O estaleiro espanhol Navantia acabou de se juntar à lista de empresas que participam do contrato para a construção de pelo menos 20 navios para a Marinha dos EUA . A empresa assinou um acordo com a empresa americana Bath Iron Works, pertencente ao grupo General Dynamics, na última quinta feira, para colaborar no programa FFG (X) a nova geração de fragatas para a Marinha dos EUA.
A Navantia em uma declaração, enfatizou que “a associação entre o Bath Iron Works, designer e construtor de alguns dos navios militares mais avançados do mundo, e a Navantia, designer de fragatas de primeira classe, podem fornecer à Marinha dos Estados Unidos, navios de superfície mais ainda mais capazes e com custo reduzido”.
O acordo estabelece que ambas as empresas irão trabalhar em uma evolução da família de fragatas F-100 da Armada Espanhola, equipada com o sistema de combate americano Aegis. Nos últimos anos, este modelo foi exportado com sucesso pela Navantia para a Marinha da Noruega ( F-310 ) e para a Marinha Real da Austrália (destroyers AWD).
Este modelo tem a vantagem de já estar operacional em três Marinhas aliadas com ampla experiência em operações e exercícios. Neste último ponto, destaque para a interoperabilidade com os destroyers da Marinha dos EUA com a qual compartilha o sistema Aegis.
Também deve ser observado que, para garantir que o programa se desenvolva em termos de custo e prazo, a Marinha dos Estados Unidos estabeleceu o requisito de projetos existentes e em serviço.
Programa FFG-(X)
O programa FFG (X) proporcionará aos comandantes da frota dos EUA um recurso excepcionalmente capaz para alcançar os objetivos de domínio e segurança no mar, bem como facilitar operações em qualquer espaço em apoio ao grupo de ataque e as operações associadas com a frota. Com um plano de aquisição inicial de 20 unidades, a adjudicação do contrato de design detalhado, a construção está prevista para iniciar em 2020.
O presidente da Navantia, Esteban Garcia Vilasanchez , disse: “estamos encantados de colaborar com o Bath Iron Works no programa FFG (X)”. Nossa aliança começou nos anos 80, quando trabalhamos juntos para trazer o design da fragata FFG Oliver Hazard Perry, classe Santa Maria para a Espanha, criando em nosso país uma indústria moderna da construção naval”.
Ele acrescentou: “É uma grande honra para a Navantia ter a oportunidade de trabalhar novamente com a Bath Iron Works, oferecendo nossos recursos de design para os Estados Unidos”.
Por sua parte, o presidente do Bath Iron Works, Dirk Lesko, explicou que sua empresa “avaliou muitos projetos americanos e estrangeiros que atendem aos requisitos do programa FFG (X) e concluiu que a família de fragatas projetada e construída pela Navantia se encaixa perfeitamente”.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO:DAN
FONTE: Infodefensa
Sonho de consumo: Aegis e SM
Falar mais o quê?
Astolfo,
Questão de custo/benefício, sempre…
Manter vasos de 10000 ton. navegando o tempo todo não é fácil. Só um ‘Arleigh Burke’ deve custar o equivalente a três ‘Niterói’ pra manter… Começa por aí…
Há também a questão de que, desde a desativação da classe OPH de fragatas, ficou uma lacuna na USN de um vaso intermediário, que deveria ter sido preenchida pelas atuais classes de LCS ( Littoral Combat Ship ), mas que até agora não foi de fato.
Não faz sentido deslocar ‘Burkes’ para cumprir missões que fragatas menores poderiam levar a efeito com igual desenvoltura.
E ainda, a USN precisa fazer números, haja visto que não tem navios pra todas as missões que se propõe.
Nao entendi o porque da US Navy querer fragatas, se conta com Destroyers de 10.000 ton, alguem pode me explicar ?
Se a MB pretende escolher um Escolta de 6.000t, essa concorrência influenciará em muito na Escala dos navios envolvidos na disputa. O que pode ser muito bom para a logística de uma possível escolha da MB.