e ativos, indicando que a suposta vantagem do f-35 diminui a cada dia que passa.
Assim eu na minha modesta opinião de entusiasta e não de especialista acredito que muitos pilotos americanos e europeus, sentirão uma enorme saudade dos velhos teens.
Pessoal,
As ondas na banda S, apesar de mais precisas que UHF e VHF, não permitem essencialmente a melhor precisão para guiar mísseis radio controlados ou semi ativos até um alvo. Também não creio em uma capacidade anti stealth além do UHF e VHF operando em frequências que variam de 2 a 4 GHZ e ondas de até 15 cm; muito embora a modalidade AESA permita uma capacidade de processamento muito mais elevada que tipos mais antigos de frequência menores e ondas mais longas…
Um radar de banda S pode sim fazer mais que vigilância quando associado a mísseis anti-aéreos de guiamento ativo e manterem uma onda contínua em direção do alvo ( recomendável para garantir correção de curso ao míssil ). E é basicamente o que se está fazendo hoje com o AEGIS e as novas variantes do sistema SPY. Isso também se dá através de um sistema secundário que opera na banda X, necessário pelas suas ondas mais curtas e precisas. Um outro ponto específico, diz respeito a potência do conjunto americano; que é algo brutal…
Dito isso, ainda creio que está longe o dia em que o stealth será superado… E isso se dá pelo simples fato de que ele nunca será o único elemento no espaço de batalha… Não custa lembrar que as armas do futuro que se apresentam no dia de hoje, serão armamentos aerolançados a médias e grandes altitudes, que serão altopropulsados e aproveitarão a energia cinética de suas plataformas, sendo lançados a mais de 150 km de seus alvos, que terão um perfil de voo terminal a baixa altura…
Armas anti radiação, associados a sistemas com alcance cada vez maior, são e continuarão a ser o pesadelo-mor para radares de vigilância e direção de tiro que, para serem úteis, deverão monitorar o espaço aéreo o tempo todo; coisa que será difícil.
Há também um problema intrínseco, relativo ao custo de mísseis SAM, que terão que ser cada vez mais precisos ( sistemas próprios de guiagem terminal ) e de maior alcance para lograr acertar um alvo ao longe. E isso se traduz em artefatos cada vez mais caros, e que não se poderá dispor as centenas…
E por fim, por menor que seja a redução da assinatura radar, o fato é que o stealth ainda assim será capaz de reduzir sua assinatura. A questão é se valerá ou não o custo/benefício no futuro, ante a evolução da capacidade dos radares modernos… Mas até então: ruim com ele, pior sem ele…
Outra vantagem desse sistema anti stealth utilizando a banda S com antenas menores é o tempo de integração… enquanto nos radares VHF como o NEBO russo esse tempo chega a ser de 20 segundos (3 RPM) para a varredura de 360° devido ao tamanho da antena, o Giraffe 4A faz o mesmo em 1 segundo (60 RPM)… ou seja, já é possível guiar um míssil anti aéreo com boa probabilidade de acerto… se esse míssil tiver um seeker IIR terminal que após receber orientações do radar “trackeie” a aeronave de forma autônoma e se oriente pelo seeker após adquirir o alvo temos um sistema anti aéreo capaz de derrubar aeronaves stealth a boa distancia…
Um B-2 Spirit por exemplo voando a 980 km/h carregado com quase 200 GBU-39 detectado a 140km está a 8,57 minutos de estar sobre o alvo, como o alcance dessa bombas é de 70 km o operador teria ainda cerca de 4 minutos e 25 segundos para atirar contra ele antes que o mesmo entre no alcance de lançamento de suas bombas.
É como eu sempre digo, a tecnologia stealth já atingiu o seu ápice operacional… agora a tecnologia de detecção vai encurralá-la até que essa vantagem tática se anule quase que por completo.
rprosa, nao esquenta com os “nossos spincialistas” de plantao, eles apenas torcem desesperadamente por suas preferencias ideologicas, mas no fundo nao fazem mal nem a uma mosca rssssssss. So fico um pouco chateado quando reescrevem e deturpam a historia e tambem quando torcem contra o Brasil por nao admitirem que os ultimos governos foram os que realmente fizeram algumas coisas por nossas forcas armadas que se encontravam sucateadas, do resto podem dizer o que quiserem.
Fernando…..a triste realidade nao eh esta q vc comenta nao, a historia se escreve de outra forma e ao sabor de q a escreve, acredita quem quer tbm…….as FAs estavam sucateadas antes e continuam a estar. A jornada ao fundo do poco ainda esta no seu comeco. Vc nao eh especialista e nao conhece a realidade…..por acaso frequenta alguma caserna, base, etc…….entao ta na hora de conhecer e ficar atento aos comentarios dos mesmos. Sds
Estranho que quando russo e chineses divulgaram que seus radares poderiam minimizar as potencialidades dos steaths surgiram inúmeros foristas divagando que era mentira que os dados estavam superfaturados que era impossível detectar os stealths por causa da largura de banda e que se detectassem não poderiam traquear e guiar o misseis e mai um monte de sandices, hoje a Suécia faz a mesma alegaçãod e russos e chineses e não aparece ningu´me para flar que é mentira né.
Depois eu que sou fanboy.
rprosa,
Ninguém, em sã consciência ou que conheça um pouco do assunto, dirá que russos são incapazes de localizar uma aeronave stealth. O que se contesta é que os novos sistemas russos, por si só, retirem a vantagem do stealth, coisa que, até aqui, não se provou verdadeiro…
Os grandes investimentos russos nessa área tem sido nas bandas UHF e VHF para a vigilância. Essas são tidas como as melhores bandas para se localizar o stealth. Mas o comprimento de onda as torna imprecisas para guiar um míssil até um alvo. Há também o inconveniente da necessidade de uma ampla superfície para retorno das ondas, o que transforma esses radares em verdadeiros monstrengos… Por isso se busca insistentemente por explorar outras bandas.
A grande inovação russa, pelo que já li, tem sido combinar radares nessas bandas com a banda SHF para direção de tiro, como é a mais recente variante do Pantsir.
Com base nesses dados pode-se dizer que o Giraffe 4A detecta um contato stealth a 140km de distancia… muito bom, e melhor ainda é que o faz utilizando uma antena bem menor do que as grandes antenas de radares VHF…
Não vai demorar até termos radares anti stealth pequenos o bastante para caberem em radomes de caças e eliminar assim a última vantagem onde o stealth ainda reina com vantagens e virtual impunidade que é na arena ar-ar
Já na arena superfície-ar (onde não há limitação de tamanho, peso, formato) a tempos que novos métodos de detecção vem tirando boa parte da vantagem tática de aeronaves stealth
Esses semicondutores confeccionados a base de Nitreto de Gálio são realmente promissores pois proporcionam o aumento da potencia de transistores amplificadores, assegurando maior eficácia sem alterar as dimensões, sendo muito úteis também no campo naval.
Uma boa opção e fora dos tradicionais fornecedores, a SAAB vem se destacando cada vez mais mostrando que tem produtos bem variados.
Alguém tem noção do custo unitário de cada radar?
É um sistema muito interessante, mas o Brasil logo poderá contar com o radar SABER-M200 de fabricação nacional, que opera na mesma bada S e tem uma antena que gira em 360° e mais quatro antenas, uma de cada lado do container. O nosso terá um alcance menor algo em torno de 80km menor, ou seja 200km de alcance. Mas por outro lado será um radar de detecção e de direção de tiro tudo em um só aparelho, que pode ser transportado por um KC-390 ou Hércules como era o desejo do MB. sds
A tecnologia de radares de detecção sempre de irá acompanhar o desenvolvimento da furtividade dos aviões, era só uma questão de tempo para os furtivos deixarem de ser. O Valor de um caças stealth não poderá ser mais o mesmo.
E a tecnologia steaih, apesar de ainda muito eficiente nos atuais TOs, vai perdendo terreno à tecnologia radar, até por quanto tempo?!?! Os dados foram jogados.
Seria ótimo ver alguns destes por aqui integrando um sistema de defesa aérea.
Valeu pela atenção Padilha.
Uma boa pro Brasil adquirir algumas unidades hein, já que estamos cada vez mais próximos da Suécia.
Obs.: Padilha tens alguma nova informação sobre os navios de contra medidas de minagem os quais nos foram oferecidos pelos suecos??
Desde já agradeço pela resposta.
Aguardando definição da MB