O primeiro submarino da classe Scorpene (SSK) da Marinha indiana, será lançado pela DCNS, em 2014, como parte do acordo de transferência de tecnologia entre os dois países, anunciou o embaixador francês François Richier.
Richier foi citado pelo Press Trust of India, onde disse: “O primeiro submarino estará pronto em 2014, anunciando um importante e estratégico tie-up entre as duas nações na área de defesa”
O contrato assinado em 2005 prevê que a DCNS irá construir seis submarinos da classe Scorpene para a Marinha, sob o programa chamado Projeto 75 de USD 4.16 bilhões.
Nos termos do contrato, os submarinos serão construídos no estaleiro Mazagon em Mumbai, na Índia, enquanto a DCN e a Thales prestam assistência e equipamento técnico.
Impulsionado por dois conjuntos de geração à diesel, os submarinos de 1.750 ton da classe Scorpene, serão equipados com um conjunto de sonar, que inclui uma variedade de longo alcance cilíndrico passivo, um sonar de interceptação, um sonar ativo, flank-array, um sonar de alta resolução para o desvio de obstáculos e um sonar rebocado.
Um oficial naval francês sênior não identificado, disse à agência de notícias que os submarinos Scorpene vão aumentar as capacidades da Marinha indiana para realizar missões no mar.
Capaz de acomodar 31 tripulantes, os submarinos vão apoiar missões como a guerra anti-superfície, guerra anti-submarina, operações especiais, coleta de inteligência, implantação de minas, vigilância área e bloqueio de ataques contra alvos terrestres.
Armado com mísseis anti-navios SM-39 Exocet, os submarinos de 67 metros de comprimento, poderão mergulhar até uma profundidade de 300 metros.
As entregas dos restantes cinco submarinos será concluída até 2018, de acordo com Richier.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
FONTE: Noticiario Naval
Não necessariamente “barrar” Dalton, me referi a negar o uso do mar em caso de necessidade…Contra quem ? Sei lá, contra qualquer um que declarar guerra contra nós.
Topol…
os “mísseis” que você citou podem ser lançados por tubos de torpedos
como ocorre com os novos Astutes da Royal Navy e nos futuros “Suffren”
franceses.
E por que ou contra quem você quer “barrar todo o corredor do Atlântico”?
Seriam necessários dezenas de submarinos então…manutenção, treinamento,
transito, absorvem um bom número.
Compreendo as explicações meus caros André e Topol porém discordo.
Sabemos que mesmo marinhas com maior tradição, maior orçamento e necessidade de poder de dissuasão abriram mão de ou de uma frota convencional ou nuclear exemplo das marinhas americana e britânica pois seria oneroso manter ambas. Imagina a marinha do Brasil.
No meu entendimento o Brasil poderia sim ter uma força naval composta apenas de submarinos convencionais a exemplo da Austrália. Infelizmente por causa de nosso litoral não acho os projetos alemães, suecos e italianos adequados. Seria melhor realmente apenas o projeto francês que é um submarino maior com AIP ou russo que tem excelentes submarinos ou até mesmo um novo projeto assim como esta sendo pensado na Austrália.
EMS,
Suecos e alemães também tem projetos com AIP. O U-214 alemão, oferecido ao Brasil em concorrência com o Scorpenè, também detinha um sistema desses, sendo que o modelo alemão é considerado mais eficiente que o MESMA francês.
A proposta francesa foi selecionada justamente por ser mais flexível e permitir a não utilização desse equipamento. Outro fator que certamente pesou foi a cooperação dos franceses com o submarino nuclear.
Não são todos os países que detém submarinos nucleares que abandonaram os convencionais. Os chineses tem uma frota mista ( Type 039 e Type 41 ), assim como os russos ( classe Kilo ). Os russos também tendem a manter um mix de SSN e SSK justamente por conta de custos e, principalmente, para aproveitar ao máximo as características de cada tipo ( um SSK é normalmente mais silencioso, além de ter melhor desempenho em águas rasas ).
Com o desenvolvimento dos submarinos nucleares, as grandes potencias praticamente colocaram os submarinos convencionais em segundo plano ( em boa medida por considera-los obsoletos ). Assim sendo, o desenvolvimento de tipos convencionais em países como Reino Unido, EUA, e mesmo Russia, ficou um tanto defasado em relação a outros. A recente classe Lada de SSK, desenvolvida na Russia ( da qual deriva a classe Amur ), passou por muitos reveses, e não foi aceita pela marinha russa.
EMS,
Complementando,
Atualmente, os modelos alemães de submarinos convencionais são considerados os mais avançados.
Mas os modelos franceses são considerados excelentes também… E se excluirmos o AIP, os Scorpenè são praticamente equivalentes aos 214.
submarinos nucleares fornecem a esquadra uma condição de operar bem distante da costa, por exemplo em uma coalizão da ONU em mares distantes ou numa missão para bloquear uma força tarefa que esteja vindo em nossa direção em uma posição avançada no Atlantico e seriam nossa ponta de lança para defesa avançada do território.
Já os submarinos convencionais são destinados a operar dentro dos limites das águas jurisdicionais onde possa ser provido de apoio e suprimento pela esquadra e caso sejam dotados do sistema de propulsão independente do ar e das novas baterias de íons de Lítio aumentaria sobremaneira sua furtividade tornando o mesmo “quase” indetectável e seriam uma séria dor de cabeça para um invasor que passasse a primeira barreira.
Portanto faz sentido manter as duas armas no arsenal para um país como o nosso claro que na proporção de 3 nucleares para 15 convencionais.
Uma coisa que me irrita no projeto do submarino nuclear brasileiro é a ausência de silos VLS para mísseis de cruzeiro e anti-navio, pois juntando o grande raio de ação quase ilimitado do submarino nuclear com o grande alcance desses mísseis e o alerta antecipado dos P-3 Orion fariam com que nosso submarino fosse capaz de barrar todo o corredor do Atlantico.
Topol,
Com a tecnologia para lançar mísseis a partir de tubos de torpedos já disponível, não haveria propriamente a necessidade de silos para mísseis anti navio e de cruzeiro.
Aliás, os submarinos brasileiros serão dotados de uma variante do Exocet. Se for do novo block III, então estamos falando de um míssil com cerca de 180 km de alcance e com capacidade ar-solo…
Sim RR, o Exocet SM-39 tem essa função mas quantos tubos haverá nos nossos submarinos 6 ? 8? E ainda teria que combinar mísseis e torpedos enquanto que se o projeto contemplasse lançadores VLS poderia ser instalado 20, 24 mísseis além de 8 torpedos…
Topol,
Verdade. Contudo, uma adaptação como essa não é simples de ser feita em um SSN. Me arrisco a dizer que exigiria profundas alterações no projeto, que poderia de fato gerar um SSGN. Seria algo ainda mais caro…
De toda a sorte, se o novo submarino nuclear ficar como os classe Barracuda, então serão pelo menos 32 artefatos que poderão ser carregados. Se houverem mesmo seis tubos lança torpedos capazes de disparar mísseis, então serão seis mísseis que poderão ser lançados em sucessão, o que já se constituiria em poderosa capacidade de saturação contra embarcações e mesmo regiões costeiras.
Os Barracuda ou Suffren podem sim transportar até 32 torpedos pesados ou mísseis SM-39 no entanto só tem seis tubos de lançamento, assim ficam seis na agulha e os outros 28 ficam estocados, e convenhamos, deve levar um bom tempo e dar um baita trabalho remuniciar os tubos para um novo ataque ficando nesse intervalo o navio desarmado, enquanto que um arranjo de lançamento vertical permite que todos os mísseis e torpedos transportados estejam em “stand by”, ou seja prontos para uso imediato podendo saturar até as defesas de um porta aviões com um ataque múltiplo.
Com certeza modificar o projeto francês seria inviável, até porquê que mísseis iríamos usar ? Se os próprios donos do projeto não usam VLS… Mas a partir desse primeiro Barracuda e com a experiencia que a MB vai adquirir na construção e o estaleiro ja pronto eu sou a favor de partir para um projeto nacional com VLS e de preferencia com o míssil MTC-300 (MTC-S-300), sonhar ainda é de graça amigo _RR_ , são planos.
Caro brazuca,
Senta aí, melhor deita para ficar esperando sem ficar muito cansado.
Eu gostaria que a notícia anunciada fosse assim: Primeiro submarino Scorpene
construído NO BRAZIL será lançado
em 2014, não vejo a hora.
Os submarinos brasileiros não deveriam usar AIP já que especialmente no caso do Brasil temos um litoral extenso e direto para oceano azul aberto?
Qual a justificativa para que os Scorpene brasileiros não tenham, apenas questão financeira?
No Riachuelo a MB optou por não utilizar o Sistema AIP (Air Independent Propulsion)- MESMA por achar que para o nosso teatro de operações, este sistema não traria os benefícios desejados. Com o espaço obtido com a não utilização deste sistema, os engenheiros irão acrescentar maior capacidade de armazenamento de combustível, baterias e pessoal.
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=11909.
EMS, no meu entendimento de leigo acredito que seria muito vantajoso o uso da propulsão por célula de combustível mas no Riachuelo a MB optou por não utilizar o Sistema AIP (Air Independent Propulsion)- MESMA por achar que para o nosso teatro de operações, este sistema não traria os benefícios desejados. Com o espaço obtido com a não utilização deste sistema, os engenheiros irão acrescentar maior capacidade de armazenamento de combustível, baterias e pessoal.
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=11909.
EMS, acho que depende da estratégia para o qual foram destinados: estratégia de posição. Embora eu ache que a questão financeira não se justifica contra o AIP, já que teremos submarino nuclear (portanto com um custo de operação mais caro), destinar os submarinos diesel para patrulharem só a área da costa não seria necessário por um tempo prolongado de patrulha, algo que cumprirá ao submarino nuclear (posição de movimento) em uma área mais vasta. Acredito que esse raciocínio explique a opção da marinha pelo motor diesel.
Parece que embaixador francês não esta bem informado sobre o que disse, já que o submarino será lançado esse ano e não concluído. Está igual brasileiro (sobre o lançamento do João Cândido)? Não sabe a diferença entre lançamento e conclusão de um navio.
Em que estágio se encontra o nosso a MB poderia lançar um vídeo mostrando o avanço.