Os moradores do local saíram às ruas para assistir o “espetáculo”: um grande comboio militar americano passando, cruzando a fronteira alemã até a Polônia.
O comboio chegou nesta semana e é a primeira parte de uma operação da Otan que inclui mais de 3 mil soldados americanos, centenas de tanques e veículos blindados, além de armamento pesado, para fortalecer os países aliados na Europa Oriental.
A viagem do comboio começou em Fort Carson, no Estado americano do Colorado, e acabou em uma base de Zagan, na Polônia, onde os soldados foram recebidos pelos moradores da cidade neste sábado.
Os poloneses querem a presença dos americanos no país pois, de acordo com eles, vai enviar uma mensagem ao governo da Rússia.
“(A presença dos americanos) Indica que estamos prontos para qualquer coisa. É uma operação militar normal para defender nosso país, nossas famílias e para defender o mundo”, disse à BBC Jaroslaw Mica, general de brigada do Exército polonês.
O contingente é parte da resposta do presidente americano, Barack Obama, aos aliados do país que fazem parte da Otan e estão preocupados com as recentes medidas tomadas pela Rússia. A Rússia, por sua vez, não aprova a mobilização.
O porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitry Peskov, disse à BBC que a medida “ameaça nossos interesses e nossa segurança”.
“É um terceiro país que está reforçando sua presença militar em nossas fronteiras na Europa. Nem sequer é um país europeu”, afirmou.
O vice-chanceler russo, Alexei Mechkov, afirmou que esta mobilização é “um fator para desestabilizar a segurança europeia”.
‘Necessário’
Mas para a Polônia a chegada da Otan ao país era algo necessário, como afirmou o subsecretário de Estado para a Defesa Tomasz Szatkowski.
Para Szatkowski esta mobilização era necessária devido aos “enormes exercícios militares” da Rússia perto da fronteira polonesa e suas “ações agressivas em nossa vizinhança, ou seja, Ucrânia, e a anexação ilegal da Crimeia”.
O plano é que as forças da Otan mudem de país a cada nove meses. Os outros países envolvidos nesta operação são Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Bulgária e Hungria. Em abril um segundo contingente americano deve chegar e ficará no leste da Polônia.
O comboio que chegou à Polônia na quinta-feira deve ficar na base de Zagan até o fim de 2017 e o contingente que chegará depois será enviado para toda a região. Estas tropas americanas devem realizar exercícios militares nos países Bálticos.
Dúvidas
Apesar de o Exército americano estar sendo recebido de braços abertos na Polônia, muitos duvidam que a missão realmente vai durar.
O presidente Obama está prestes a passar a presidência para Donald Trump, que deu sinais de que deseja melhorar sua relação com Moscou.
E, por isso, há dúvidas de que a postura militar dos Estados Unidos continuará sendo a mesma ou se os soldados que estão chegando agora à Polônia vão voltar logo para casa.
“Não esperamos isso. Estamos concentrados nesta missão aqui e agora, e estamos muito orgulhosos de estar aqui”, disse à BBC o coronel do Exército americano Christopher Norrie.
“Os soldados estão muito orgulhosos de estar aqui, a formação é extraordinária, muito forte. (A operação) Está avançando muito bem e vamos seguir comprometidos com isto, porque é importante”, explicou o militar.
E os americanos não são os únicos a reforçar a Otan no leste da Europa. A Grã-Bretanha já enviou aviões de combate para o Mar Negro e um batalhão de soldados, tanques e armamentos leves será enviado para a Estônia nos próximos meses, que contará com o apoio de soldados franceses e dinamarqueses. A Alemanha também está planejando enviar tropas e tanques para a Lituânia.
Ações ‘perigosas’
A Otan não acredita que possa ocorrer uma guerra com a Rússia, mas a organização está tomando estas medidas de reforço depois de uma série de ações consideradas “perigosas” na região.
A Rússia também está reforçando sua presença militar no leste europeu. Na Polônia e outros países da região a cautela aumentou depois que o governo russo mobilizou há alguns meses seus mísseis Iskander de curto alcance em seu enclave em Kaliningrado, na fronteira entre a Polônia e a Lituânia.
Esta medida, segundo o Departamento de Estado americano, está “desestabilizando a segurança europeia”. É provável que nos próximos meses apareçam mais detalhes sobre a estratégia futura do governo dos Estados Unidos para a Otan.
Por enquanto, assim como disse o chanceler polonês, Witold Waszczykowski, se Donald Trump decidir chegar a algum acordo com Vladimir Putin, eles esperam que esta reconciliação “não aconteça às custas da Polônia”.
FONTE: BBC Brasil
Trata-se de um movimento político-militar calculado. Militarmente exercita-se o deslocamento de um contingente razoável por grandes distâncias como forma de exercitar a logística da força embora todos saibam que em tempos passados era muito comum divisões inteiras serem transportadas desde os EUA até zonas de salto na Alemanha por meio de aparelhos C-5 e C-141 da USAF. Politicamente é uma demonstração de compromisso dos EUA com os poloneses, que na atual estrutura da OTAN desempenham importante papel no leste europeu.
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Agora, é sintomático que as tropas norte-americanas tenham sido recebidas com tanto entusiasmo pelos civis poloneses e tchecos. Você nunca verá na Europa tropas russas sendo recebidas tão calorosamente assim, especialmente no Leste Europeu, que foi vítima de 45 anos de ocupação brutal pela antiga URSS.
É bem por aí, Patétriota. O que tem de gente aqui achando que os países estão dispostos a lançaram mão de seus arsenais nucleares por qualquer motivo ou disputa… parece mesmo que acham que os líderes mundiais estão jogando um joguinho de guerra no computador.
Normal esse delírio da garotada Pedro, achando que a OTAN ou a Rússia tomarão a iniciativa de uma guerra em larga escala com uma invasão nos moldes da segunda grande guerra, ou que o putin apertaria um botão e acabaria com os americanos em segundos. Eles fazem suas avaliações sobre guerras baseados em seus joguinho de pc e “simulações” de guerra de lunáticos do youtube. Já li gente aqui dizendo que em duas semanas os russos marchariam sobre paris kkkk Mas é divertido, convenhamos.
a russia não constitui ameça militar direta, desde que tomaram um pau na guerra de inverno eles sabem que uma invasão militar classica é cara de mais pra ser viável, procurem no youtube teoria da subversão de Yuri Bezmenov e verão como era a estratégia soviética que nunca foi uma invasão ao ocidente e que dificilmente a russia hj teria condições de faze-la
O objetivo não é só claro, é claríssimo . . . . é a pressão da indústria de guerra americana pra cima de Trump.
Há 2 ou 3 anos atrás essa mobilização teria efeito, a ideia é boa mas esta muito atrasada. Moskou sabe que brother Trump esta chegando, então Europa, se vire ai, agora é <3 USA e Rússia, rsrsrs.