Segundo o site Defensa.com, a Marinha do Peru, confirmou aquisição do Navio de Apoio Logístico HNLMS Amsterdam A-386.
O contrato de valor não revelado, prevê a entrega do navio à Marinha ainda este ano em dezembro. Este aquisição faz parte do programa Modernização das Forças Armadas anunciada em fevereiro de 2014, e vai aumentar substancialmente a capacidade logística da Marinha.
Além disso, este navio será muito útil em casos de desastres naturais, devido a sua capacidade de armazenar combustível, diesel, JP-5, água, alimentos secos e refrigerados, e sua capacidade de evacuação e operações aeromédicas.
O HNLMS Amsterdam A-386, foi construído no Estaleiro Merweide, Royal Escalda e Hardinxveld (Holanda), entre 1992 e 1995, entrando em serviço na Real Marinha Holandesa em 2 de setembro de 1995.
Características:
Deslocamento: 17.040 t – Comprimento: 166 m – Largura: 22 m – Calado: 8 m
Propulsão: MAN / diesel Bazan, 24.000 hp (17.897 kW) – Velocidade: 21 nós
Capacidade de Armazenamento: 6.700 toneladas de óleo diesel/ 1.660 toneladas de combustível de aviação/500 toneladas de carga
Tripulação: 160 homens
Sensores: Radar de Vigilância de Superfície, ESM Ferranti AWARE-4, Sistema Anti-míssil e Chaff SRBOC MK-36.
Armamento: 1 sistema anti-míssil GAU-8 Avenger automático, 1 × 30 mm Goalkeeper CIWSs e 2 × 12.7 mm machine guns
Operações aéreas: Pode operar com 4 Lynx ou 3 NH-90
FONTE: Alejo Marchessini correspondente no Perú
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
FOTOS: Shipspotting
NOTA DO EDITOR: Este tipo de navio está previsto no PEAMB da MB. Sua construção deverá ser executada no Brasil, porém, até a presente, nada foi decidido, Enquanto isso, nossos vizinhos estão se atualizando com meios que seriam muito bem vindos na nossa Marinha.
Na minha opinião, este navio e o Bay Britânico foram duas oportunidades que a MB não deveria ter medido esforços para adquirir.
Grande abraço
O RR escreveu sobre uma variante das francesas e não as próprias. Variantes mais bem armadas existem, como as Formidables, de Singapura, e as sauditas.
Sim, mas a MB já se decidiu e os modelos escolhidos são mais “poderosos”, digamos assim. Por isso devemos esperar que saia logo a assinatura do F-X2 para que o Prosuper possa ser anunciado e finalmente o reaparelhamento da MB se inicie.
Sobre escoltas, peço aos amigos uma atenção especial a classe La Fayette francesa… Creio que uma subvariante melhor propulsionada e com uma maior enfase na capacidade ASW, poderia muito bem ser útil da MB.
São navios fracos, mal armados. Não é isso que a MB precisa.
Vamos esperar o Prosuper.
É bom a MB ficar atenta: a Holanda pode estar se desfazendo do Roterdam, pois ele já tem substituto a vista. Ele é tão novo quanto o Amsterdam (erro de grafia corrigido).
Neste caso específico acho válido. Nós temos como construir aqui, mas os estaleiros estão com suas carteiras de encomendas cheias, e assim a MB ficou pra trás.
Por esta única razão defendo a compra de oportunidade.
De fato. Excelente aquisição para os peruanos.
Navios como esses, entre outros pormenores, representam apoio a capacidade de projeção de força de um país longe de seu litoral; são o elo que liga uma frota de uma força expedicionária ao lar, e, se analisarmos dentro de um aspecto macro de operações anfíbias, tem tanta ou mais importância que vasos de guerra pura e simplesmente… E creio que o Brasil detêm hoje a tecnologia naval para faze-los por conta própria…
Contudo, esses navios não devem ser confundidos com LPDs ou LHDs, que são navios específicos para operações assalto anfíbio. Navios de apoio logístico evidentemente cumprem o seu papel de abastecer as forças nesse caso, mas eles não podem exercer plenamente as tarefas necessárias ao assalto inicial em larga escala.
Por tanto, para realizar todas as tarefas que competem a uma marinha, deve-se deter pelos menos um navio especificamente destinado a operações anfíbias. Em suma, a MB, em tempos próximos, deverá contar com pelo menos um LPD em seu inventário.
André: apesar do Padilha ter respondido com competência, vou acrescentar mais um detalhe. O Amsterdã navega, o São Paulo,não.
Quando o Brasil comprou o SP só se lê críticas, mas quando o Peru adquire esse navio é só elogio. Agora navio velho é sinônimo de qualidade, tanto aqui como em outros sites de defesa e adquirir de prateleira virou moda.
Andre, o Amsterdam é de 1995 enquanto o São Paulo é de 1957.
Ou seja, não compare o incomparável.
O Amsterdam está novo e foi vendido apenas pq a Holanda irá receber um zero km.
Esta estoria de navio logístico já vem desde a década de 80 quando a Marinha recebeu o Navio Itatinga da Lloyd Brasileiro de 161 m e 20.000 tons, que seria convertido no Navio logístico G 29 Gastão Motta , nunca foi convertido por Varias razões e ficou parado no AMRJ.
Na década de 90 foi recebido pela Marinha do Brasil o Lloyd Atlântico, uma unidade bem mais moderna de 188m e 27.000 tons, que quase foi convertido, mas nunca foi, ficou vários anos parado também no AMRJ “mofando”, seria o G40 Atlântico SUL, numa ótima conversão.
Daí para cá foi recebido o G23 Gastão Motta construído no Brasil (pelo menos um!!!).
Este navio é tão novo quanto o seu irmão espanhol, o Patino.
Temos que reconhecer: Nossos almirantes (que me perdoem eles) tem a cabeça nas estrelas (Subnuc, Pronae, Pronanf, Prosuper, 27 patrulhas de 500 t, A-4 M), por isso deixamos de ter a marinha possível em troca de uma ideal, que não se concretizará nunca.
Tudo bem. Escoltas têm que ser realmente novas, não necessariamente as de 6 mil toneladas inviáveis para substituir toda uma esquadra em franca obsolescências como a nossa, como também o são as novas Tamandarés, leves de mais para um escolta oceânica que meta respeito. Quanto a usados, numa conjuntura igual à nossa, não fariam mal unidades como o Fort George (que destino terá levado?) e o Amsterdã, anfíbios como os Foudre e patrulheiros oceânicos como a Classe Cassiopea.
O ex-RFA Fort George foi entregue para desmanche na Turquia. Já em março de 2013 se viam fotos do navio sendo desmontado.
A classe Cassiopea de patrulheiros oceânicos, de origem italiana, deslocam 1470 toneladas em carga máxima, são mais leves que as projetadas ( futuras ) corvetas Tamandaré, tem armamento também mais leve, além de beirarem 26 anos de idade, considerados velhos para aquisição.
As corvetas Tamandaré, cujo projeto segue determinações da MB, são consideradas inteiramente adequadas as tarefas oceânicas requeridas por nossas Forças.
Acredito que o processo de desenvolvimento e construção de futuras corvetas da classe Tamandaré ( 4 navios de 2400 ton ) vá ofuscar a obtenção dos escoltas de 6000 ton do Prosuper, inclusive a prontificação da modernização/revitalização das corvetas Inhaúma freie também esse processo, ou seja, ainda teremos entraves para adquirir o que é ideal para a MB.
Mas pode ser que surjam surpresas, tudo depende de orçamento.
Enquanto isso, vamos reabastecendo a esquadra de combustível com os NT Marajó e Almirante Gastão Motta.
Relembro aqui matéria sobre o Prosuper do DAN:
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=33961
e há nela citação sobre aquisição de navios de apoio logístico.
Os contratorpedeiros britânicos Type 42 B3 foram desincorporados da Royal Navy contando cerca de 30 anos de uso, e não vinte, que são os navios HMS Manchester, HMS Gloucester, HMS York e HMS Edinburgh.
Estes navios foram largamente utilizados, do que se lhes impingiu grande desgaste.
As fragatas que o colega Mauro Miras e Marcio Macedo se referem, como com cerca de 20 anos de uso na Royal Navy são realmente as Type 22 B3, 4 navios desincorporados em 2013, contavam com cerca de 25 anos de serviço ( a mais recente a HMS Chatham ), ou seja, mais de 20 anos e não menos, e eram os navios HMS Cumberland, HMS Campbeltown, HMS Chatham e HMS Cornwall.
Todas igualmente no “OSSO”. Só pra sucata mesmo.
As que poderiam interessar mais ou menos seriam as T-23, porém, possuem baixa veloc máxima e não interessam.
O que interessa são novos escoltas, onde o que há de mais moderno possa ser instalado e a MB ficar atualizada e não como está atualmente.
Tudo bem que as T-22 B3 estivessem um lixo. Mas esta não era a situação do Fort George e nem dos LPDs Foudre franceses, que foram ou estão a caminho do Chile.
Vc quis dizer T42 né? Essas sim estavam um lixo.
As vezes as aparências enganam.
Um exemplo: O HMS Ocean quando esteve no Brasil falaram que estaria a venda.
Muitos se empolgaram, mas o que se viu foi um navio cheio de problemas.
Há pouco foi noticiado que a RN gastou uma grana muito preta para por o navio em forma. Ou seja, o buana aqui se comprasse teria que bancar o conserto.
Enfim, se os caras querem vender temos que ver se não será um tiro no pé.
A Marinha Brasileira vem perdendo oportunidades a muitos anos. A Inglaterra desativou um navio do mesmo tipo na década passada, junto com dois navios docas de desembarque de tropas, que foram comprado pela Marinha Australiana, a mesma fonte, desativou quatro fragatas com menos de vinte anos de uso, que estão se deteriorando em uma base da Marinha Britânica, e com certeza serão vendidas para desmanche, e com isso nossos navios
estão envelhecendo, perdendo seu valor de combate.
As fragatas britânicas estavam um lixo.Detonadas.
Escoltas temos.que ter 0km.
Mas alguns navios de suporte logístico como esse não poderiam ter passado.
Até sair o Prosuper e um navio como esse ser construído, muitos anos.passarão e a MB sem nada.
Atualizado com uma navio da década de 90?
Melhor do que ter um da década de 2020, quiçá 2030.
Precisamos pra ontem deste tipo de navio.
As marinhas em geral deveriam manter suas unidades aptas a permanecer longos períodos de tempo no mar, de forma contínua e sem interrupções, evitando aproximações de portos para receber suprimentos. Para este propósito, um dos componentes de Forças deveriam ser navios de apoio logístico, o que devemos entender navios com capacidade múltipla de reabastecimento, com funções como reabastecimento de combustível em marcha, durante fainas de transferência de óleo no mar ( TOM ), provisão de munições, gêneros alimentícios e suprimentos em geral.
A tarefa primária de um navio de suprimentos seria reabastecimento de outros navios no mar, sendo que navios de abastecimento são, em primeiro lugar, reabastecedores de combustível e podem, portanto, transportar óleo diesel e combustível de aviação. Um navio neste conceito moderno de reabastecimento, com denominação de Navio de Apoio Logístico deve ter essa capacidade de abastecimento de óleo ampliada e ser apto a trazer em seus estoques todo tipo possível ,de generos alimentícios ( alimentos secos e refrigerados ), ter capacidade de estocagem de munições e uma série também de suprimentos, de forma que os navios da Força possam permanecer no mar, aonde quer que estejam navegando.
Uma maximização da capacidade de operação desses navios seria poder abastecer 3 navios da Força simultaneamente, e sua velocidade mantida deve ser compatível com a dos outros navios com que está em manobras. Indispensável a um navio de Apoio Logístico é a presença de um ( ou mais ) helicóptero, que fará as transferencias de carga, e dessa forma também os possíveis recebedores de materiais deverão ser ao menos navios de classe IV ( Entende-se por navio classe IV, aquele que não dispõe de convoo, sendo dotado apenas de uma área de reabastecimento vertical -VERTREP- para operação com gancho ) , mesmo que não hangarem aeronaves, ou não possam receber pouso, mas com área possível de se efetuar Faina de Reabastecimento Vertical de Carga (VERTREP), vide capacidade de operação aérea que possui a classe de navios-patrulha Macaé. Esses helicópteros podem ter também capacidade de efetuar missões de Busca e Salvamento ( SAR ), e Guerra Anti-Submarino.
Sem esta capacidade, provida pelos Navios de Apoio Logístico, uma marinha fica limitada em suas operações, como se fosse uma marinha de mera atuação costeira. Por esta razão, a Marinha do Brasil deveria pelo menos operar dois navios com estas características, o que não é nossa atual realidade, limitada que está ao uso de navios-tanque, que apenas provêm abastecimento de óleo no mar.
Alguns estudos contemplaram a aquisição de navios derivados de empresas estrangeiras, ( ou mesmo a construção em estaleiro nacional) a francesa DCNS e outro da espanhola Navantia, mas até o momento nada concretizado, acredito que a Marinha do Brasil aguarde um momento de obter navios novos, a diferença do HNLMS Amsterdam, que já possui folha extensa de serviços na marinha holandesa, desde 1995, navio já então com cerca de 20 anos de idade, porém será com certeza grande adição a marinha peruana.
Aqui no DAN já foi veiculada matéria sobre a oferta pela Navantia de navio baseado no BAC Cantabria, que seria um “Buque de Aprovisionamento de Combate”, vejam link do vídeo:
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=14220
pedimos portanto a devida atenção do nosso Governo Federal a falta que navios auxiliares desse tipo fazem a nossa esquadra.
Eu não acho q seria uma boa opção para a marinha do Brasil hoje pq se for para fazer investimento melhor comprar um navio desse tipo mais novo e com capacidade de transporte e defesa melhor .
Vale lembrar q a navantia tem uma boa opção p . Se for para comprar melhor um novo q terá um maior tempo de serviço .Imagina se começarmos comprar qualquer coisa q aparece como ficaria a nossa marinha .
Temos alguma oportunidade de aquisição sendo analisada pela MB ou não existe esta ação por parte, tanto da MB quanto MD? Existe algum casco mercantil que possa, atendendo a regulamentação específica, ser adaptado? Não é certamente a opção correta mas se o problema é recursos, pode ser uma solução palpável…
[ ]’s a todos do DAN
Enquanto a nossa MB fica comendo moscas as outras marinhas distanciam cada vez mais de nós parece que o Peru está interessado em comprar as fragatas FREMM. Ficamos contando vantagem porque vamos construir um submarino nuclear o que adianta ter o submarino e não ter mais nada é o que vai acontecer com nossa MB uma simples guarda costeira. Esse projetos para mais de 10 anos me fez lembrar uma piada que li num site.
Mauricio a MB não está comendo mosca. Ela simplesmente não tem dinheiro. O Governo Federal é quem pode resolver isso, não ela.
O curioso é que sempre sobra para os submarinos! Uma marinha respeitável não se constrói do dia para noite, talvez nem em dez anos: não acho que projetar e construir um submarino nuclear é tão simples como comprar um navio logístico antigo, que nem se quer foi projetado para operar nas condições específicas do Peru. Dizer ” vamos construir um submarino nuclear” passou uma idéia tão banal dessa capacidade que me impressionou! Portanto foi uma comparação totalmente inadequada. Só porque eles compraram esse navio é motivo de tanta polêmica?
O exército esta adquirindo o ASTROS 2020 e futuramente o Pantsir; a FAB o KC 390, helis SABRE e os Gripen e a Marinha os novos submarinos com uma base adequada para essa nova flotilha e o ASTROS (só para mencionar os equipamentos novos, sem falar dos helicópteros, incluindo os Seahawk/MH16): não acho que estejamos tão ultrapassados assim. Lembrando que as FREMM também estão na concorrência do prosuper, que não foi fechado com a Itália por problemas políticos. Quer dizer, já era para termos o prosuper em fase de negociação de contrato ou até mesmo construção.
Nada pessoal Mauricio, parece que discordar de uma opinião nesses fóruns de debate é um conflito entre povos. Sempre terá muito o que se melhorar em todas as setores da sociedade brasileira, mas deixar de reconhecer esses avanços porque um vizinho comprou um material que não temos (ainda que antigo, que é o caso) não é justo.
Pois é, está previsto algo parecido no Plano de Articulação e de Equipamento da Marinha do Brasil mas ninguém ouve falar de nada, seria uma mão na roda para as operações da Marinha e em caso de desastre um desses mais um LHD podem fazer muita diferença
Mais uma compra de oportunidade perdida, ou não???.
Era a chance de trocar o tanque G27 Marajó de 1968, por um navio atualizado.
Agora fica a pergunta : Não querem que a nossa Marinha do Brasil seja atualizada???
Quem não quer que a nossa Marinha do Brasil seja atualizada???
Parece que nossos HERMANOS não tem problemas com dinheiro para estas compras!!!
Será que somente o BRASIL tem crise econômica???
A nossa Marinha do BRASIL se prepara agora para ser a 5a ou a 6a melhor equipada da America latina.
EDITADO: Caro amigo, desta vez editei seu comentário. Da próxima ele será deletado. Já foi amplamente divulgado que o DAN não permite o tipo de comentário que vc fez. Pedimos a sua compreensão, para facilitar o nosso trabalho e permitir que seus comentários sejam aprovados sem edição. Combinado?