O Chefe do Estado-Maior da Armada, afirmou hoje que a Marinha Portuguesa “terá de ter engenho e arte” para receber o navio Siroco e sublinhou que, em 2015, “não existe orçamento previsto” para as despesas relativas à sua integração.
“Caso esta aquisição se concretize (Siroco), a Marinha terá de fazer mágica para receber um navio, cuja guarnição oscilará entre os 100 e 230 elementos em função de sua missão, e para o qual, não existe orçamento previsto em 2015 para as despesas relativas à sua integração”, disse o almirante Luís Macieira Fragoso num almoço/debate comemorativo do 30º aniversário do lançamento da revista “Segurança e Defesa”, no Palácio da Ordem de Malta, em Lisboa.
Na sua intervenção, o chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) disse ainda que “com a inclusão deste navio na ordem de batalha da Marinha, as Forças Armadas ganhariam uma mobilidade e uma capacidade de projeção que teria um forte impacto estratégico, dando a Portugal muito mais opções para ações de natureza individual e um grande valor acrescentado para a cooperação com os aliados”.
Macieira Fragoso adiantou que o navio “é um meio naval cuja necessidade vem sendo desejado há muito para o sistema de forças, não tendo sido considerada a sua aquisição no atual projeto da LPM (Lei de Programação Militar), ainda em discussão na Assembleia da República, apenas por não ser possível o financiamento para a aquisição de um navio novo, o qual representaria cerca de cinco vezes o valor em discussão para a aquisição do navio francês Siroco”.
Na opinião do CEMA, o navio polivalente logístico Siroco seria uma mais-valia para Portugal, que “é um país sempre sujeito a catástrofes naturais. Um navio desta natureza poderia ser instrumento muito importante nesta matéria”, sublinhou.
O almirante Luís Macieira Fragoso referiu também que “por imposição do vendedor, o navio terá que sere entregue até ao fim de setembro do corrente ano. Neste sentido todas as dificuldades e desafios estão a ser identificados para que se encontrem as melhores soluções na certeza, porém, que a Marinha não vira as costas às dificuldades, enfrenta-as tal como enfrenta o temporal no mar”.
“Procuramos melhores soluções que permitam minimizar o impacto dos escassos recursos financeiros que nos são atribuídos”, vincou Macieira Fragoso.
Segundo o CEMA, o Siroco tem “cerca de 15 anos de operação, que para uma unidade deste tipo constitui menos de meio ciclo de vida”, e “seria disponibilizado com uma lancha de desembarque grande e duas lanchas de desembarque médias por um preço comportável com as disponibilidades financeiras do Estado português”, valor que não adiantou.
O Ministério da Defesa admitiu na semana passada, que esta ponderando a suspensão das negociações com o Estado francês para comprar o Siroco, um navio posto à venda no ano passado por cerca de 80 milhões de euros e que também despertou o interesse de países como o Brasil ou o Chile.
O ministro José Pedro Aguiar-Branco considera que a abstenção do PS na votação na especialidade da Lei da Programação Militar põe em causa o consenso necessário para avançar com a aquisição deste navio polivalente logístico.
FONTE: RTP Notícias
…….se pensarmos em contingenciamento, pra Marinha, o San Giusto italiano e um navio doca pequeno mas que pode servir pela contenção de custos (tem motores a diesel) além de ser de 1994, ano no qual entrou em serviço na Marinha Italiana ou só 21 anos de ativa…claro,evidente e lógico que não é a maravilha das maravilhas mas é melhor que deixar a MB desdentada…..
Acho que vai dar MISTRAL RUSSO , pelo menos um deles virá para a MB.
Pelo preço que ele custa, duvido muito que ele seja tudo isso que andam dizendo. A marinha foi até o Peru avaliá-lo e depois não falou mais nada, provavelmente não deve ter agradado.
O Makassar é um navio multipropósito que e ao meu ver atende muito bem a MB.
Sr Dalton,erro meu dizer que o Makassar é um LHD, mesmo assim acho a melhor opção para a MB um navio dessa classe.
Se fosse para atender a eventuais compromissos internacionais q o Brasil seja signatario hoje, este LDP estaria de otimo tamanho, quiseramos nos a MB ja o estivesse operando. Para aquilo q a mesma necessita gracas a atual experiencia no Haiti, esta embarcacao seria pra la de otima………nao eh necessario algo muito maior ou sofisticado, afinal, os meios da MB atuais sao perfeitamente compativeis c aquilo q o Siroco pode oferecer….desconheco as condicoes do LDP Sirococ, mas imaginemos q esteja 60 % operacional, a aquisicao seria de bom tamanho…….o q esta horroroso sem, vai se tornar insuportavel..logo, logo…..parabens a camarilha ora no poder…..vamos pagar muito caro tudo isso, alias ja estamos pagando Sds
Interessante como a Marinha não divulga as parâmetros específicos de um navio de apoio logístico. Assim ficaria mais claro sobre suas reais necessidades operacionais. Ou será se vai se adequar ao que comprar?
Dizer que vai precisar comprar um “carro” utilitário sem informar o que precisa transportar, quanto, para onde, de qual forma e dentro de quanto tempo nos deixa muitas dúvidas. No FX2 foram definidos os parâmetros para o short list.
Creio também que a França faz jogada comercial. Ela precisa diminuir contingências militares e está precisando se livrar do Siroco. Além de já ter dois da classe Mistral, ainda está docado na França o contratado pela Rússia, e o segundo está caminho. Isso gera custos.
O Siroco ja foi dado como ”certo” na MB … hj pairam mais duvidas sobre sua aquisição do q a ctz da compra … o navio ainda esta sob disputa nada foi decidido ainda .. so nos resta esperar e torcer … mas espero q a MB de fato tenha um plano ”B” …. tem a classe Whidbey Island tb… embora uma pouco mais ”rodado” e um meio capaz ….sera q da pra imaginar 2 Whidbey Island + 2 Mistral (os russos ) ? … ^^ …. sonho meu .
MAis cá pra nós, que o preço tá salgado isso tá. Isso porque estima-se em mais de 40 milhoes de euros o custo da reforma. E esse negocio de “estima-se” pode ser um problema maior; eh sempre uma incognita, porque depois de comprado nao resta chorar. E a França eh esperta, pois ganha duas vezes: na venda e na reforma.
Sim … ta caro .. mt caro pra um navio usado 120mi de EU ou seja .. uns 370mi de dilmas .. praticamente um ”A-12 SP ” (nas condições q compramos e o q ja gastamos nele… ) mas dada a urgência e a falta de opções de um meio do tipo (mercado de usados mesmo ) se considerar a lei de mercado ”’oferta e procura ” a DCNS ta no direito dela .. … so temos essas 2 opções …. agora se o SIROCO e caro .. quanto provavelmente custaria um Whidbey Island ? (isso se a MB tiver em mão uma oferta do tipo ..e considerando o estado do navio )…fico com essa duvida …
Bruno…
um “Whidbey Island” nunca foi uma opção, pois o plano da US Navy, o original, pois outros surgiram depois,era retirar 2 deles
e coloca-los na “reserva” e não como eles estão fazendo por
exemplo com as fragatas OHP que estão dando baixa e já
sabia-se de antemão quais seriam disponibilizadas para venda
através do FMS ou Foreign Military Sale.
Se a deles precisam fazer mágica a nossa então só Merlin para da jeito o mestre dos mágicos
Prefiro que a nossa marinha compre um LHD da classe makassar Sul Coreano novo do mesmo usado pela marinha do Peru que sai por 50 milhoes de dolares do que comprar esse navio usado.
O “Makassar” não é um LHD e sim um modesto LPD cuja
velocidade máxima é de cerca de 15 nós e pelo preço eu
desconfiaria que há outras limitações também.
Desconfio que o “Makassar” seja a última opção da marinha
brasileira.
……..vendo as fotos,não resta dúvida que cai na medida pra nossa Marinha….pra Portugal a”caravela encalhou”.. ..agora era a nossa hora, não fossem os contingenciamentos ….e mais…contingenciamentos………….
Mas á LPM(Lei de Programação Militar) previa a construção de um LPD de raiz baseado no modelo alemão MHD-150 da TKMS , Africa do Sul e Portugal seriam os primeiro utilizadores deste tipo de navio, enfim , como o siroco é uma compra de oportunidade, é bom aproveitar, ao invés de gastar 500 milhões de Euros num navio novo, Portugal gastará apenas 90 milhões, economizará bastante, e nesta fase de crise só nos resta esperar por um Mistral Russo.