No dia 14 de maio, foi realizado o adestramento “SEAMANEX 02”, na área de operações marítimas da costa do Líbano, com seis navios componentes da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-UNIFIL).
Durante o exercício, que compreendeu a realização de manobras táticas entre a Fragata Liberal, os navios Frettchen e Wiesel da marinha da Alemanha, o navio Atak da marinha da Turquia, o navio Madhumati da marinha de Bangladesh e o Franz Kaisiepo da marinha da Indonésia, foi possível constatar a prontidão dos meios navais onde a interoperabilidade e a uniformidade dos procedimentos adotados permite a coordenação e o emprego dos mesmos.
A Força-Tarefa Marítima da UNIFIL foi criada no ano de 2006 com as tarefas de realizar o guarnecimento ininterrupto da costa libanesa para a condução de Operações de Interdição Marítima (MIO) e apoiar no treinamento da marinha do Líbano.
Um impedimento para operar com um NPaOC na UNIFIL é a ausência de hangar para prover melhores condições de manutenção e proteção de um helicóptero Super Lynx nessa comissão de 6 meses.
Na questão da defesa orgânica das fragatas brasileiras ( que vem se revezando neste serviço, uma fragata por vez na missão ), quatro novos reparos para metralhadora .50 foram instalados, dois ficam na proa, logo adiante da superestrutura e as outras duas estão no convés do chaff, a ré.
As principais tarefas dos navios brasileiros no local, junto com os outros navios da força internacional, são contribuir para evitar a entrada pelo mar de armamento não autorizado pelo Governo Libanês, por meio de Operações de Interdição Marítima; e auxiliar a Marinha Libanesa no treinamento de seu pessoal, para que ela seja capaz de controlar suas águas territoriais no futuro.
É prudente analisar também que nessa missão não se descarta que unidades navais inimigas possam estar carregadas com armamentos de alto potencial, então para enfrentar uma eventual ameaça assim, um navio mais capacitado, com maior potencial de combate como as fragatas Niterói, são os mais indicados para a função.
Veja o caso dos dois navios alemães, o Frettchen e Wiesel, da classe Gepard , que são unidades de ataque, armados com canhão de 76 mm, mísseis Exocet e um sistema de defesa de ponto antiaéreo GDC RAM , a unidade da Turquia que é o TCG Atak, classe Kılıç, também é armado com misseis antinavio Harpoon, canhão de 76 mm de emprego múltiplo, o navio de Bangladesh, que é o Madhumat, é uma embarcação de patrulha e portanto pouco armada, mas aí cabe o critério de que ele não está efetuando missão de comando como o navio brasileiro, os espaços a bordo nesse caso não são uma necessidade como a do brasileiro, de embarcar um estado-maior , um Grupo de Mergulhadores de Combate (GruMeC, 8 homens) e um Destacamento de Fuzileiros Navais ( 18 homens ). A presença do helicóptero orgânico Super Lynx também aumenta o efetivo a bordo por causa do Destacamento Aéreo Embarcado ( 14 homens ).
A fragata brasileira é o navio capitânia e permite assim que o Comando da Força-Tarefa passe a ser exercido do mar, daí a necessidade de ser um navio mais capaz em termos abrangentes.
E o restante, aditivo, seria como o colega Valter citou.
Uma questão: será que não seria mais indicado a Marinha do Brasil utilizar um dos novos navios de patrulha oceânica para atuarem na UNIFIL, já que o trabalho é praticamente o de uma guarda costeira, mesmo que considerarmos o ambiente tremendamente hostil?
RobertoCR. Não não seria adequado, uma vez que a MB é que comanda as operações navais da UNIFIL, para tanto, é necessário que exista uma embarcação que possa manter um estado maior embarcado, coisa que um NaPaOc não é capaz de oferecer em função de seu tamanho reduzido. Daí o emprego das Fragatas Classe Niterói, que tem instalações mais amplas, e claro, maiores capacidades que um Classe P 120