Por Tyler Rogoway
Colocar um míssil de cruzeiro nuclear-derrubado que pode ser lançado de um submarino dará ao Paquistão algo que tem querido por anos-um ataque nuclear credível nuclear. No início da semana, a Marinha paquistanesa anunciou que eles testaram com êxito, e independentemente se o lançamento do míssil foi bem sucedido como o Paquistão afirma que foi ou não, mais testes seguirão e é uma questão de tempo antes que o míssil se torne operacional.
A capacidade de atacar significa que, mesmo que uma barragem nuclear surpresa chegue a destruir a capacidade de armas nucleares de um país, esse país ainda tem a capacidade de fazer seu atacante pagar caro por meio de um ataque nuclear de retaliação. É considerado o auge das estratégias de dissuasão nuclear.
O míssil de cruzeiro Babur-3 lançado pelo submarino do Paquistão (SLCM), foi testado há apenas algumas semanas no Oceano Índico, é uma evolução da base terrestre Babur-2. A série Babur de mísseis de cruzeiro foi desenvolvida parcialmente através da engenharia reversa do míssil de cruzeiro BGM-109 Tomahawk que caiu no Paquistão em 1998. A primeira e segunda versões terrestres, oferecem apenas mais uma camada de capacidade de ataque para os militares paquistaneses, mas o lançamento do Babur-3 através do submarino, possui um significado estratégico muito maior.
FONTE: The Warzone
Claro tem de ter TAMBÉM E PRINCIPALMENTE dinheiro constante e vontade política de levar o projeto de engenharia reversa até o seu protótipo final e depois comprar um ou mais lotes de produção do equipamento desenvolvido.
Aqui é que geralmente PEGA aqui no Brasil… O tal do míssil A-Darter vai por este caminho…
Só esclarecendo se faz engenharia reversa quando você JÁ POSSUI grande capacidade tecnológica e consegue por as mãos num equipamento completo (ou quase) e consegue desmontá-lo de forma bem sucedida (o que nem sempre acontece) e pela observação técnica se consegue preencher os seus GAPS tecnológicos avançando no desenvolvimento de seus equipamentos próprios.
Vale ressaltar que durante a campanha americana no Afeganistão foi dado o direito de passagem ao mísseis Tomahawk pelo Paquistão e uma coisa que não foi muito divulgada (por ser embaraçosa para os EUA) que uma quantidade INACEITÁVEL dos mísseis Tomahawks lançados não alcançaram seus alvos e caíram no Paquistão.
Existe notícia no site da CNN, August 24, 1998 – Unexploded U.S. cruise missile found in Pakistan que mostra que alguns destes mísseis simplesmente não explodiram e deram oportunidade para seu exame mais fácil pelos militares paquistaneses que facilitaram o desenvolvimento do Barbur …
P.S. É significativo o fato do míssil ser nomeado Barbur que é o nome do primeiro imperador Munghal (reino persa na Índia não confundir com o Império Mongol) pois o império fundado por Barbur embora seja considerado culturalmente Persa, etnicamente é de origem turco-mongol e seu fundador teria ancestralidade até Gengis Khan via seu filho Shagatai Khan do Império Mongol. Também relevante é que no seu ápice cobria terras que hoje tanto pertencem à Índia, Paquistão e Afeganistão.
Não foi mero acaso…
Fico tentando entender como funciona a engenharia reversa.
Não se trata apenas de olhar o míssil caído, medir comprimento e diametro. Ou ver o combustível dentro do tanque. Se assim fosse, poderiamos pegar qualquer equipamento militar e fazer o mesmo.
Um tanque, um blindado (por que comprar dá Iveco?), um míssil, um caça…
Podia pegar um f16 emprestado do Chile…
Engenharia reversa, a diferença entre potência e arremedo.