Rússia está desenvolvendo mísseis nucleares hipersônicos que permitirão a Moscou mudar a correlação de forças a favor da Rússia, informa a publicação dinamarquesa Jyllands-Posten.
O diretor da corporação Armamento Tático de Mísseis, Boris Obnosov, disse que a Rússia receberá esta novíssima arma já em 2020. Segundo ele, a velocidade dos mísseis hipersônicos será 12 vezes superior à velocidade de som, cerca de 15 mil quilômetros por hora.
O chefe do departamento de operações aéreas da Academia Militar da Dinamarca, Karsten Marrup, disse que os mísseis hipersônicos ameaçarão o sistema existente de defesa antimíssil.
“Com ajuda de mísseis hipersônicos é possível atacar de forma muito rápida qualquer alvo em qualquer local do globo, eles são tão rápidos que quem está habitualmente preparado para se proteger de ataques com mísseis não conseguirá fazer nada”, disse Marrup à publicação dinamarquesa.
Essa velocidade extrema será um problema real para o sistema de defesa antimíssil dos EUA, que é considerado um dos mais desenvolvidos do mundo, notou Marrup.
“Como todos sabem, agora a defesa antimíssil norte-americana se destina a combater mísseis balísticos intercontinentais e por isso não estou seguro que ela consiga se opor a um míssil hipersônico que se move com uma velocidade absolutamente diferente”, declarou o especialista.
Por sua vez, os EUA planejam responder aos recentes desenvolvimentos avançados da Rússia com o primeiro bombardeiro hipersônico que conseguirá atingir qualquer ponto do planeta em somente 30 minutos. Sem a tecnologia hipersônica isso levaria 18 horas, disse Marrup. Na sua opinião, as novas tecnologias exigem mais dos líderes mundiais.
“Todos nós sabemos que é impossível escrever e-mails quando se está com raiva. Assim, não é possível ameaçar com armas hipersônicas, porque não haverá tempo para mudar de opinião”, disse. Ele considera que este momento pode ser crítico nas relações entre as duas superpotências. Se a Rússia for a primeira em desenvolvimento de mísseis hipersônicos, a correlação de forças será alterada a favor dos russos, concluiu.
FONTE:sputniknews
Correção ICBM é apenas o foguete transportador das ogivas… quem desenvolve velocidades altíssimas durante a reentrada na atmosfera são as MIRVs.
O que o texto não diz é que estas novas MIRVS russas não são mais como as antigas… elas tem capacidade de “deslize exoatmosférico”, ou seja, ao atingirem o apogeu da trajetória balística comportam-se como um míssil de cruzeiro fora da atmosfera voando em linha reta e impulsionadas por motores foguete independentes… assim sendo é impossível prever o ponto de impacto como era feito com os mísseis balísticos tradicionais e também como essas denominadas HGVs operam em altitudes elevadas fora da atmosfera estão fora do alcance da maioria dos mísseis interceptadores, além do que sua velocidade elevada torna quase impossível sua interceptação. Portanto é desse fato que vem o alarde da mídia russa acerca dessas novas armas, que sim, são algo novo, mas nem tanto pois chineses e norte americanos já tem pesquisas e protótipos bem avançados neste mesmo sentido.
Para quem não sabe os ICBMs já são hipersõnicos, a maioria voando acima de 20000Km/h, por isso não entendi o espanto. Além disso os sistemas americanos de defesa já são preparados p isso.
RS-28 Sarmat armado com veículos de reentrada YU-71 (Hipersonic Glide Vehicle)… 1 míssil pode destruir uma área do tamanho do Texas inteiro. Este míssil deverá substituir os antigos SS-18 e é unicamente baseado em silos, seu alcance é de no máximo 15.000 km portanto a afirmação de que pode atacar “qualquer ponto do planeta” não é verdadeira… pelo menos não por enquanto, pois em breve o novo SLBM Liner também deverá ser equipado com estas HGVs, daí sim flexibilizará muito o alcance pois serão baseado em submarinos