Por Trevor Timm
Quando Obama diz que ele “reduziu o número e o papel das armas nucleares em nossa estratégia de segurança nacional”, ele está se referindo a uma gota no oceano
Com vistas à Cúpula de Segurança Nuclear, que compreendeu 50 países reunidos em Washington DC na semana passada, o presidente Obama elogiou publicamente o suposto progresso da sua administração no sentido de “um mundo sem armas nucleares”. Na realidade, o recorde do seu governo sobre a redução de armas nucleares é em grande parte um fracasso.
No início de sua presidência, Obama memoravelmente fez um discurso em Praga em que descreveu “o compromisso dos EUA de buscar a paz e a segurança em um mundo sem armas nucleares”. Não só a administração mal conseguiu diminuir o gigantesco arsenal nuclear dos Estados Unidos, mas comprometeu mais de US$1 trilhão ao longo das próximas décadas para entrincheirar ainda mais o sistema em uso, potencialmente provocando uma perigosa nova corrida armamentista.
“Os Estados Unidos e a Rússia continuam a caminho de cumprir nossas obrigações no Novo Tratado Start, de modo a que, em 2018, o número de ogivas nucleares americanas e russas desdobradas estará em seus níveis mais baixos desde a década de 1950”, o presidente escreveu ao Washington Post em um op-ed esta semana, referindo-se ao tratado entre os Estados Unidos da América e a Federação Russa sobre medidas adicionais de Redução e Limitação de Armas Estratégicas Ofensivas.
A única razão pela qual ele pode afirmar que o número de armas é o mais baixo desde a década de 1950 é porque esse número foi caindo constantemente desde os últimos suspiros da guerra fria na década de 1980, quando tivemos mais de 23.000 armas ativas. Mas a redução não tem quase nada a ver com a sua administração.
De acordo com a Federação de Cientistas Americanos, passamos de 4.950 ogivas nucleares operacionais em 2010, ano em que o Tratado de New Start foi assinado, para 4.700 armas em 2015. Isso é uma redução de cerca de 5%. E ainda assim, 4.700 armas nucleares são mais do que suficiente para destruir o planeta várias vezes. A julgar pelos números recolhidos pela FAS, os EUA reduziram o estoque de armas nucleares em um ritmo muito mais rápido sob George W. Bush que no governo do presidente Obama, onde os EUA cortaram suas armas ativas de mais de 10.000 em 2000 para pouco mais de 5.000 no momento em que Bush deixou o cargo.
Então, quando Obama diz, “eu já reduzi o número e o papel das armas nucleares na nossa estratégia de segurança nacional”, como ele fez ao Washington Post, ele está se referindo a uma gota no oceano.
Também é curioso que ele está alegando que ele reduziu o “papel” de armas nucleares na estratégia de segurança nacional de Estados Unidos, considerando que a administração indicou que o governo americano iria gastar mais de US$ 1 trilhão ao longo das próximas décadas para “modernizar” o nosso programa de armas nucleares. Em vez de se retirar ou destruir as armas que estão obsoletas, será gasta uma enorme quantidade de dinheiro para certificar-se que as máquinas de destruição em massa sobrevivam décadas a mais e que elas sejam mais fáceis de usar.
Muitos especialistas também acham que, ao “modernizar” essas armas de destruição em massa, tornando-as menores e atingindo mais “precisamente” (mesmo que essas armas possam ser usadas para descrever armas que podem eliminar cidades inteiras), elas serão mais tentadoras para utilização em futuros conflitos militares. É também uma maneira dissimulada de violar a promessa do presidente de não construir novas ogivas enquanto ainda se está sendo capaz de reivindicar, tecnicamente, que se está respeitando isso.
No entanto, o presidente Obama convenientemente deixou qualquer menção a este plano de “modernização” do seu otimista op-ed no Washington Post.
Certamente Obama deve estar orgulhoso do acordo nuclear que sua administração atingiu com o Irã, como o presidente tem repetidamente mencionado no período que antecedeu a conferência desta semana. É um dos poucos desenvolvimentos positivos de política externa nos últimos anos: a grande maioria dos peritos em proliferação nuclear acham que o negócio vai impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear. E, talvez ainda mais importante, que irá reduzir drasticamente as chances de os EUA entrarem em guerra com mais um grande país do Oriente Médio em um futuro próximo.
Mas ao proclamar que estamos mais perto de um mundo livre de armas nucleares ele está apenas falando falsidades.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO:Junker
FONTE: The Guardian
A apólice de seguro russa (e do mundo) contra a crescente pressão americana em suas fronteiras (e sua tentativa de dominação mundial) são suas armas nucleares…
A garantia de que EUA nunca terão coragem de “atravessar a faixa”,.. Elas são literalmente o “limite” de até onde os EUA podem chegar e o “alerta” que os faz recuar em determinados momentos…
Se não fosse o arsenal nuclear russo o mundo seria muito diferente do que o conhecemos hoje, e eu não estou disposto a pagar para ver como seria isso aqui com os EUA mandando em tudo sem ninguém capaz de dizer NÃO, portanto:
“Longa vida aos mísseis nucleares russos e chineses” que mantém o mundo funcionando como ele é e nos liberta da manteiga de amendoim e do bacon todas as manhãs !!!
A apólice de seguro é russa apenas já que a grande maioria das nações tem boas relações com os EUA e em muitos casos são
mesmo aliados então não precisam nem buscam a proteção russa.
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E mesmo o Iraque não escapou à sede por petróleo dos EUA por medo das armas russas…e por falar em petróleo do Iraque,
por onde anda? Certamente não com os EUA !
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Pô Topol…bacon e manteiga de amendoim é tudo de bom !!!!!!
Poucas vezes li tanta besteira! O autor insinua que os EUA deveriam unilateralmente abrir mão de seu arsenal nuclear quando Rússia e China incrementam os seus?
Boa tarde Senhores!
Mas se nem o Brasil na “pindaíba” que se encontra, deseja abrir mão de seu SNA (não que deva!!!), até parece que com as atividades chinesas, russas a instável CN, o EUA iria abrir mão de seu arsenal atômico!
Se quiserem abrir mão doe ao Brasil que agente faz uma vaquinha para fazer a manutenção e tudo o mais envolvido (idiotice a minha …rs…rs…rs)
CM