No mundo submarino, o sistema de armas mais inovador é o submarino com propulsão nuclear. Estes superaram as capacidades dos submarinos a diesel convencionais com reatores nucleares que operam durante anos sem a necessidade de reabastecimento. O submarino nuclear se beneficia de ter um desempenho superior, evitando a necessidade de emergir com frequência para recarregar as baterias, o que permite que ele fique submerso por mais tempo sem o risco de ser detectado. O ato de vir para a superfície, sempre significa um risco para o submarino e sua tripulação, que estão expostos a serem descobertos.
Operando graças à energia nuclear, esses submarinos podem permanecer imersos por várias semanas ou mesmo meses. Por sua vez, o reator nuclear permite que o submarino atinja uma velocidade maior por longos períodos de tempo. Em outras palavras, o submarino nuclear tem maior autonomia do que os submarinos convencionais, e isso permite que sua tripulação planeje uma estratégia de vigilância marítima a partir de uma posição vantajosa. Estes são os seis países do mundo que possuem capacidade de submarinos nucleares.
Estados Unidos – 72 unidades
Os Estados Unidos dividem sua capacidade de submarino nuclear em diferentes categorias, de acordo com seu armamento e as tarefas específicas que realiza.
A Classe Los Angeles são submarinos de ataque nuclear (SSN) e são responsáveis por realizar missões táticas como coleta de informações, navios que afundam, lançamento de mísseis de cruzeiro, etc.
Então temos a Classe Ohio que são submarinos SSGN, o que implica que eles possuem mísseis de cruzeiro como armamento principal. E a classe Virginia, também atacam (SSN). No outro lado, existe uma categoria ou SSBN (Submarine Ship Ballistic Nuclear), que refere-se a um submarino nuclear com mísseis balísticos conhecidos nos EUA Marinha jargão, como Boomers .
Rússia – 45 unidades
Como no caso americano, a Marinha russa possui vários submarinos em três categorias segundo seu armamento: de ataque, com mísseis balísticos e submarinos de mísseis de cruzeiro. Além disso, alguns submarinos estão armados com mísseis de cruzeiro nucleares.
China – 14 unidades
A Marinha Chinesa opera três frotas de submarinos nas frotas do Mar do Norte, Mar do Sul e Mar do Leste. Ela tem 14 unidades de submarinos nucleares que são classificados em balístico (SSN) e ataque (SSN), incluindo Classe 091 Han, Classe 092 Kia, 093 Shang, 094 Jin, 095, 096 e tipo 098.
Reino Unido – 11 unidades
A Marinha Real tem submarinos e ataque balístico, incluindo Trafalgar Class, Astute Class, e os balísticos, HMS Vanguard, HMS Vengeance, HMS Victorious e HMS Vigilant.
França – 10 unidades
Por outro lado, a França tem submarinos de propulsão nuclear da classe Triomphant que são submarinos de ataque nuclear (SSN), projetados pelo construtor naval francês DCNS (atualmente Naval Group) para sua Marinha Nacional. Atualmente está em construção um novo tipo mais moderno, classe Suffren do programa Barracuda.
Índia – 2 unidades
A Índia tem apenas dois submarinos nucleares, ambos são submarinos com mísseis balísticos e submarinos de ataque. O último submarino foi alugado para os russos em 2012 e está em serviço na Marinha indiana há mais de 10 anos. O submarino de ataque é um submarino da classe Akula chamado Chakra. O outro submarino pertence à classe de Arihant e foi comissionado em 2016. Ambos estão ativos e no mar. Além dos dois, a Marinha Indiana tem outro submarino em construção.
FONTE: Zona Militar
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
O submarino russo alugado à India, não opera com mísseis balisticos. Pode ser que tenha havido uma confusão com os nomes das classes. Se não me falha a memória o que nós chamamos de Typhoon no ocidente, é conhecido como Akula na Rússia. Que é o maior submarino jamais construido, e não foi esta classe que foi alugada a India.
É confuso…mas…dá para explicar: os soviéticos chamaram de “Akula” seus submarinos SSBNs do projeto 941 e o ocidente
os “apelidou” de Typhoon.
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O submarino alugado à Índia pertence ao projeto 971, só que o primeiro da classe , já descomissionado, coincidentemente
foi batizado de “Akula” pelos próprios soviéticos e o ocidente dessa vez não escolheu nenhum “apelido”, apenas chamou a classe
toda com o nome da primeira unidade, daí a confusão.
Fontes sempre são irreconciliáveis … no caso dos EUA é mais fácil se chegar a um número exato e esse é 69 como consta no inventário e não 72 a saber: 14 SSBNs, 4 SSGNs, 3 SSNs classe Seawolf, 17 SSNs classe “Virgínia” e 31 SSNs classe “Los Angeles” sendo 22 do tipo “melhorado”…deveria ser 23, mas, um incêndio criminoso perpetrado por um trabalhador de estaleiro
que queria sair mais cedo do trabalho e colocou fogo no USS Miami.
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O número de 45 para a Rússia me parece um pouco exagerado, mesmo incluindo alguns submarinos de propulsão nuclear de
propósitos especiais e de pequeno tamanho, não armados como os classe “Uniform”… 10 SSBNs, não contando com o único “Typhoon” que não realiza mais patrulhas estratégicas, 8 SSGNs, 20 SSNs, alguns dos quais não estão operacionais e não se sabe se voltarão a estar como os 2 classe “Sierra I” e um “971”, além de outro “971” que está com a marinha indiana.
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A França conta com 10 e continuará com 10 quando os 6 pequenos SSNs “Rubis” começarem a ser substituídos por 6 maiores e mais capazes e os 4 “SSBNs” que também serão substituídos por 4 unidades na década de 2030.
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Os britânicos manterão 11 unidades, 7 SSNs classe “Astute” o último dos quais deverá ser incorporado em 2025 e 4 SSBNs.
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Então…enquanto EUA e Rússia verão suas forças de submarinos de propulsão nuclear diminuir, britânicos e franceses manterão os mesmos números, chineses e indianos , especialmente os primeiros verão os números aumentarem, resta saber que impacto esse maior número de submarinos avançados e caros e seus respectivos mísseis, igualmente caros, terá sobre
a quantidade dos demais meios, navais, aéreos e terrestres.