A Força Aérea Sul Africana (SAAF) considera parar a operação dos caças multifunção Gripen ou dos treinadores Hawk, devido à falta de fundos para a sua operação.
A redução do montante destinado à Força Aérea Sul-Africana (SAAF) para o exercício de 2016/2017, em 10%, combinado a diminuição do valor do Rand, pode causar o encerramento de um dos seus esquadrões. Tendo em conta o encerramento, podem ser fechados o 2º Esquadrão de Caça, equipado com vários Gripen ou a 35a Escola de Aviação de Combate, que visa o treinamento avançado usando o Hawk Mk. 120. No segundo caso, isso significará a retirada de serviço das 24 aeronaves, operadas por apenas 10 anos.
A situação é agravada pelo fato de que as partes de ambos os tipos tem que ser pagas em dólares ou libras esterlinas, e no último ano o valor do Rand em relação ao Dólar ou o Euro caiu 30%. A situação atual é fruto da miopia do Ministério da Defesa Sul-Africano. Ao entrar em um contrato de compra dos Hawk, foi decidido comprar uma quantidade mínima de peças para reduzir o preço das aeronaves ao máximo. Como resultado, a SAAF não tem nem as partes nem o dinheiro para comprá-las.
E não é uma pequena quantidade. De acordo com a mídia Sul-Africana, um assento ejetável Martin Baker Mk. 10, construído para o Hawk Mk. 120, por exemplo, custa 14 milhões de rands (US$950 mil). Por esta razão, os serviços técnicos da SAAF tiveram que fazer a canibalização até 7 de aeronaves, dos quais 3 foram retirados por causa de acidentes graves.
Outro problema é a falta de pilotos permanentes. Quando foram comprados os Hawk, presumia-se que seriam executadas anualmente com as 24 aeronaves, aprox. 4000 h. Agora, apenas 7 pilotos da SAAF estão aptos a pilotar, e espera-se que eles acumulem apenas 560 horas no ano.
Pior ainda é o caso dos Gripen. Dos 26 aviões, a metade está armazenada, e o segundo esquadrão tem apenas 5 pilotos. Resignados, 3 pilotos de Gripen desistiram de continuar com suas carreiras militares.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Junker
FONTE: Altair
Uma situação lamentável, talvez com este possibilidade de suspensão das atividades o governo sul-africano dedique os recursos necessários para a operação destas aeronaves.
Um outro ponto a ser ressaltado é o êxodo de pilotos da SAAF, não tenho noção de como é o plano de carreira lá mas já faz algum tempo que notícias do tipo aparecem, é algo para ser bem analisado pois é a perda de capacidade que esta em jogo. Espero que em breve o quadro seja revertido e as aeronaves voltem o quanto antes a plena capacidade.
Boa parte dos 26 Gripens C/D da SAAF já estavam “estocados” a mais de 2 anos… alguns ainda continuavam ativos porém o contrato de manutenção não foi renovado e com isso a disponibilidade deve ter despencado bastante… soma-se a isso a falta de dinheiro e falta de profissionais o resultado é o desmonte da aviação da caça da SAAF.
Bom eles ficarem espertos… Angola está se reequipando com caças SU-30 modernizados !
Quanto à isso pode ficar sossegado amigo pois o CNA (partido no poder na África do Sul) e o MPLA angolano são aliados históricos, lutaram juntos contra o Apartheid.
A coisa está feia na força aérea sul africana o meu medo e acontecer a mesma coisa na nossa muitos falavam se comprar o Rafale ele vai ser rainha de hangar que os nossos Gripens não virem princesas de hangar.
Entendo sua preocupação, mas “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”, se é que me entende. 🙂
É bom ficar de olho pois a penúria na África do Sul teve origem na ideia de organizar a copa de 2010. Coincidentemente, nossos problemas se agravaram após a copa de 2014.