Por Laurent Lagneau
Na semana passada, o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, disse que seria “desejável” equipar a Marinha com um segundo porta-aviões, acrescentando que essa pergunta poderia ser feita no momento do desenvolvimento da próxima lei planejamento militar.
O porta-aviões Charles de Gaulle terá que ser retirado de serviço em 2040-2041. Sua construção começou em 1987, e demorou 14 anos até que ele foi enviado para a sua primeira patrulha no Oceano Índico. Isto deixa claro que não é cedo para pensar em seu sucessor. Especialmente quando falamos que são considerados um grande número de opções técnicas, como pode ser visto no Relatório de Referência do deputado Jean-Jacques Bridey, sobre o financiamento das forças armadas francesas em 2017.
Em primeiro lugar, é necessário que o futuro porta-aviões tenha maior deslocamento do que seu antecessor, no Charles de Gaulle são 42.500 toneladas. Isso é necessário por alterações nos requisitos de segurança e melhores reservas. Pelo menos é o que diz Chefe de Controle de Armas (DGA) do Ministério da Defesa da França, Laurent Collet-Billon.
Este fator pode influenciar a escolha da propulsão do futuro porta-aviões, ou seja, se será ou não nuclear. Os dois porta-aviões britânicos atualmente em construção, não terão propulsão nuclear, embora cada um deles tenha um deslocamento de 70.000 toneladas. Mas devemos ter em conta outra variável: a preservação da competência da indústria nuclear. Esse fator torna-se ainda mais importante se levarmos em conta o futuro das forças estratégicas de mar azul francesas. Isso porque o presidente do grupo de construção naval DCNS Hervé Guillou salientou que está enfrentando problemas de “qualidade de trabalho”, o que afeta o cronograma para a construção do programa do submarino balístico nuclear Barracuda.
De acordo com o deputado Bridey, “A DCNS teve recomeçar, já que seis anos se passaram desde a data de introdução do submarino nuclear balístico ‘Le Terrible’, e especialistas em energia nuclear naval tiveram que aprender como fabricá-los de novo”. Ele também acrescentou que “por causa da economia no curto prazo, uma parte significativa da área de competência em Cherbourg não está envolvida, e isso apesar do fato que a mão de obra especializada necessária é escassa, especialmente na área de Cotentin, ou Flamanville (onde a construção de reatores EPR é feita)”. De acordo com Guillou, “as normas mudaram à cinco anos, e o que era tolerado à 20 anos, já não é mais aceito nos padrões de atuais”.
Manter competências de produção também afetam a empresa ‘Areva TA’. Segundo o Chefe do Estado Maior da Marinha Francesa, o almirante Christophe Prazuck, também há uma questão de conservação de competências após o início da reparação de nível do porta-aviões Charles de Gaulle e do Projeto de submarinos Barracuda. De acordo com ele, os benefícios do reator nuclear em termos de cruzeiro são óbvios, apesar dos custos mais elevados.
Outra questão restante é a maneira de lançar a aeronave a partir do convés de um porta-aviões: se através de catapultas à vapor ou se a Marinha irá seguir para a catapulta eletromagnética a exemplo da Marinha dos Estados Unidos, o que leva à necessidade de instalar um gerador de energia mais poderoso. O segundo caminho é preferido. Assim, o diretor de programas militares do Commissariat à l’énergie atomique (CEA) François Geleznikoff deixou claro que a catapulta eletromagnética é mesmo preferível, tendo em vista o fato de que é possível otimizar a carga na planta elétrica com picos de energia que são necessários, levando com eles a necessidade de armazenamento de energia, cuja carga deve ser carregada em tempo. Este modo de carregamento ocorrerá em menos picos, comparando com a catapulta a vapor.
Resta a questão do custo. De acordo com o chefe do controle de armas, o investimento na construção deste navio será de cerca de 4 bilhões de euros, incluindo o desenvolvimento. No mínimo, deve ser avaliada a oportunidade de olhar para sinergias no âmbito da cooperação industrial com a Índia, que planeja colocar em funcionamento um terceiro porta-aviões dentro dos próximos 10 anos.
Se haverão dois porta-aviões deste tipo na marinha francesa, isso é outra história. Em 23 de setembro de 1980 o Conselho de Defesa francês decidiu encomendar dois porta-aviões nucleares deste tipo. Mas os problemas financeiros puseram fim à ambiciosa decisão.
COLABOROU: Junker
FONTE: Opex360
André…
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o convés em ângulo na verdade foi uma grande inovação pois permite que aeronaves, principalmente jatos, possam arremeter
quando não conseguem capturar um dos cabos de retenção e assim podem decolar novamente não tendo pela frente aeronaves
estacionadas, taxiando, sendo abastecidas, etc.
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Também é possível ter uma catapulta adicional no convés em ângulo já que não seria possível colocar duas paralelas na parte dianteira do convés…note o grande comprimento das mesmas, a não ser que a super estrutura fosse deslocada mais para trás , mas, isso acabaria trazendo outros problemas principalmente quanto ao estacionamento de aeronaves no convés e mesmo
operações de pouso e decolagem.
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O “Forrestal” foi o primeiro NAe completado com convés em ângulo, mas, os britânicos foram mais rápidos que os americanos
para desenvolver o convés em ângulo, da mesma forma que os americanos foram mais rápidos em reconhecer a importância
de ter os elevadores laterais, havia muita troca de informações entre as duas marinhas sobre melhorias necessárias a serem
feitas em NAes durante e após a II Guerra.
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No geral, os EUA estavam mais preocupados em ter bombardeiros capazes de transportar armas atômicas e capazes de decolar de seus NAes, coisa que eles tiveram sucesso, enquanto os britânicos estavam mais preocupados em melhorar às condições de emprego de jatos e o convés em ângulo foi a melhor solução e continua sendo.
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O caso dos fabricantes de reatores nucleares navais é bem diferente, do que os brasileiros pretendem fazer. Ao que parece os franceses fabricam o reator nuclear , instalam no navio e só vão saber o que está ocorrendo com o reator nuclear, quando o navio parar para manutenção, ou surgir algum problema inesperado. No caso brasileiro o reator nuclear estará em Iperó, operando em terra. Outro exatamente igual estará no navio. Assim, qualquer melhoria será feito no reator que estará operando em terra, e quando o segundo navio for construído, já poderá receber um reator com as melhorias previamente testadas. Assim mantem-se a capacidade técnica dos projetistas e construtores do reator naval.
Talvez o peso e quantidade de aeronaves que eles portarão justifique um deslocamento superior, além das munições e combustível é claro. Quanto a essa pista inclinada, ja está na hora de se pensar em um convés de pouso paralelo usando toda a lateral de bombordo e não cruzado. Atualmente se inovam tanto e ainda mantém essa configuração do Forestal.
isso que o lemes disse ai em cima prova minha tese de que o brasil paga caro pra aprender a fazer , nunca faz e quando precisa de outro paga de novo pra aprender pois o que aprendeu e nao fez ja e sucata do passado ,,, e assim e e sempre sera. ! bom pros nossos aliados / professores que cobram caro pra ensinar , nao ensinam nada e ficam cada vez mais ricos com nossa grana , e com essa grana que nos damos a eles eles investem mais e mais e estao sempre atualizados e nos …… da vontade de chorar .
Para se pensar. Os franceses, que tem um ciclo de desenvolvimento, construção, operação do meio naval e substituição deste meio bem mais curto que o nosso, e ainda, uma escala bem maior, estão com seus problemas para manter a proficiência de deus profissionais na área de construção naval nuclear. Fico imaginando como seria um país como o Brasil com sua baleia branca nuclear. Levariamod décadas para projetar e construir um único barco, que provavelmente seria o único da classe. Depois levariamod mais algumas décadas para projetar e construir outro. Teríamos que começar tudo novamente. Projetando uma nova classe, com tudo novo, utilizando pouquíssimos profissionais que tiveram experiência na construção da classe anterior pois a maioria já estará aposentada ou na iniciativa privada ganhando melhor. Não me acho pessimista, apenas realista.