Escândalo de espionagem instaurou mal-estar nas relações entre os dois países. Reunião na Austrália dá oportunidade à reaproximação.
Quando, em setembro de 2013, o escândalo de espionagem vivia seu ápice, a presidente Dilma Rousseff deixou claro que só reconsideraria a decisão de cancelar sua visita à Casa Branca caso ouvisse um pedido de desculpas de Barack Obama.
Se a partir do próximo sábado 15, durante a cúpula do G20 na Austrália, ela enfim ouvirá o quer, é incerto. Mas Obama terá mais uma chance de quebrar o gelo instaurado nas relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos desde então.
No período de mais de um ano, oportunidades não faltaram – como na cúpula do G20 do ano passado, numa visita do secretário de Estado John Kerry a Brasília ou num telefone com o próprio Obama. Mas a presidente brasileira se manteve firme.
“O encontro pode ser importante para quebrar o gelo e acelerar um pouco a relação entre os dois países, que estava moribunda”, opina Leonardo Paz Neves, coordenador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). “Sobre uma ida de Dilma a Washington, dificilmente será algo rápido, já que os EUA recebem, em média, duas visitas de Estado por ano. De todo modo, a bola está com a presidente brasileira.”
Os dois líderes devem ter um encontro paralelo à cúpula. A reunião indica uma reaproximação de forma hesitante, já que o tema espionagem ainda não foi totalmente superado pelo Planalto. Ao mesmo tempo, a parceria com os EUA é chave para o Brasil, e a presidente não tem outra opção, senão dar continuidade à agenda bilateral.
Analistas políticos ressaltam, porém, uma espécie de desinteresse mútuo em se empenhar para a retomada das relações. Os EUA se veem diante de outras prioridades, como o Oriente Médio, a expansão das políticas do Kremlin no leste europeu e a China. E o Brasil ainda sustenta o foco na chamada diplomacia Sul-Sul, nos vizinhos e nos países dos Brics.
“É claro que haverá intercâmbio de mensagens de cordialidade, mas nada de um avanço mais substantiva na relação bilateral”, prevê Marcos Troyjo, professor do Ibmec/RJ e diretor do BricLab da Universidade de Columbia (EUA).
Na Austrália, o encontro com Obama será apenas um na intensa pauta de reuniões bilaterais de Dilma. Ela deve se reunir também com a chanceler federal alemã, Angela Merkel, e com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping.
Outro ponto que pode emperrar uma reaproximação é o cenário interno nos dois países. Dilma encontra-se em meio à formação de sua equipe de governo, e Obama ainda é afetado pela ressaca da vitória dos republicanos, que estão no controle da Câmara e do Senado americanos.
“A reaproximação só depende do Brasil. Mas o fato de a equipe do segundo mandato de Dilma ainda não estar definida pode retardar uma maior integração”, opina o professor de relações internacionais Francisco Américo Cassano, do Mackenzie. “Além disso, ainda não sabemos se o segundo mandato de Dilma será diferente dos primeiros quatro anos, quando foi dada mais atenção aos países da América do Sul e da África.”
Assim que o caso do monitoramento comunicações como telefonemas, e-mails e mensagens de celular da presidente, de empresas como a Petrobras e de cidadãos brasileiros pela Agência de Segurança Nacional (NSA) veio à tona, Dilma exigiu explicações do governo dos EUA. Porém, não ficou satisfeita com as respostas dadas pelos americanos.
O secretário de Estado americano, John Kerry, visitou o então chanceler Antonio Patriota na metade de agosto de 2013 em Brasília para tentar aliviar a tensão antes da viagem que Dilma faria aos EUA. Mas nem isso adiantou.
O presidente americano também tentou colocar panos quentes no caso de espionagem, mas não obteve sucesso após um encontro com Dilma na reunião do G20 na Rússia e um telefonema de 20 minutos com a presidente brasileira em setembro de 2013.
Dilma chegou a atacar a espionagem dos EUA durante discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em setembro de 2013. E, em dezembro, lançou uma resolução conjunta com a Alemanha nas Nações Unidas – Merkel também teve seu celular grampeado pela NSA – contra a espionagem e a favor da proteção da privacidade. A iniciativa foi aprovada em dezembro.
Em setembro deste ano, os dois presidentes se cumprimentaram durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. No final de outubro, o presidente americano entrou em contato com Dilma para parabenizá-la pela reeleição e disse esperar encontrá-la na reunião do G20.
Obama afirmou que valoriza a parceria com o Brasil e vê grandes oportunidades de cooperação em várias áreas, além de ter reiterado o convite para uma visita de Dilma à Casa Branca. Porém, a dois anos do fim de seu mandato, são muitos os obstáculos para que a viagem se concretize.
FONTE: Carta Capital
Completando:
O nosso País pode e deve reaproximar-se dos EUA, mas com altivez e pragmatismo, sem ideologias furadas.
Prezados, boa tarde.
Espionagem, seja para fins puramente políticos, seja para objetivos puramente econômicos, é inaceitável. Posto isto, infelizmente, desde tempos imemoriais que a espionagem acontece, tanto em ambientes de guerra como de paz, com finalidade nobre ou nem tanto…
A realidade impõe que quem não quer ser espionado tem de ser discreto e, principalmente, saber se defender disso (contraespionagem). E, para os que espionam, a regra de ouro é não ser pego. Jogos de gato e rato, portanto.
O problema maior é o seguinte: “os EUA não têm amigos, têm interesses”? Este é o enfoque errado da discussão, em meu entender. O correto é “Estados, quaisquer que sejam, não têm amigos, têm interesses”. Este é o cerne.
Quando se parte desse pressuposto, a coisafica mais clara.
Assim, da mesma forma que os EUA competentemente defendem os interesses deles, o Brasil deve defender os seus. Em todos os aspectos e em todos os setores.
Isso não significa “demonizar” osO EUA. Muito inversamente, pois são país com vários valores comuns aos nossos, além de grande potência econômica, tecnológica e militar, significa aproximar-se deles com inteligência, com respeito, com independência, com cautela e com senso de oportunidade. Significa encontrar nichos de complementaridade, afastando os pontos em que há concorrência; significa o estabelecimento de parcerias e de projetos comuns, ao invés de predação e sabotagem; significa uma convivência mais harmoniosa e não turbulenta.
Felipe bom dia ,não precisa se informar sobre a competência e das obrigações da presidenta quanto ao seu país , pois até o leigo sabe , mais acima de tudo em vez de viajar para preconizar a sua ideologia , ela deveria estar aqui para dar explicações da sua época da Petrobras .Não digo que ela é uma péssima presidenta , ele tem mérito pois desde que a esquerda entrou nunca se investiu tanto nas forças , é pouco ,é , mais melhorou muito.Mais com relação a corrupção também aumentou muito .
Amigos, indpendente da ideologia alguém aqui considera aceitável a espionagem tanto com fins política quanto industrial realizada pelos ianques ???
Francamente, desculpe a agressividade das palavras, mas vamos nos informar antes de emitir um parecer sobre a situação.
No Brasil, o presidente da república acumula as funções de chefe de estado e chefe de governo. O encarregado quanto à investigações é a polícia federal, tribunal de contas, poder legislativo com a supervisão do Ministério Público.
De que adianta a presença da Presidente no curso das investigações.
E sinceramente, não concordo em jogar a culpa aos ventos. Não acredito nessa conversa de “não sabia”. Até por que, se nossos presidentes “nunca sabem” o que rola, para que temos presidente então na função de chefe de governo?
Mas aguardemos as investigações para falarmos se fulano ou ciclano são culpados. Tem muita gente com culpa no cartório ai….mas vamos aguardar.
Enquanto isso , nada de Pantsir , nada de deslocamento das tropas do sul e do Rio de janeiro para guarnecer o centro oeste , realmente o Brasil é uma mentira do tamanho do congresso e da bolsa familia .E vc Fred que acha que não tem nada a ver a Presidenta estar aqui por causa das investigações , ela tinha que estar aqui sim pois foi o partido dela que esta no meio do roubo e da quebra da Petrobras .
BRASIL ACIMA DE TUDO
EUA não tem amigos, eles tem interesses … ela fez bem em não trazer os F18 … a melhor opção, sem dúvida foi a compra dos jatos da Saab… de resto, é política internacional… ninguém quer sair feio na foto … até lá as conversas vão acontecendo … aliás, viva a soberania nacional !
Sorrisos hipócritas, diálogo infindáveis que não chegam a acordos nenhum ,falsos moralistas.o BRASIL ,precisa urgente de um presidente firme nos diálogos ,sem hipocrisia e sem sorrisos zeloso com nosso petróleo ,nióbio enfim todas as riquezas do BR.
Caros, nada tem haver com as manifestações ocorridas aqui. Meia duzia de antinacionalistas que somente querem encher as burras. Estas reuniões são Fundamentais para o projeto pantsir nacionalizado com a Rússia, a melhoria do comercio exterior etc
Lá vem o “zoiudo” do Obama !!!
Para se ter uma relação com os EUA que possa trazer proveito para o Brasil tem que ter muita cautela, temos que ser mais falsos do que eles… Um sorriso, um tapinha nas costas, mas uma faca bem afiada só por precaução.
Alyson dilma gueria f18 mais a fab era gripen já o rafale dilma n guis por causa q Paris apoio o bombardeio lá na siria
A Derrota no FX-2 foi principalmente causada pela espionagem Estadunidense? ou o Gripen sempre foi o favorito ?
Alyson, sempre houve uma desconfiança da real disposição/intenção dos americanos em transferir a tecnologia, no entanto a Boeing e a Embraer seriam beneficiadas com está venda. O ambiente era propicio para se fechar o negócio, e o que se especulava, é que seria anunciado durante a visita de Estado que a Presidenta Dilma Faria a Washington, mais as revelações de espionagem melaram o negócio. No final não escolhemos (ao meu ver), mais sim fomos levados ao Gripen NG, pelos seguintes motivos:
1 – O Frances Rafale era a escolha óbvia, por já estarmos adquirindo tecnologia francesa em outras áreas, e por este ter um maior percentual de tecnologia embarcada não-americana, sendo assim menos propenso a vetos dos americanos. O que impediu foi seu custo proibitivo para o orçamento da FAB.
2 – O Americano F/A-18E/F Super Hornet – preferido da Embraer, não foi escolhido a principio pela não garantia de transferência de tecnologia, e posteriormente (quando o Rafale se mostrou caro demais), pela questão da espionagem.
E por fim o Gripen NG sobrou como sendo único possível de ser escolhido já que nesta altura a FAB já não poderia esperar mais pela escolha.
Todos os três são ótimos vetores, mais ao meu ver o Gripen tem em sua vantagem: custo, e acesso aos códigos fontes da aeronave. Já entre suas desvantagens estão: uso de tecnologia Inglesa, mais que a americana, devido a disputa com os Argentinos.
A batata dela aqui está assando em vez de voltar logo arregaçar as mangas e começar a trabalhar e apurar o rombo na Petrobras.
Nada haver…Presidente, governador e prefeito não investigam nada, quem tem esta função são as policias e a procuradoria. Com os juízes julgando.
Chama-se à isto, de “separação de poderes”…