David Cameron rejeitou as acusações de que um programa de construção naval da Marinha Real foi adiado porque o Ministério da Defesa estaria “sem dinheiro” para financiá-la.
O Primeiro Lorde do Almirantado (Comandante da Royal Navy), almirante Lord West deu provas na terça-feira para o comitê de defesa da aquisição de novos navios para a Marinha Real. E ele levantou preocupações sobre a aparente falta de dinheiro disponível para financiar a construção de novas fragatas Type 26.
A questão foi levantada através de perguntas ao Primeiro Ministro por Steven Paterson do SNP. O MP de Stirling disse: “Ontem na comissão de defesa, o Primeiro Lorde do Almirantado, almirante Lord West comentou que o Ministério da Defesa tinha efetivamente ficado sem dinheiro para a construção naval.”
“Relatórios sobre outro submarino russo que teve de ser escoltado para fora das águas britânicas durante a noite, fez o primeiro-ministro compartilhar minhas preocupações de que os atrasos para iniciar as novas fragatas, está causando problemas reais e concorda que é essencial que o o dinheiro seja alocado para entregar este programa na íntegra e em dia”
Cameron respondeu: “Certamente não é o caso deste país de forma alguma ficar sem dinheiro ou ficar sem ambição quando se trata de construção naval. Atualmente, estamos construindo os dois maiores navios que a Royal Navy já teve, e nós iremos em breve colocar em funcionamento o programa da Type 26, bem como os navios de patrulha off-shore. O ponto que gostaria de mostrar-lhe é que há apenas um caminho que poderia ameaçar a construção naval no estaleiro Clyde. Seria levar a construção para fora do Reino Unido e ver os trabalhos serem dizimados como resultado.”
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Portsmouth News
NOTA DO EDITOR: A Marinha do Brasil recebe através de diversos espaços, criticas sobre a demora na realização de seu reaparelhamento. Apesar de entender a ânsia de ver nossa Marinha atualizada com o que existe de melhor, é necessário que se perceba que verbas não são fáceis de se conseguir, ainda mais com o nosso país passando por esta crise financeira. A Marinha faz o que pode com o pouco que lhe cabe. O certo é criticar quem realiza os cortes em seu orçamento, prejudicando todo ano a programação para a realização de seu PRM.
Não acho que falte críticas á quem faz o corte no orçamento, basta ver a reação a cada novo ministro da defesa que aparece (e por extensão seu superior). As forças armadas têm vários projetos e pouco dinheiro em suas respectivas áreas, seja para aquisição, modernização ou construção de novas estruturas (nova esquadra). Muitos acham os nossos almirantes megalomaníacos por causa do porta-avião e do submarinos nuclear. Mas nosso país é grande, e precisamos ter uma marinha proporcional a essa demanda. Se a marinha tivesse escolhido os U214 hoje eles estariam a passos lentos de produção, mas a culpa só seria do governo e não do almirantado.
David Cameron teve que dar uma resposta realista aos criticos: ja estamos construindo dois grandes porta-aviões, as fragatas devem esperar sua vez. Mas a OTAN tem outra alternativas em matéria de escoltas como os franceses, alemães, espanhoes e italianos. Se bem que os britânicos não gostam tanto dos companheiros europeus por querem distância da moeda única e de não participarem do projeto fremm.
Andre…
os britânicos desistiram de participar do projeto “Horizon” que resultou em dois navios para a marinha francesa e dois navios para
a marinha italiana…não havia necessidade dos britânicos participarem do projeto FREMM já que as T-23s eram relativamente
novas e não precisariam ser substituídas como estão sendo as fragatas francesas e italianas.
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Também a França não quis participar do avião de caça “Typhoon”, adquirido por britânicos, espanhóis, italianos e alemães
e optaram pelo Rafale isso não significa que os franceses não gostem dos outros e sim que nem sempre o que é bom para
um é bom para todos e o que é bom para a maioria não seja tão bom para um.
A marinha inglesa está chorando de barriga cheia nos últimos anos quantos meios foram incorporados a marinha submarinos nucleares da classe Astute está em construção 2 porta aviões e as futuras Type 26. Enquanto aqui praticamente poucos meios navais foram comprados pela marinha a culpa não é só dela é dos nossos governantes que acham que vivemos num mundo igual a ilha da fantasia.
Não há “barriga cheia”…a Royal Navy é uma marinha com comprometimentos globais, Atlântico Norte e Sul, Mediterrâneo, Mar
Arábico, Pacífico e claramente é pequena demais para tudo isso.
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Apenas dez anos atrás a Royal Navy era maior…25 combatentes de superfície entre destroyers e fragatas e agora está reduzida a
19 e deverá ficar assim e provavelmente algumas T-26s serão menos capazes . O número de submarinos de ataque era 10,
agora foram fixados em 7 e os 2 LPDs passaram a operar sob forma de rodízio …enquanto um está ativo o outro permanece
“hibernando” e anos são necessários para traze-lo de volta ao serviço para então o outro “hibernar”.
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Os 2 NAes em construção serão mais capazes que os 2 “porta-harriers”, espera-se que um esteja a maior parte do ano disponível mas a Royal Navy irá perder o LPH o HMS Ocean !