Chanceler alemã defende uma política externa e de defesa comum que coroe a integração política alcançada na UE
Mais aplausos e mais vaias que nenhum outro líder europeu. A chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, conseguiu nesta terça-feira encantar e irritar por igual os diferentes grupos políticos do Parlamento Europeu durante um discurso solene que já esboça o testamento político da líder que marca desde 2005 a história da União Europeia.
Merkel defendeu sem rodeios uma política externa e de defesa comum, que coroe a integração política alcançada durante os últimos 60 anos em áreas como a política monetária e a eliminação de fronteiras. A moeda única e o espaço Schengen foram “projetos visionários” em sua época, recordou a chanceler. “Agora, continuaremos trabalhando na visão de ter um dia um verdadeiro Exército europeu”.
A líder alemã se soma assim à proposta lançada pelo presidente francês, Emmanuel Macron. Uma ideia que provocou a ira do presidente dos EUA, Donald Trump, que nesta mesma terça-feira lembrava a Macron, pelo Twitter, que o inimigo tradicional da França sempre foi a Alemanha. Merkel, como se respondesse a esse tuíte, ressaltou no Parlamento que a criação de um Exército europeu “demonstrará ao mundo que uma guerra entre países europeus nunca mais será possível”.
As palavras da chanceler provocaram aplausos dos grupos mais europeístas e vaias dos eurocéticos e soberanistas. “Não me assustam, eu também sou parlamentar”, reagiu calmamente Merkel aos sinais de protesto. “As vaias me honram e demonstram que tenho razão”, acrescentou, enquanto continuavam os gritos de desaprovação. Muito menos diplomática foi a reação do presidente do Parlamento, Antonio Tajani. “Precisamos de um veterinário na sala?”, alfinetou o italiano diante da atitude dos eurocéticos.
As manifestações de apoio e rejeição demonstraram que o comparecimento de Merkel, provavelmente a última no Parlamento Europeu, não era apenas uma participação a mais na série de encontros que o Parlamento Europeu está realizando com os chefes de Governo para analisar o futuro da Europa (para janeiro é aguardado o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez).
A chanceler chegou a Estrasburgo pouco depois de anunciar que começará a se retirar em dezembro da política (abandonando a Secretaria-Geral da CDU, seu partido). Sua saída, como a própria Merkel assinalou no Parlamento, coincide com uma grave crise de identidade da União Europeia, desconcertada com as rachaduras na ordem internacional forjada na segunda metade do século XX e com o distanciamento de um aliado essencial como os EUA.
Nesse cenário de temor e mudança, a chanceler aproveitou para assumir o papel de autoridade moral e política frente à tendência autoritária e antieuropeia de um crescente número de Governos da UE. Ela fez críticas à esquerda e à direita — contra executivos de sua própria família política (Partido Popular Europeu) e de partidos esquerdistas. “Quem põe em perigo a liberdade e o Estado de direito em seu país está pondo ambos em perigo em toda a Europa”, advertiu Merkel, em uma mensagem claramente dirigida à Hungria de Viktor Orbán e à Polônia de Jaroslaw Kaczynski.
FONTE: El País
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Até 2050 a União Europeia não vai mais existir…primeira grande crise no continente já era…desde a crise de 2008 esse bloco vem afundando de mãos dadas, isso que a crise nem foi na Europa. A maioria dos países estão sobrecarregados com serviços públicos, população envelhecida, racismo enorme por parte dos imigrantes, choque cultural, violência, atentados terroristas. Como diz uns conhecidos, há 2 Europas, uma antes de 2008 e outra depois de 2008, havia Paris da luzes e do amor, hoje há Paris das favelas, estupros e atentados terroristas.
Com a China, Índia, Indonésia, Vietnam entrando com peso na economia mundial os países europeus perderam força, terão que passar por uma revolução interna para conseguir competir com China e companhia, países que não respeitam tratados, que fazem o capitalismo mais selvagem que existe…A Europa do bem-estar social morreu!
Esse papo de exército europeu é uma tentativa de tentar manter vivo um bloco que já morreu!
Defesa em comum não tem nada a ver com exército em comum. Essa Nova Ordem Mundial quer derrubar fronteiras sob pretextos chantagistas de clima e integração com esses embustes patéticos para controlar o mundo. Entra geração sai geração da Europa e só se vê tranqueira naquele continente.
Guilherme, dia 7 de dezembro fez 77 anos do ataque japonês a Pearl Harbor.