Os Estados Unidos anunciaram hoje (2) um aumento significativo das verbas para despesas militares, destinadas a contrabalançar o poderio russo, aumentar a presença norte-americana no Leste europeu e à luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico..
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Defesa norte-americana, Ashton Carter, adiantando que o total para despesas militares para o ano fiscal de 2017 será de US$ 583 bilhões.
O montante ultrapassa significativamente o de qualquer outro país, sendo mesmo maior do que os gastos militares dos oito países que se seguem na tabela mundial.
O orçamento inclui US$ 3,4 bilhões, verba quatro vezes superior à prevista para 2016, destinados a operações na Europa para combater a “agressão” russa, destacou Carter.
“Vamos reforçar nossa posição na Europa e apoiar nossos aliados na Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan) face às agressões da Rússia”, afirmou.
“O montante vai financiar muitas coisas. Haverá maior rotação das forças norte-americanas na Europa e mais treinos e exercícios com nossos aliados, bem como um melhor pré-posicionamento para a guerra e melhorias nas infraestruturas para a apoiar”, acrescentou o secretário norte-americano.
Adicionalmente, os Estados Unidos vão gastar US$ 7,5 bilhões para financiar a luta contra o terrorismo, sobretudo contra o Estado Islâmico.
Ashton Carter informou que os 18 meses de esforço na campanha aérea liderada pelos Estados Unidos contra os jihadistas na Síria e no Iraque reduziram o estoque de bombas existente no país.
“Ultimamente temos atingido o Estado Islâmico com tantas bombas inteligentes, guiadas por GPS, e com tantos mísseis guiados por laser que tivemos de diminuir as que utilizamos contra os terroristas”, argumentou Carter.
“Nesse sentido, vamos investir US$ 1,8 bilhões em 2017 para comprar mais de 45 mil bombas e mísseis.”
Carter adiantou que os Estados Unidos continuarão investindo nas tecnologias do futuro, destacando o rail-gun (armamento que dispara projéteis através de energia eletromagnética), capaz de disparar projéteis a uma velocidade ultrassônica, e “enxames” de pequenos drones (pequenos aparelhos aéreos não-tripulados).
FONTE: Agência Brasil
FOTOS: Ilustrativas
mas ARC, a russia tem presença militar em certas regiões, já os americanos estão no mundo todo…
Black cat, utilizei a questão da Rússia exatamente pelo fato deles não terem bases no exterior, exceto a base síria, o que não justifica aumentar investimentos a fim de conter o crescimento russo (lembrando que a Rússia só cresce militarmente dentro de suas fronteiras).
A Rússia é tão grande territorialmente que não necessita de tantas
bases no exterior. A Rússia faz fronteira com diversas nações, está
presente no Mar Báltico, Mar Negro, Mar Cáspio, Ártico e Pacífico, então
para ser uma ameaça a essas nações basta ter fronteira com elas.
Sinceramente, que desvario, aumentar o maior orçamento do mundo para contra balancear o poderio russo, significa o que? que os equipamentos russos são tão superiores que os EUA terão que ter maior quantidade para superá-los?
Já quanto os chineses faz todo sentido, o poder deles tem aumentado significativamente.
Sem falar que no auge das guerras do Iraque e do Afeganistão o orçamento de defesa do EUA ultrapassou 600 bilhões de dólares, tendo chegado muito perto de 700 bilhões.
Creio que os EUA devem frear um pouco os próprios gastos, buscando dos outros membros da OTAN um maior investimento no setor de defesa, para manterem a paridade, pois hoje os EUA amargam uma dívida de 170% do PIB, e isso tem causado preocupação no mercado financeiro, e para manter a confiabilidade dos investidores faz-se necessário um corte real nos gastos militares, redirecionando esses recursos para outros setores.
Os EUA são militarmente superiores aos russos, mas não faz mal aumentar ainda mais a distância, sem contar que eles tem que contrabalançar os russos, chineses, norte-coreanos e etc além de serem (ao meu ver erroneamente) a polícia do mundo. Para isso tem dispor de muita grana…
Alfa BR, a Rússia não possui doutrina militar agressiva, somente de defesa, só assumindo uma postura de ataque quando seus interesses estão postos em xeque, vide caso Síria. A Rússia já demonstrou que mesmo tendo os EUA como ameaça não correrão em busca de superá-los, mas sim no avanço para caso os EUA tentem atacá-los sejam vencidos, ou seja, doutrina da defesa eficiente. Quanto aos chineses aí sim uma real preocupação para os EUA, pois dentro de 20 anos a força dos chineses terá superado a russa e provavelmente estará equiparada com a dos EUA se os chineses mantiverem o ritmo.
Arc…
o Secretário da Defesa Ashton Carter enumerou 5 desafios em ordem de
importância justificando o orçamento que ainda precisa ser aprovado !
1) Rússia
2) China
3) Coreia do Norte
4) Irã
5) Terrorismo/Estado Islâmico
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No caso da Rússia os EUA pouco se preocuparam nos últimos 25 anos com a
dissolução da URSS, mas, recentemente com a questão da Ucrânia, por exemplo,
mais investimento visando à Europa terá de ser conseguido sem prejudicar muito o foco principal que continua e continuará sendo à Ásia.
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Quanto a China os EUA acreditam que uma presença “forte” nos últimos 70 anos, desde
1945, foi fundamental para uma região mais estável que permitiu inclusive que várias nações
prosperassem, então os EUA acreditam que devem continuar mantendo uma forte presença na região para assegurar os inúmeros aliados e/ou nações suspeitosas da ascensão da China.
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Então embora o texto acima enalteça a Rússia, ela não é a única preocupação e merece
maior destaque pela postura mais agressiva adquirida recentemente enquanto dos chineses
tal postura já era esperada e faz tempo.
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abs