A Denel Dynamics concluiu recentemente seus testes de qualificação de mísseis ar-ar V3E Agile Darter (A-Darter), tornando as entregas para a Força Aérea da África do Sul (SAAF) o próximo passo. De acordo com o gerente de programa de Denel Dynamics A-Darter, Japie Maré, tudo o que resta é a papelada, que ele espera concluir em abril do próximo ano.
Maré disse que “não haviam muitas empresas no mundo que pudessem fazer isso”, referindo-se ao projeto do A-Darter, como um “míssil dogfighting de quinta geração”.
Usando uma cabeça de busca infravermelha (IR) para imagens, o A-Darter é capaz de se fixar em um alvo mesmo após o lançamento, o que significa que é mais difícil para os sensores da aeronave alvo detecta-lo. Há também o mínimo de alumínio no propulsor, o que ajuda a reduzir a trilha de fumaça, mais uma vez, para dificultar a identificação da origem do míssil. A cabeça de busca IR é capaz de superar contra-medidas padrão, como flares.
Maré disse que A-Darter poderia ser lançado em um alvo perpendicular a ele e mais (180 graus) para o caça. “Se você ainda pode ver o alvo, você pode lançá-lo. Fizemos alguns desses lançamentos, e é quase como um tiro no ombro”. Embora o A-Darter seja um míssil de curto alcance, ele tem um alcance de 20 quilômetros.
O A-Darter é um míssil de quinta geração, que é descrito como: “Em termos dos ângulos de busca, isso é mais amplo, as taxas de rastreamento são mais amplas, assim como as Gs que o míssil pode puxar. O A Darter foi projetado para 85Gs e também impulsionou o controle vetorial para girar mais rápido”.
Em um e-mail a defenceWeb, Maré apontou que o míssil foi projetado para 85Gs, mas medições de teste de vôo maiores do que isso foram registradas. Este é um número extremamente alto.
Maré explicou que o A Darter havia sido “integrado ao Gripen” em 2011 e que havia disparado o míssil 22 vezes do Gripen. Ele disse:“Agora terminamos com os lançamentos de qualificação”.
Ele disse que a Denel construiu três tipos de A-Darter. O primeiro é um míssil de manejo. “A Força Aérea usa isso para fins de treinamento para a equipe de terra, como manusear a arma, como tirá-la da caixa, como colocá-la de volta. O segundo é o míssil instrutor que se parece com o míssil operacional, exceto que ele não tem uma ogiva. O motor do foguete também não é operacional. Ele tem um buscador real ativo para fins de treinamento”. Ele explicou que, como os mísseis estão na ponta da asa do Gripen, dois mísseis podem ser lançados e, para treinamento, o piloto pode praticar com a cabeça ativa contra alvos em potencial. A terceira versão é o próprio míssil operacional.
Ele acrescentou que a Denel estava executando um programa de obsolescência para o míssil, o que significava que, à medida que os componentes se tornassem obsoletos, eles procurariam construir novos componentes ou adquiri-los em outro lugar.
De acordo com um site brasileiro, o A-Darter fará parte do arsenal da série E do Gripen. O Brasil encomendou 28 caças Gripen de assento único e oito de dois lugares Gripen F, com entrega prevista para 2019. O A-Darter provavelmente será entregue no próximo ano também.
Havia planos para integrar o A-Darter no Hawk Mk 120 da SAAF (e no F-5EM do Brasil), mas a integração do F-5 foi cancelada e a integração do Hawk adiada devido a restrições de financiamento. Outro possível cliente da A-Darter é o Paquistão, que está considerando o projeto para seu caça conjunto com a China, o JF-17 Thunder.
O A-Darter foi desenvolvido em conjunto com o Brasil, mas mudanças no ambiente brasileiro, notadamente a falta de investimento da Mectron no setor de defesa, retardaram a produção.
A África do Sul é um dos poucos países que desenvolveu mísseis ar-ar de quinta geração, junto com nações como Estados Unidos, França, Alemanha, Rússia, China, Japão e Reino Unido.
FONTE: defenceWeb
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
A ideia de se utilizar o sistema a-darter como AA de terra pode ser muito interessante, até porque diversos países já fizeram isso com sucesso e trata-se de uma opção muito mais econômica do que criar um vetor do zero completamente dedicado à função. Há um claro ganho na escala de produção. No caso, há apenas a necessidade de se acoplar um booster para se ter um ganho de alcance. Apenas espero que criem versões com alcance médio pelo menos (50 a 70km), pois para função de defesa de ponto já existem diversas opções mais baratas e portáteis. Já para defesa aérea estratégica (longo alcance), o custo envolvido e a complexidade aconselham um sistema totalmente dedicado. Porém, dada a restrição orçamentária, utilizar alguns dos “SONDA” já testados e eficazes, como booster, pode ser uma solução barata e um gigantesco ganho de tempo.
Agora é se preparar para comprar a quantidade ideal desses misseis e ja tentar participar de uma parceria para o desenvolvimento de algum missel BVR
Iran! Muito bom seu comentário
Espero que o Brasil faça a mesma coisa entrando no desenvolvimento conjunto do Marlin e assim a FAB terá seu futuro míssil ar-ar BVR e conquistando sua independência por mísseis ar-ar estrangeiros.
Está na hora de começa r a pensar em um sistema RIM-RAM naval com o uso desses mísseis
E não era sem tempo…
Um petardo de 5G será imprescindível aos combates futuros, nos quais os fatores humanos imporão limites decisivos a maneabilidade de meios tripulados.
Esse mesmo míssil, sem sombra de dúvidas, pode futuramente dar origem a um sistema AA, ou mesmo fazer parte do sistema AA de futuros navios.
antes Adarter do que nunca
A-Darter ainda ? De novo ? Outra vez ? rsrsrs. Esta novela já virou comédia pastelão. Sinceramente já deu, rsrsrs.