O teste fracassado de um míssil norte-coreano, após declarações de que o país estaria “preparado para responder a qualquer ataque nuclear”, reforça uma das principais dúvidas da comunidade internacional: quão avançado estaria o programa nuclear da Coreia do Norte?
No sábado, o regime de Kim Jong-un mostrou seu arsenal militar no desfile comemorativo do “Dia do Sol”, o aniversário do nascimento do presidente fundador da nação, Kim Il-sung.
Em resposta à escalada de tensões com os Estados Unidos, que enviou um porta-aviões e um grupo tático para a península coreana, o militar Choe Ryong-hae, que acredita-se ser a segunda autoridade mais poderosa do país, disse que a Coreia do Norte está “preparada para responder uma guerra com uma guerra. Na ocasião, o ministro de relações exteriores da Coreia do Sul disse, em um comunidado, que “Mostrar uma variedade de mísseis ofensivos na parada militar e ousar disparar um míssil balístico hoje é uma demonstração de força da Coreia do Norte que ameaça todo o mundo”.
No entanto, um novo teste de míssil balístico falhou, segundo militares dos EUA e da Coreia do Norte. O míssil teria explodido segundos após ser lançado. A Coreia do Norte conduziu cinco testes nucleares e uma série de lançamentos de mísseis, contrariando resoluções da ONU.
O objetivo do país parece ser colocar uma ogiva nuclear em um míssil balístico intercontinental, que consiga atingir alvos ao redor do mundo. Atualmente, acredita-se que a Coreia do Norte tenha mais de mil mísseis de capacidades distintas, incluindo os de longo alcance – que poderiam supostamente alcançar os Estados Unidos.
O programa de armas de Pyongyang teve grandes progressos nas últimas décadas – do foguete tático de artilharia em 1960 e 1970 aos mísseis balísticos de curto e longo alcance nas décadas de 1980 e 1990. E agora, um sistema de maior alcance está sendo pesquisado e desenvolvido.
Alcance dos mísseis
Curto alcance: 1.000 km pelo menos
Médio alcance: 1.000 a 3.000 km
Alcance intermediário: 3.000 a 5.500 km
Alcance intercontinental: mais de 5.500 km
Fonte: Federação Americana de Ciências
Mísseis de curto alcance
O programa de mísseis da Coreia do Norte começa com os Scuds, que chegaram até eles pela primeira vez pelo Egito em 1976. Já no ano de 1984, os norte-coreanos estavam construindo sua própria versão do míssil, denominado Hwasong.
Acredita-se que haja uma variedade desses mísseis de curto alcance, que poderiam alcançar alvos mais próximos, como a vizinha Coreia do Sul.
As relações entre as duas Coreias são tensas e se mantêm, tecnicamente, em constante alerta de guerra. Os Hwasong-5 e Hwasong-6, também conhecido como Scud-B e Scud-C, contam com alcances de 300 e 500 km respectivamente, segundo o Centro de Estudos de Não Proliferação de Armas dos Estados Unidos. Esses mísseis transportam cabeças explosivas tradicionais, mas também podem ter cabeças com capacidade biológica química ou nuclear.
Ambos os mísseis já foram testados e utilizados, inclusive, o Hwasong-6 já foi vendido ao Irã.
Mísseis de médio alcance
A Coreia do Norte lançou um programa especial ao fim da década de 1980 para construir um míssil de médio alcance conhecido como Nodong, que tem um alcance de mil quilômetros. O míssil foi desenhado com base no Scud, mas é 50% maior e com um motor mais poderoso.
Em uma análise de abril de 2016, o Instituto Internacional para Estudos Estratégicos, que tem base em Londres, disse que esses mísseis poderiam comprovadamente alcançar a Coreia do Sul e até mesmo o Japão.
O Instituto avaliou também que uma variante dele desenvolvida em outubro de 2010 poderia até alcançar 1,6 mil quilômetros, o que significava atingir as bases americanas na ilha de Okinawa, no sul do Japão.
Mísseis de alcance intermediário
A Coreia do Norte passou anos desenvolvendo mísseis Musudan, com os quais realizou vários testes em 2016. As estimativas sobre seu alcance são bastante diferentes. A inteligência de Israel afirma que eles alcançam cerca de 2,5 mil quilômetros, enquanto a Agência de Defesa de Mísseis dos Estados Unidos calcula que chegue a 3,2 mil quilômetros. Outras fontes dizem que pode alcançar até mesmo 4 mil quilômetros.
Segundo essas estimativas, mesmo o menor número de alcance do Musudan – que também é conhecido como Nodong-B – já é suficiente para que ele chegue à Coreia do Sul e ao Japão. E em seu alcance maior, um desses mísseis pode chegar até a base militar americana em Guam, na Micronésia. Sua carga explosiva é desconhecida, mas estima-se que ela fique entre 1 e 1,25 toneladas.
Além disso, a Coreia do Norte afirma ter testado um “míssil balístico de médio a grande alcance”, o Pukguksong, em agosto de 2016, lançado a partir de um submarino. No último mês de fevereiro, ela voltou a realizar testes desses mísseis, desta vez partindo da terra.
O governo da Coreia do Norte diz que usa combustível sólido, o que faz o lançamento dos mísseis ser mais rápido. O alcance deles, porém, ainda é desconhecido.
Mísseis multi-etapa
Um míssil multi-etapa é um míssil lançado em duas ou mais partes, ou “partes ou estágios”, e cada um deles têm seus próprios motores e propulsores. O Taepodong-1, conhecido como Paektusan-1 na Coreia do Norte, foi o primeiro míssil multi-etapa do país, testado em 1998 como lançador espacial.
A Federação Americana de Ciências (FAS, na sigla em inglês), um centro de estudos independente, acredita que o Tapodong-1 estava composto em sua primeira etapa por um míssil Nodong e na segunda por um Hwasong-6.
Depois desse, veio o Paektusan-2, que também é um míssil de dois ou três estágios, mas com avanços significativos. Esses foram testados várias vezes na última década. Seu alcance é estimado entre 5 mil e 15 mil quilômetros. O Centro de Estudos de Não Proliferação de Armas coloca seu alcance máximo como sendo 6 mil quilômetros.
A Coreia do Norte se refere ao lançador do Taepodong-2 como “Unha”, que significa galáxia, em coreano. Ele foi utilizado com êxito em fevereiro de 2016 para lançar um satélite. Apesar de os lançamentos espaciais e os lançamentos de mísseis terem trajetórias distintas, e de os foguetes serem otimizados para um propósito diferente, a tecnologia básica utilizada é a mesma. Isso inclui a estrutura, os motores e o combustível.
Se o Taepodong-2 tiver seu lançamento bem-sucedido, ele chegará ao alcance máximo estimado, o que significa que poderia ir até a Austrália e partes dos Estados Unidos – além de outros países dentro desse perímetro.
Mísseis balísticos intercontinentais
No discurso de Ano Novo, o líder norte-coreano Kim Jong assegurou que o país estava na etapa final de desenvolvimento de um míssil balístico intercontinental.
Acredita-se que a Coreia do Norte esteja desenvolvendo seu míssil de maior alcance, conhecido como KN-08 ou Hwasong-13. Um dos primeiros sinais de sua construção foi em setembro de 2016, quando o país provou um novo motor de foguete que poderia alimentar um míssil balístico intercontinental.
O Pentágono acredita que a Coreia do Norte tem ao menos seis KN-08, que podem alcançar a maior parte dos Estados Unidos. Acredita-se, inclusive, que o país conseguiu desenvolver uma versão melhorada, o KN-14.
Existe a possibilidade de a Coreia do Norte estar muito perto de desenvolver um míssil de grande alcance nuclear. Pyongyang afirma ter miniaturizado ogivas nucleares para usá-las em mísseis, mas especialistas dizem duvidar, por falta de provas.
FONTE: BBC
La nao existem surpresas como vc afirma Rafa, vc acredita mesmo q nao exista um plano de ataque por parte dos USA contra a Koreia do Norte……….o fato eh q isso existe desde o armisticio entre as partes, visto q o estado de guerra entre as koreias ainda esta latente. Sob a oticca internacional, basta q so um dos lados aperte o gatilho para a continuidade daquilo q nunca se encerrou. Vc subestima a capacidadde de intervencao dos americanos q c certeza irao pulverizar as forcas norte coreanas na peninsula cseus misseis nao nucleares, artilharia, gbu, etc……esse confronto nao dur nem 2 semanas…ah nao se esqueca q ha tbm o fator Koreia do Sul c suas armadas extremamente bem preparadas e armadas. Como citarm acima os sub da Koreia do Norte…kkkkkk duvido q estejam operacionais e q de tao vigiados pelos satelites espioes americanos, mas se lancariam ao mar diante de qualquer ameaca como a q agora esta sendo feita pelo ditador. O unico fator impeditivo ainda eh a China q mesmo sabendo do maleficio q isso ira causar aa sua economia, ainda tenta intermediar…mas sera q eles irao se envolver dessa vez………dezenas de alternativas estao na mesa, mas o jogo tende amplamente aos americanos e seus aliados. Sds
Flanker
Como eu disse, o maior erro que alguem pode cometer é subestimar e fazer pouco do adversario
Surpresas podem acontecer
E elas podem não ser agradáveis
Abraço, galera
Os norte-coreanos, teoricamente, podem afundar um ou até os três porta-aviões dos EUA que estão na área ou se encaminhando para lá. Mas deles poderem e efetivamente fazerem, há uma grande difere. O ditador gordinho é maluco, mas não deixa de ser esperto. Se ele realizar um ataque desses, sabe a resposta que terão. E ele não está disposto a pagar pra ver. Os carriers dos EUA podem navegar bem próximos da costa norte-coreana e o gordinho não vai fazer nada de fato. Vai berrar, ameaçar e tudo o mais, mas se o Trump não der ordem para um ataque, não vai ser o Kim que vai iniciar alguma coisa. Mas se for louco o suficiente, é capaz de dar as ordens já de fora da Coréia do Norte, de algum lugar seguro, pois sabe que a resposta vai vir, e não vai ser, digamos, diplomática, como o Obama fazia. Vai ser bem mais destrutiva do que qualquer ataque inical norte-coreano. De qualquer maneira, uma guerra dos EUA contra os norte-coreanos, depois de iniciada, só vai acabar depois de muita destruição. Sem falar no certo envolvimento da Coréia do Sul e Japão e outros aliados, como Austrália, por exemplo. E ainda China e Rússia, como poderiam se posicionar numa situação dessas? Por isso tudo, maluco vai ser aquele que iniciar um conflito por aquelas bandas.
Eu nem considero os mísseis que podem ser abatidos em voo..
Os coreanos do Norte tem uma enorme frota de 70 submarinos convencionais…
E o que é certo é que eles dispõe de bombas nucleares que se não são pequenas para um míssil mas podem facilmente embarcar num submarino.
Cansei de ver nos meus tempos de MB nas Operações Unitas como é relativamente comum para um submarino convencional furar a cobertura da FT e alvejar ou emergir do lado do Porta-aviões americano como algumas vezes submarinos brasileiros fazerem.
Um submarino Kamikase Nuclear Norte-Coreano é uma coisa factível, PIOR, podem armar 3 ou 4 deles e jogar uma flotilha de 10 a 15 deles para cima dos 3 Carriers americanos e aí qual deles são os premiados…
É só um furar a cobertura e explodir debaixo do Super-Carrier…
Se eu fosse Norte-Coreano eu planejaria assim…
acredito que são maquetes mockups mesmo, não que eles não tenham os modelos reais, mas é um tanto quanto idiota desfilar com o modelo real por ai, ainda mais sabendo que estão sob ameaça direta.
Eu sinto muito: mas isso ai não parecem ser maquetes de jeito nenhum
e se eles estão testando e falhando nos testes, isso só atesta que os misseis são reais
podem não estar operacionais
mas são reais