A OTAN assinou contrato no valor de € 1.1 Bilhão para aquisição de munições de artilharia para reabastecer os países da Aliança Atlântica e facilitar a continuidade do apoio à Ucrânia.
“A guerra da Rússia na Ucrânia tornou-se numa batalha por munições, por isso é importante que os aliados reabasteçam os seus próprios paiol, enquanto continuamos a apoiar a Ucrânia”, declarou o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa no quartel-general da organização, em Bruxelas.
Os contratos foram assinados em nome de todos os países da organização através da NSPA, agência subsidiária da NATO responsável pela aquisição de bens e serviços nas áreas de armamento, logística, apoio às operações e sistemas de apoio.
“Apoiaremos a Ucrânia com os sistemas, as armas e munições de que necessita para prevalecer como um país independente e soberano, porque não podemos permitir que o Presidente Putin vença na Ucrânia, isso seria uma tragédia para os ucranianos e perigoso para todos nós”, ressaltou Jens Stoltenberg.
No verão passado, a Ucrânia estava disparando cerca de 4.000 a 7.000 munições por dia, enquanto a Rússia mais de 20.000 munições diariamente, de acordo com estimativas da União Europeia.
A indústria de armas da Rússia supera em muito a da Ucrânia, e Kiev precisa de ajuda para igualar o poder de fogo de Moscou.
Contudo, as munições não vão chegar às tropas ucranianas tão cedo, pois a entrega dos pedidos pode levar entre 24 e 36 meses, segundo a OTAN.
Os planos da União Europeia para produzir um milhão de munições de artilharia para a Ucrânia foram insuficientes, com apenas cerca de um terço dessa meta sendo atingida.
Altos funcionários da UE disseram que agora esperam que a indústria de defesa europeia produza cerca de um milhão de projéteis até ao final deste ano.