Por Aleksandr Verchínin
Menores e menos velozes, porém eficientes, embarcações lança-mísseis viram aposta de tecnologia militar. Conheça os modelos e os fabricantes que são hoje parte fundamental da operação russa na Síria.
A operação na Síria é, em muitos aspectos, o primeiro exemplo de uso de tecnologia russa na guerra moderna. Até agora, o uso da frota para atacar alvos pontuais em território inimigo, com a ajuda de armas de alta precisão, era prerrogativa da ação militar dos Estados Unidos. Agora parece ser a vez de o Exército russo mostrar que também dispõe de tecnologia correspondente.
No início de outubro, mísseis de cruzeiro Kalibr foram lançados a partir do mar Cáspio sobre alvos terroristas na Síria. Os aparentemente simples e pequenos navios lança-mísseis Buian-M, integrados recentemente à frota do Cáspio, assim como o navio de patrulha do tipo Gepard, conseguiram executar – com êxito – essa tarefa nada fácil.
As embarcações não só conseguiram lançar os mísseis, como também controlaram o seu voo sobre o território de três países, garantindo uma precisão de quase 100% – o desvio das coordenadas originalmente introduzidas no computador não ultrapassou os dois metros.
Mais recentemente, em 17 de novembro, um lançamento similar foi feito no Mediterrâneo oriental. Desta vez o alvo do míssil foi a cidade de Raqqa, considerada capital do Estado Islâmico, que até então permanecia fora da área de ataque da aviação russa.
Nenhuma informação sobre a operação foi divulgada, mas há indícios de que o ultramoderno submarino russo Rostov-no-Don teria participado da operação. A cobertura teria ficado por conta do cruzador lança-mísseis Moskva, o navio-almirante da frota russa no mar Negro.
Made in Russia
Os êxitos da Marinha russa ao longo da operação na Síria se devem em grande parte, aos mais recentes desenvolvimentos da indústria nacional da Defesa. A evolução da tecnologia militar mostra que o tempo dos grandes navios ficou para trás e, por isso, a Marinha começou a apostar em um novo tipo de embarcação: pequenos navios lança-mísseis.
Esses modelos que estão sendo usados para lançar os mísseis sobre fundamentalistas na Síria, são embarcações relativamente pequenas, não tão rápidas quanto os cruzadores, mas bastante eficazes. O Buian-M, por exemplo, está equipado com 8 mísseis Kalibr e sistemas antiaéreos.
A fabricação de navios lança-mísseis no país está, inclusive, nas mãos de várias empresas.
As embarcações da Flotilha do Cáspio são fabricadas nas instalações da fábrica de Zelenodolsk, na República do Tatarstão. Sua localização, às margens do Volga, permite usar o rio como artéria de transporte para abastecer de navios os mares Negro, Báltico e Branco.
Além dos navios lança-mísseis, em Zelenodolsk também são construídos hovercrafts, navios antissubmarinos e auxiliares. Os barcos de patrulha construídos nas margens do rio Volga são exportados para vários países da Ásia e África.
A Iantar de Kaliningrado, é outra empresa de construção naval especializada na fabricação de navios de guerra de pequeno porte para a Marinha russa. As instalações dessa fábrica foram inicialmente obtidas junto com a cidade de Königsberg após a Segunda Guerra Mundial. Desde então, os engenheiros construíram para a Marinha nacional mais de 150 navios de guerra.
Grandes navios oceânicos antissubmarinos e embarcações de grande porte para desembarque de tropas estão entre os destaques do estaleiro, que hoje é especialista na fabricação de fragatas e navios de patrulha. A nova linha de produção foi lançada há alguns anos e, em 2010 deu origem a seu primeiro protótipo – o navio de patrulha do Projeto 11356 Admiral Grigorovitch.
Herança soviética
Após o colapso da URSS, as instalações mais modernas para a construção de navios ficaram na Ucrânia. Foi precisamente lá, nos estaleiros da cidade de Nikolaiev, que foram construídos os navios mais temíveis da Marinha soviética.
Em 1983, saiu dos estaleiros de Nikolaiev o cruzador lança-mísseis Moskva, que passou para a Rússia em 1991 e, desde então, tem sido ativamente usado em operações de combate.
Com comprimento superior a dois campos de futebol, consegue atingir a velocidade de 32 nós, estando equipado com helicópteros e, o mais importante, é capaz de lançar mísseis. Os 16 mísseis antinavios do tipo Vulcan instalados nele são capazes de rechaçar qualquer ataque vindo do mar.
FONTE: Gazeta Russa
Dilson Queiroz, ” tempo da pedra polida” e “passos de Jaboti” kkkkkkkk.. E infelizmente é verdade, mas já tivemos governos bem piores.
Dilson Queiroz, ” tempo da pedra polida” e “passos de Jaboti” kkkkkkkk.. E infelizmente é verdade, mas já tivemos governos bem piores.
…………compadre…os russos são praticamente “outro planeta” em matéria de armamento e se nos compararmos à eles, veremos que estamos quase na Idade da Pedra Polida, não porque não tenhamos capacidade intelectual e até fabril,mas por falta de tradição forte na fabricação nesse tipo de armas, além de inúmeros outros fatôres, os quais são por demais conhecidos dos que aqui escrevem….eu foquei no fato da corveta Buyan e do míssil Kalibr porque nós podemos ter as corvetas mas os mísseis (especialmente o AV-MT 300) são desenvolvidos a passo de jabutí …. claro que para nós seria impossível ao menos no momento uma performance de 1.500 km. de percurso porém um de 300 km. já seria uma boa…e pra todas as 3 Forças …………quanto ao armamento russo……aí é uma outraa históriaaa………..Sds….
Essa classe Grigorovich é uma solução encontrada pelos russos para reequipar sua frota de superfície do Mar Negro com meios mais baratos e ainda assim dotados de um considerável poder de ataque e defesa…
As Grigorovichs são menos sofisticadas e menos armadas que a classe Gorshkov fabricada em São Petesburgo, e externamente não possuem muitas diferenças entre si mas esta variante é bem mais cara e melhor equipada… por exemplo a Grigorovich tem um lançador óctuplo de mísseis Kalibr enquanto a Gorshkov tem o dobro disso… a Grigorovich tem 24 mísseis de defesa de área Shtil, que é a versão naval do BUK m2 enquanto que as Gorshkov tem 32 células do 9M96 que também é utilizada no S-300 e tem 120 km de alcance…
As Grigorovichs também tem um deslocamento menor, em torno de 4000 toneladas quando totalmente carregadas enquanto que as Gorshkov podem chegar até a 4800… e por essa razão sua propulsão também é 50% menos potente totalizando 24.000 KW se comparada com os 48.000 KW das Gorshkov…
Essa variação no nível de equipamentos se faz justamente para satisfazer o nível de prontidão e capacidades que se espera obter em determinada frota e ao mesmo tempo preencher os requisitos de orçamento cada vez mais escassos extraindo o máximo de custo benefício possível.
…………compadre…os russos são praticamente “outro planeta” em matéria de armamento e se nos compararmos à eles, veremos que estamos quase na Idade da Pedra Polida, não porque não tenhamos capacidade intelectual e até fabril,mas por falta de tradição forte na fabricação nesse tipo de armas, além de inúmeros outros fatôres, os quais são por demais conhecidos dos que aqui escrevem….eu foquei no fato da corveta Buyan e do míssil Kalibr porque nós podemos ter as corvetas mas os mísseis (especialmente o AV-MT 300) são desenvolvidos a passo de jabutí …. claro que para nós seria impossível ao menos no momento uma performance de 1.500 km. de percurso porém um de 300 km. já seria uma boa…e pra todas as 3 Forças …………quanto ao armamento russo……aí é uma outraa históriaaa………..Sds….
Essa classe Grigorovich é uma solução encontrada pelos russos para reequipar sua frota de superfície do Mar Negro com meios mais baratos e ainda assim dotados de um considerável poder de ataque e defesa…
As Grigorovichs são menos sofisticadas e menos armadas que a classe Gorshkov fabricada em São Petesburgo, e externamente não possuem muitas diferenças entre si mas esta variante é bem mais cara e melhor equipada… por exemplo a Grigorovich tem um lançador óctuplo de mísseis Kalibr enquanto a Gorshkov tem o dobro disso… a Grigorovich tem 24 mísseis de defesa de área Shtil, que é a versão naval do BUK m2 enquanto que as Gorshkov tem 32 células do 9M96 que também é utilizada no S-300 e tem 120 km de alcance…
As Grigorovichs também tem um deslocamento menor, em torno de 4000 toneladas quando totalmente carregadas enquanto que as Gorshkov podem chegar até a 4800… e por essa razão sua propulsão também é 50% menos potente totalizando 24.000 KW se comparada com os 48.000 KW das Gorshkov…
Essa variação no nível de equipamentos se faz justamente para satisfazer o nível de prontidão e capacidades que se espera obter em determinada frota e ao mesmo tempo preencher os requisitos de orçamento cada vez mais escassos extraindo o máximo de custo benefício possível.
…………….. a essa altura dos acontecimentos as FFAAs. “necessitariam” desenvolver mísseis de longo alcance e operar com corvetas semelhantes à Barroso e não de muiiitos vasos de “grande tonelagem” pois a crise só permite levar adiante o Prosub no dinheiro à conta-gotas
(aliás todos os projetos das FFAAs) …o exemplo do Kalibr que saiu da pequena corveta Buyan lotada no Mar Cáspio e que deixou os EU/OTAN de orelha em pé é um exemplo….como não temos necessidade de frotas pra outras plagas oceânicas tipo Pacífico,Indico e todo o Atlantico mas tão sómente nosso litoral e o Pré-Sal, corvetas ou fragatas armadas com mísseis de 300 km tipo AV-MT 300 seriam uma boa…esses barcos suportam mar bravo e poderiam ser um bom suporte pra MB……..mas não há nenhuma notícia dos mísseis…..é tudo na moita…nada, nada e nada………..lastimável!!………….
Muito bom ,mas também ampliarmos o AV-MT 300 para no AV-MT 1500, acordinhos de FHC devem ser RASGADOS !!!!
Esses mísseis da última foto são os P-1000 Vulkan que substituíram os P-500 nos Slavas após a modernização… cada míssil desse tem uma ogiva de 1 tonelada e alcance estimado em 700 a 800 km… simplesmente BRUTAL.
Depende muito do que se quer e de onde se vai operar…
Se se está em mares mais fechados, tipos como a Visby sueca dão e sobra.
Mas no caso específico do Brasil, com seus mares tão abertos e distâncias enormes a serem percorridas, são necessários vasos de grande tonelagem…
Primeiro, como o Padilha falou, encarar mar bravo. A seguir, alcance. E por fim, tempo de permanência no mar… E soma-se a isso algum espaço que resulte em capacidade para crescimento futuro…
Mas seja como for, existem conceitos que são praticáveis mesmo para navios mais leves. Um conceito que considero interessante para um navio leve, mas com capacidade de intervir longe e em águas mais abertas, é o LCS americano classe Independence. Seu casco, em trimarã, é extremamente estável, e seus waterjets lhe conferem muita velocidade… Mesmo na atual configuração, é mais que suficiente para lidar com ameaças assimétricas, que tanto caracterizam os conflitos pelos dias de hoje, e por um custo inferior ao que seriam as grandes escoltas…
Postei cruzadores para no caso de infomarem que tais belonaves também estão presentes em tal teatro de operações.
A Rússia sempre usou embarcações pequenas e extremamente armadas como as corvetas classe Tarantul de 500 toneladas armadas com 4 Moskit… Era um contraste com seus enormes cruzadores de batalha como os Kirov, os Slava e os Sovremenny.
Essa realidade se faz necessária e adequada a necessidade russa que tem cinco frotas distintas em mares com características geográficas e níveis de ameaças totalmente distintos
Daí a dificuldade em padronização de meios pois um navio dimensionado por exemplo para capitânia da Frota do pacífico pode estar superdimensionado para atuar na flotilha do Cáspio ou um navio concebido para operar no Mar Negro não será o mais adequado para operar na frota do Norte, etc…
Essa mescla se faz necessária para atender com mais eficiência e extrair o melhor custo benefício de cada projeto adequando-os a realidade do ambiente onde o mesmo deva operar.
O mesmo conceito se aplica a sua força de submarinos onde os maiores de propulsão nuclear SSNs e SLBN estão distribuídos estrategicamente nas frotas do Pacífico e do Norte enquanto que são Oceanos amplos que necessitam de vetores com grande autonomia, enquanto nas frotas do Mar Negro e do Báltico se encontram apenas os diesel elétricos mais adequados a mares semi fechados… a frota do Cáspio não opera com submarinos.
A legenda da primeira foto está errada, não é o Moskva e sim um LST classe Ropucha.
Corrigido. obrigado
Outra correção: a flotilha do Cáspio não tem o LST Ropucha, provavelmente deve ser da flotilha do Mar Negro. Vide http://russianships.info/eng/today/.
As maiores embarcações de combate da Russia no Cáspio são as pequenas fragatas Classe Gepard. Então, cruzadores estão fora de questão.
Acabei com a incorreção. Grato.
isso é bom para a marinha russa e o orçamento dela, a marinha brasileira a pesar de muito criticada tenta construir uma marinha que possa atuar ao longo de todo seu litoral e alem por isso precisa de navios maiores
…………….. a essa altura dos acontecimentos as FFAAs. “necessitariam” desenvolver mísseis de longo alcance e operar com corvetas semelhantes à Barroso e não de muiiitos vasos de “grande tonelagem” pois a crise só permite levar adiante o Prosub no dinheiro à conta-gotas
(aliás todos os projetos das FFAAs) …o exemplo do Kalibr que saiu da pequena corveta Buyan lotada no Mar Cáspio e que deixou os EU/OTAN de orelha em pé é um exemplo….como não temos necessidade de frotas pra outras plagas oceânicas tipo Pacífico,Indico e todo o Atlantico mas tão sómente nosso litoral e o Pré-Sal, corvetas ou fragatas armadas com mísseis de 300 km tipo AV-MT 300 seriam uma boa…esses barcos suportam mar bravo e poderiam ser um bom suporte pra MB……..mas não há nenhuma notícia dos mísseis…..é tudo na moita…nada, nada e nada………..lastimável!!………….
Muito bom ,mas também ampliarmos o AV-MT 300 para no AV-MT 1500, acordinhos de FHC devem ser RASGADOS !!!!
Esses mísseis da última foto são os P-1000 Vulkan que substituíram os P-500 nos Slavas após a modernização… cada míssil desse tem uma ogiva de 1 tonelada e alcance estimado em 700 a 800 km… simplesmente BRUTAL.
O Brasil precisa dar continuidade ao seu trabalho de construção de navios de guerra de maneira independente, mesmo apos todas estas interferências econômicas e que tenhamos que continuar com os patrulhas, e depois ir para as mesmas corvetas semelhantes às classe Inhaúma, tentando superar o tempo que foi perdido nas décadas de 70, 80 e 90 em que tínhamos um corpo técnico muito mais preparado (AMRJ) para seguir com as as manutenções muito bem elaboradas dos navios mais antigos e as construções das Fragatas Independência, União, NE Brasil, Cvs classe Inhaúma, submarinos Tupi entre outros. A proposito o navio da foto superior é uma LST da Classe Ropucha projeto 775, da década de 80….e não o cruzador Moskva!!!!!
A informação da primeira foto está errada. É um Navio de Desembarque Classe Ropucha. Outra coisa: a flotilha do Cáspio não o utiliza.
Não entendi, KD o classe ROPUCHA ?!?!
Leia o desenrolar da historia sobre a foto nos posts a seguir. Luiz Padilha a substituiu, corrigindo o erro.
Na legenda da primeira foto é o Moskva ao fundo mesmo ou um navio de desembarque? Além da proa estar esquisita cadê os lança-mísseis?
Não significa que embarcações menores não possam ser usadas no atlântico, é preciso acertar a mão no projeto, não dá para repetir o erro das corvetas inhaúma (digo as 4 primeiras corvetas da classe) não a Barroso que já deu uma melhorada, corvetas bem armadas até devem ser na minha opinião a base da esquadra, mas essa é decisão do almirantado.
E o pessoal falando da Marinha Americana … parece que o jogo virou, não é, Tio Sam ?
De forma alguma virou meu caro! Pequenos navios podem ser eficientes em áreas costeiras ou mares confinados como o Cáspio mas em àguas azuis como o Atlântico Sul e o Pacífico os grandes navios de guerra, com seu grande deslocamento e autonomia, se destacam. E aí não adianta espernear, a supremacia da US Navy é inconteste sobre a Rússia.
NÃO se anime muito, cuidado com os novos sub russos amigo, eles foram criados justamente para afundar navio grande do tio sam.
Não se anime muito também não amigo pois os novos SSNs da Classe Virgínia, aptos a combater também em guerra litorânea, e o novo LRASM foram concebidos para afundar o navios grandes e também os navios pequeno da marinha do Putin
A US Navy possui:
– 10 porta-aviões
– 22 cruzadores
– 62 destróieres
– 54 submarinos de ataque (SSN)
– 4 submarinos lançadores de mísseis de cruzeiro (SSGN)
Fora 14 SSBNs.
A marinha russa possui:
– 1 porta-avões
– 4 cruzadores
– 12 destróieres
– 4 fragatas
– 74 corvetas
– 38 submarinos de ataque (20 SSK e 18 SSN)
Fora 12 SSBNs.
Não se vence guerra no mar, tem que vir para a terra e aí é que aparecerá a superioridade do exército Russo e o Tio Sam sabe muito bem disso.
O exército russo é em sua grande maioria formada por conscritos
e como lá assim como aqui muitos evitam o serviço militar obrigatório os russos estão facilitando à entrada de “estrangeiros”
nas forças armadas…as coisas estão melhorando, mas, ainda há
muito o que ser feito.
Alfa…
na verdade a diferença é ainda maior se considerarmos que o único
NAe russo não apenas é menor que os NAes americanos mas está
necessitando de modernização de meia vida que os russos tem adiado
sistematicamente por falta de verbas.
Os “destroyers” também são menores e a maioria é mais voltada para a
guerra antisubmarina com pouca capacidade anti superfície e anti aérea
e os da classe Sovremenny com complicada e difícil manutenção de suas
plantas propulsoras pouco saem para o mar.
Você esqueceu dos 8 SSGNs russos que possuem uma doutrina diferente
dos SSGNs da US Navy, permanecem próximos de águas russas, pelo menos
3 estão sendo modernizados atualmente e talvez um esteja na reserva.
tai um bom exemplo para muitos que não precisa de navios muito grande para ter uma frota moderna e poderosa
Trás eles para o nosso teatro de operações. Quero ver o vídeo deles lançando algo com o nosso mar. Se estiver filé, tudo bem como foi o que ocorreu lá no Mar Cáspio, mas aqui se chegar a mar 6 eles correm pra se abrigar e nunca teriam condições para lançar mísseis. Enfim, no Atlântico precisamos sim de navio grande.
Qual seria o problema Luiz ? Os mísseis são de lançamento vertical correto? Acredito que haja alguma restrição, porém o mar teria que estar em condições catatróficas, durante o combate das malvinas, seria possível o lançamento dos Exocets por parte dos Britanicos, ainda que sejam de lançamento horizontal?
Grato,
Abraço.
Maurício não é uma questão de poder lançar ou não.
O problema é o navio aguentar o estado do mar. Lembre-se de que dentro do navio existe o fator humano.
Um exemplo claro é o navio patrulha grego que está no Líbano operando com a Barroso. Ele possui equipamentos que nem a Barroso possui, mas basta o estado do mar no Mediterrâneo mudar para eles pedirem pra voltar pro porto.
A maioria dos navios escolta do mundo possuem equipamentos que a barroso não possui
O Brasil poderia seguir esse exemplo e adquirir não só apenas 4 CV-03 mais umas 10 a 16,já que são tipo fragatas leves mais bem armadas,e de custo menor que navios de 6.000 t e numa segunda fazer desenvolvesse outro tipo de fragata leve usando o mesmo casco da CV-03 só com mísseis de maior alcance tipo o Barak 8
Depende muito do que se quer e de onde se vai operar…
Se se está em mares mais fechados, tipos como a Visby sueca dão e sobra.
Mas no caso específico do Brasil, com seus mares tão abertos e distâncias enormes a serem percorridas, são necessários vasos de grande tonelagem…
Primeiro, como o Padilha falou, encarar mar bravo. A seguir, alcance. E por fim, tempo de permanência no mar… E soma-se a isso algum espaço que resulte em capacidade para crescimento futuro…
Mas seja como for, existem conceitos que são praticáveis mesmo para navios mais leves. Um conceito que considero interessante para um navio leve, mas com capacidade de intervir longe e em águas mais abertas, é o LCS americano classe Independence. Seu casco, em trimarã, é extremamente estável, e seus waterjets lhe conferem muita velocidade… Mesmo na atual configuração, é mais que suficiente para lidar com ameaças assimétricas, que tanto caracterizam os conflitos pelos dias de hoje, e por um custo inferior ao que seriam as grandes escoltas…
Postei cruzadores para no caso de infomarem que tais belonaves também estão presentes em tal teatro de operações.
A Rússia sempre usou embarcações pequenas e extremamente armadas como as corvetas classe Tarantul de 500 toneladas armadas com 4 Moskit… Era um contraste com seus enormes cruzadores de batalha como os Kirov, os Slava e os Sovremenny.
Essa realidade se faz necessária e adequada a necessidade russa que tem cinco frotas distintas em mares com características geográficas e níveis de ameaças totalmente distintos
Daí a dificuldade em padronização de meios pois um navio dimensionado por exemplo para capitânia da Frota do pacífico pode estar superdimensionado para atuar na flotilha do Cáspio ou um navio concebido para operar no Mar Negro não será o mais adequado para operar na frota do Norte, etc…
Essa mescla se faz necessária para atender com mais eficiência e extrair o melhor custo benefício de cada projeto adequando-os a realidade do ambiente onde o mesmo deva operar.
O mesmo conceito se aplica a sua força de submarinos onde os maiores de propulsão nuclear SSNs e SLBN estão distribuídos estrategicamente nas frotas do Pacífico e do Norte enquanto que são Oceanos amplos que necessitam de vetores com grande autonomia, enquanto nas frotas do Mar Negro e do Báltico se encontram apenas os diesel elétricos mais adequados a mares semi fechados… a frota do Cáspio não opera com submarinos.
A legenda da primeira foto está errada, não é o Moskva e sim um LST classe Ropucha.
Corrigido. obrigado
Outra correção: a flotilha do Cáspio não tem o LST Ropucha, provavelmente deve ser da flotilha do Mar Negro. Vide http://russianships.info/eng/today/.
As maiores embarcações de combate da Russia no Cáspio são as pequenas fragatas Classe Gepard. Então, cruzadores estão fora de questão.
Acabei com a incorreção. Grato.
isso é bom para a marinha russa e o orçamento dela, a marinha brasileira a pesar de muito criticada tenta construir uma marinha que possa atuar ao longo de todo seu litoral e alem por isso precisa de navios maiores
O Brasil precisa dar continuidade ao seu trabalho de construção de navios de guerra de maneira independente, mesmo apos todas estas interferências econômicas e que tenhamos que continuar com os patrulhas, e depois ir para as mesmas corvetas semelhantes às classe Inhaúma, tentando superar o tempo que foi perdido nas décadas de 70, 80 e 90 em que tínhamos um corpo técnico muito mais preparado (AMRJ) para seguir com as as manutenções muito bem elaboradas dos navios mais antigos e as construções das Fragatas Independência, União, NE Brasil, Cvs classe Inhaúma, submarinos Tupi entre outros. A proposito o navio da foto superior é uma LST da Classe Ropucha projeto 775, da década de 80….e não o cruzador Moskva!!!!!
A informação da primeira foto está errada. É um Navio de Desembarque Classe Ropucha. Outra coisa: a flotilha do Cáspio não o utiliza.
Não entendi, KD o classe ROPUCHA ?!?!
Leia o desenrolar da historia sobre a foto nos posts a seguir. Luiz Padilha a substituiu, corrigindo o erro.
Na legenda da primeira foto é o Moskva ao fundo mesmo ou um navio de desembarque? Além da proa estar esquisita cadê os lança-mísseis?
Não significa que embarcações menores não possam ser usadas no atlântico, é preciso acertar a mão no projeto, não dá para repetir o erro das corvetas inhaúma (digo as 4 primeiras corvetas da classe) não a Barroso que já deu uma melhorada, corvetas bem armadas até devem ser na minha opinião a base da esquadra, mas essa é decisão do almirantado.
E o pessoal falando da Marinha Americana … parece que o jogo virou, não é, Tio Sam ?
De forma alguma virou meu caro! Pequenos navios podem ser eficientes em áreas costeiras ou mares confinados como o Cáspio mas em àguas azuis como o Atlântico Sul e o Pacífico os grandes navios de guerra, com seu grande deslocamento e autonomia, se destacam. E aí não adianta espernear, a supremacia da US Navy é inconteste sobre a Rússia.
NÃO se anime muito, cuidado com os novos sub russos amigo, eles foram criados justamente para afundar navio grande do tio sam.
Não se anime muito também não amigo pois os novos SSNs da Classe Virgínia, aptos a combater também em guerra litorânea, e o novo LRASM foram concebidos para afundar o navios grandes e também os navios pequeno da marinha do Putin
A US Navy possui:
– 10 porta-aviões
– 22 cruzadores
– 62 destróieres
– 54 submarinos de ataque (SSN)
– 4 submarinos lançadores de mísseis de cruzeiro (SSGN)
Fora 14 SSBNs.
A marinha russa possui:
– 1 porta-avões
– 4 cruzadores
– 12 destróieres
– 4 fragatas
– 74 corvetas
– 38 submarinos de ataque (20 SSK e 18 SSN)
Fora 12 SSBNs.
Não se vence guerra no mar, tem que vir para a terra e aí é que aparecerá a superioridade do exército Russo e o Tio Sam sabe muito bem disso.
O exército russo é em sua grande maioria formada por conscritos
e como lá assim como aqui muitos evitam o serviço militar obrigatório os russos estão facilitando à entrada de “estrangeiros”
nas forças armadas…as coisas estão melhorando, mas, ainda há
muito o que ser feito.
Alfa…
na verdade a diferença é ainda maior se considerarmos que o único
NAe russo não apenas é menor que os NAes americanos mas está
necessitando de modernização de meia vida que os russos tem adiado
sistematicamente por falta de verbas.
Os “destroyers” também são menores e a maioria é mais voltada para a
guerra antisubmarina com pouca capacidade anti superfície e anti aérea
e os da classe Sovremenny com complicada e difícil manutenção de suas
plantas propulsoras pouco saem para o mar.
Você esqueceu dos 8 SSGNs russos que possuem uma doutrina diferente
dos SSGNs da US Navy, permanecem próximos de águas russas, pelo menos
3 estão sendo modernizados atualmente e talvez um esteja na reserva.
tai um bom exemplo para muitos que não precisa de navios muito grande para ter uma frota moderna e poderosa
Trás eles para o nosso teatro de operações. Quero ver o vídeo deles lançando algo com o nosso mar. Se estiver filé, tudo bem como foi o que ocorreu lá no Mar Cáspio, mas aqui se chegar a mar 6 eles correm pra se abrigar e nunca teriam condições para lançar mísseis. Enfim, no Atlântico precisamos sim de navio grande.
Qual seria o problema Luiz ? Os mísseis são de lançamento vertical correto? Acredito que haja alguma restrição, porém o mar teria que estar em condições catatróficas, durante o combate das malvinas, seria possível o lançamento dos Exocets por parte dos Britanicos, ainda que sejam de lançamento horizontal?
Grato,
Abraço.
Maurício não é uma questão de poder lançar ou não.
O problema é o navio aguentar o estado do mar. Lembre-se de que dentro do navio existe o fator humano.
Um exemplo claro é o navio patrulha grego que está no Líbano operando com a Barroso. Ele possui equipamentos que nem a Barroso possui, mas basta o estado do mar no Mediterrâneo mudar para eles pedirem pra voltar pro porto.
A maioria dos navios escolta do mundo possuem equipamentos que a barroso não possui
O Brasil poderia seguir esse exemplo e adquirir não só apenas 4 CV-03 mais umas 10 a 16,já que são tipo fragatas leves mais bem armadas,e de custo menor que navios de 6.000 t e numa segunda fazer desenvolvesse outro tipo de fragata leve usando o mesmo casco da CV-03 só com mísseis de maior alcance tipo o Barak 8