O míssil de cruzeiro atingiu o seu alvo localizado a 200 quilômetros deixando uma “cratera fumegante”.
O Ministério da Defesa russo lançou o primeiro vídeo do lançamento de um míssil furtivo de cruzeiro a partir de um sistema de lançamento Iskander-M, em 15 de Abril último.
O teste foi realizado a partir de campo de Kapustin Yar. O míssil de cruzeiro atingiu o seu alvo localizado a 200 km do ponto de partida e não foi detectado porque o projétil foi fabricado com tecnologia “furtiva”, que reduz a sua seção transversal dos radares. No que seria o posto de comando do inimigo, localizado em um bunker, sobrou um ‘cratera fumegante “após o ataque, disse o ministério em um comunicado.
O sistema de mísseis Iskander-M integra quatro tipos de míssil aerobalísticos e um míssil de cruzeiro. O Iskander-M foi projetado para lançar ataques com mísseis de precisão contra alvos terrestres tais como centros de comando, grandes concentrações de tropas, armas de fogo, centros de defesa aérea, aviões e helicópteros no solo. O míssil é muito difícil de encontrar e impossível derrubar.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: RT
Medvedev advertiu que seriam instaladas baterias desses mísseis em Kaliningrado caso EUA insistisse na instalação do escudo de mísseis balísticos na Polônia… não me surpreenderia se não for isso que o avião espião da USAF estava procurando em seu recente voo interceptado sobre o Báltico
Topol…
Primeiro: os americanos estão preparados para dar o troco na mesma moeda… Mísseis ATACMS poderiam ser, da mesma forma, posicionados ao redor do enclave russo… Se Iskanders partirem de Kaliningrado, a localidade é varrida a fogo no momento seguinte…
Sistemas como o Patriot PAC-3 estão aptos a lidar com um sistema como o Iskander. Aliás, se não me engano, já existem baterias na Polônia…
Posicionado em Kaliningrado, esse sistema estaria muito vulnerável a reconhecimento ( não se esqueça que o lugar é mais ou menos do tamanho do Sergipe… ), o que poderia ser feito do continente mesmo, com aeronaves no limite do espaço aéreo e enxergando fundo em domínio russo… Ademais, é certo que tanto poloneses quanto americanos já fizeram um levantamento de toda a localidade russa e certamente sabem os pontos mais prováveis de onde um Iskander poderia ser lançado.
Enfim, é um erro acreditar que os americanos não sabem jogar o mesmo jogo…
É… só que o Iskander, ou melhor, os mísseis do sistema Iskander tem TVC e são manobráveis, além de possuírem dispensadores de chamarizes no próprio míssil, para driblar os interceptadores do Patriot…
Já o ATACMS é pouca coisa melhor que um foguetão balístico… um sistema de armas counter stand-off (Pantsir, TOR) posicionado fazendo a proteção do Iskander garante o sucesso da operação. A menos que haja um ataque de saturação…
Mas concordo com você que o enclave é vigiado cada centímetro, a presença do RC-135 no Báltico prova isso.. . e se a OTAN realmente quiser ele é varrido do mapa de todas as formas possíveis.
Concordo que o Iskander é mais avançado. Não ouso discutir que é algo impressionante sob todos os ângulos ( e eu realmente gostaria de ve-lo no arsenal do Brasil; e pra ser sincero, a combinação de uma unidade de lançamento mais simples com o Iskander seria o melhor dos mundos, como os americanos fazem com o ATACMS e o veículo HIMARS )… Contudo, o novo Patriot também o é…
O PAC-3 possui um seeker na banda ‘Ka’ ( em ‘microwave’ ). Não é algo simples de iludir com chaff… E antes da fase terminal, para alinhar com o alvo, entendo que o Iskander deverá parar de manobrar, o que significa que será um alvo menos difícil.
Olha aí o que vai acontecer com o escudo anti mísseis dos EUA, vai virar uma cratera fumegante… O Iskander é o martelo de batalha russo, a versão “M” composta por um lançador com 1 míssil balístico 9M273 de 500 km de raio é especificamente usada pelas forças terrestres russas e sua principal finalidade é o golpe de decapitação… já a versão “E” está disponível para exportação porém teve seu raio de ação limitado em 280 km para atender ao MTCR no entanto é composta por um veículo lançador com dois mísseis… há também a versão “K” que usa mísseis de cruzeiro tipo GLCM (groun lauched cruise missile) com alcance aumentado, esta versão tem duas variantes distintas, uma tem dois TELs com mísseis 9M278 com 500 km de alcance e a outra contem 4 TELs com 4 mísseis de cruzeiro R-500 podendo atingir alvos a até 2000 km longe do lançador, estes mísseis usam tecnologia similar ao do BGM-109 americano com guiagem INS/Glonass e orientação final por comparação da silhueta do alvo (DSMAC)
Errata: A versão “M” tem dois mísseis e a versão “E” de exportação tem um míssil só.
Levando em conta o tempo de resposta e a capacidade de penetração deste sistema eu creio que ele representa o futuro da guerra moderna e é o calcanhar de Aquiles dos EUA. Na guerra moderna tudo é muito relativo. Os EUA e sua industria estão investindo em caças invisíveis, drones e misseis do tipo Tomahawk em navios.
Mas a industria dos EUA não tem interesse em sistemas baratos e com fácil manutenção como este, e sim em caças invisíveis com uma manutenção bem mais cara (o interesse esta no custo “lucro” com a manutenção e treinamento, um caça demanda varias horas de voo etc um sistema como este apoiado por um drone por exemplo pode disparar um salva de misseis e fazer o mesmo trabalho de grupo de caças com um risco bem menor e muito mais capacidade de penetração e ainda dependendo do caso com um tempo de resposta bem menor; eu creio que se algum dia ocorrer uma guerra numa escala um pouco maior com o uso de um sistema destes haveria uma mudança radical na industria bélica atual.
Munhoz…
No que diz respeito a investimento americano em armas táticas, há um exemplo claro com o ATACMS, muito similar ao Iskander… Há também pesado investimento em outras armas táticas.
Comparar eminentemente táticas, como misseis balísticos táticos ( TBM ), com armas de elevado potencial estratégico, como aeronaves, não é correto. A usabilidade é completamente distinta… As plataformas para os TBMs, devido ao alcance restrito, tem que estar obrigatoriamente no TO ( na imediata retaguarda das tropas ) para serem usadas; aliás, TEM que ser usadas no TO. Já as aeronaves, mesmo quando em função de ataque tático, podem ser baseadas mais ao longe do fronte e penetram muito mais fundo no território inimigo, indo além da retaguarda adversária e martelando suas artérias; sua base logística. E se for uma aeronave estratégica, visa aniquilar o potencial de combate destruindo instalações vitais ( portos, aeroportos, etc… ).
Você tem que avaliar da seguinte forma; realmente são sistemas diferentes mas no entanto o que eu estou querendo dizer é que misseis como este podem ter seu alcance camuflado (oficialmente 200 ou 500 Km mas na real 2.000 Km) dai seu alcance pode até superar o de um caça, sendo o tempo de lançamento também mais curto e a capacidade de penetração superior a de um caça,
Até o momento ainda não tivemos uma guerra onde misseis balísticos foram usados em larga escala contra tropas e bases estratégicas, sendo que nas ultimas guerras do golfo os EUA usaram uma grande quantidade de misseis de cruzeiro para neutralizar logo de inicio o inimigo agora você imagine misseis de cruzeiro como este invisíveis aos radares ou misseis balísticos em larga escala numa guerra sendo disparados de uma vez, com certeza é o melhor meio de ataque (se não o fosse 80% das armas nucleares não estariam instaladas em misseis balísticos) o que ocorre realmente é que a industria quer os caças pelo lucro que geram e não pela sua real capacidade (sendo que podem até ter uma capacidade numa guerra localizada, mas numa de maior escala veremos estes misseis superarem os caças ) quanto ao fato dos EUA terem sistemas semelhantes realmente isto ocorre no entanto estas armas não são devidamente valorizadas por eles.
Munhoz…
Não dá pra essencialmente “camuflar” o alcance de um míssil… Normalmente, quanto mais longe ele vai, mais estágios ele vai ter e/ou mais combustível vai levar, o que vai deixar ele bem mais grandinho ( ou vai ficar bem mais gordinho )… Também não é uma coisa fácil de ocultar; ainda mais na era dos sistemas de varredura SAR…
Um míssil tático com mais de 1000km de alcance não um negócio barato… Um ataque de uma aeronave de caça com armas guiadas é, no final da conta, mais barato que um míssil balístico com essa alcance. Lembre-se de que a aeronave retorna. Já o míssil, não…
Ademais, estamos falando do Iskander, que é um sistema eminentemente tático…
Por tanto, insisto: não são apenas armas diferentes… A usabilidade é completamente distinta… Mísseis táticos visam pontos duros no teatro de operações. As aeronaves, em caráter tático, visam posições na linha de frente ou concentrações medianas de força… Afinal de contas, ninguém vai usar um sistema como esse contra um punhado de soldados em trincheiras ou uma fileira de carros de combate… Isso seria um contra-senso; um desperdício…
E mísseis com mais de 2000km já são tipos para além do TO… São consideravelmente mais caros e visam alvos grandes e especiais ( depósitos, quartéis, aeroportos mais próximos da linha de frente, etc… ).
E por fim, existem foguetes guiados com o mesmo alcance dessa variante do Iskander na matéria que são muito mais baratos e fazem o mesmo…
Eu não quero dizer que os caças devem deixar de existir no entanto deve ser levado em consideração a maior capacidade de penetração de um míssil como estes, e os futuros que estão sendo desenvolvidos, levando em conta o baixo custo de treinamento e manutenção quando comparado a uma frota de caças, o custo e risco humano, a capacidade de resposta e dispersão quando comparado a uma frota de caças que necessita de bases e pistas enquanto um míssil precisa apenas de lançadores moveis onde há uma tremenda vantagem nesse ponto, o que eu estou querendo dizer é que são vários que somente o futuro nos dirá qual sistema ira funciona.
Isso porque levava uma carga explosiva comum, pois o Iskander M pode utilizar mísseis com ogiva nuclear, aí o estrago é outro.