Como afirmado por algumas fontes, no momento da revelação do sistema HQ-16, a China teve informações e ajuda russa para sua criação. Como resultado, a produção do sistema de mísseis chinês é uma versão altamente modificada e nacionalizada do sistema “Buk”. Pode-se notar também que elementos do novo sistema de defesa HQ-16 também são utilizados em sistemas de defesa aérea navais. Assim, a primeira classe de navios a utilizar o sistema HQ-16 foi o projeto 054, construído a partir do meio da primeira década desse milênio. Por alguma razão, a China equipou os primeiros sistemas de mísseis antiaéreos em seus navios, e só então concluiu o projeto da versão terrestre.
Todos os veículos de combate do sistema HQ-16 são montados sobre o mesmo chassi 6×6. O sistema é composto de veículo lançador de mísseis e dois carros com radares de direção de fogo e rastreamento. Um posto de comando separado assegura a interação segura entre os elos do sistema. Além disso, para completar o trabalho da bateria antiaérea precisam ainda de viaturas de remuniciamento, auxiliares, etc.
O sistema é composto por um radar tridimensional com uma matriz faseada passivo e pode detectar alvos a distâncias de até 140 quilômetros em altitudes de até 20. A eletrônica do radar pode detectar simultaneamente até 144 alvos e acompanhar 48 deles. O radar de orientação e iluminação, em uma máquina separada, fornece orientação de fogo aos mísseis em uma distância de 85 quilômetros e usando seu próprio equipamento pode “ver” seis alvos e acompanhar quatro deles. Esta estação de iluminação pode trabalhar simultaneamente com até oito mísseis.
A viatura de combate com lançador, que faz parte da HQ-16, traz uma estrutura eretora com suporte para seis recipientes de mísseis. Cada veículo lançador é equipado com seu compartimento próprio de hardware, colocado imediatamente atrás da cabine. O dispositivo de elevação de contentores, por sua vez, é localizado na parte traseira da máquina. Para a finalidade do sistema HQ-16 – de defesa antiaérea de objetos estacionários – é utilizado um sistema de estabilização da máquina. Em uma situação de combate, ela deve ficar sobre os estabilizadores.
O sistema antiaéreo HQ-16 utiliza um míssil de desenvolvimento conjunto russo-chinês, que é um desenvolvimento novo, presumivelmente, a partir da munição 9M38 do “Buk”. Com a atualização, foram aumentadas significativamente as capacidades dos mísseis. Assim, o alcance máximo do míssil aumentou para 40 quilômetros. A altura máxima não mudou. Mas estes números são válidos apenas para aeronaves de ataque. Se o HQ-16 for forçado a disparar contra um míssil de cruzeiro, o alcance máximo é reduzido significativamente para em torno de 10-12 km. A probabilidade declarada de abater um tipo de aeronave é de 85%. Para mísseis de cruzeiro, o número é de 60%.
O sistema HQ-16 é equipado com um sistema de orientação combinado. Assim, durante os primeiros momentos de voo, depois de deixar o recipiente de transporte e lançamento do míssil ele passa a ser controlado por um sistema inercial. O problema, então, passa a ser guiar o míssil na direção certa. Para isso um radar semiativo faz com que o míssil acerte o alvo. A iluminação do alvo pelo radar é realizada em separado. Segundo relatos, o veículo de lançamento do sistema HQ-16 não pode executar mais de dois mísseis ao mesmo tempo. Isto se deve ao fato de que quatro carros de lançamento, em uma bateria antiaérea, possuem apenas uma viatura de iluminação e de orientação por radar.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Junker
FONTE: dambiev