Por Arshad Mohammed
NOVA YORK (Reuters) – Japão e Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira novas diretrizes para cooperação de defesa, destacando a disposição dos japoneses em assumir uma postura internacional mais presente em tempos de crescente poder da China e das preocupações em relação ao poder nuclear da Coreia do Norte.
Washington disse aos líderes japoneses que seu compromisso com a segurança do Japão continua “firme como aço”, abrangendo todos os territórios sob o controle do governo de Tóquio, incluindo as pequenas ilhotas do Mar do Leste que são disputadas entre o Japão e China.
Um do principais temas da visita do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, aos EUA nesta semana, as diretrizes fazem parte de uma indicação mais ampla de Abe de que o Japão está pronto para assumir uma maior responsabilidade pela própria segurança, diante de uma China que moderniza seu poderio militar e exibe seu poder na Ásia.
As diretrizes permitem uma cooperação militar global, indo desde sistemas de defesa contra mísseis balísticos a ataques cibernéticos e pelo espaço e segurança marítima. O texto atende a uma resolução, feita no ano passado, que reinterpretou a Constituição pacifista pós-Segunda Guerra do Japão.
A resolução permite o exercício do direito de “autodefesa coletiva”. Isso significa, por exemplo, que o Japão pode derrubar mísseis que se dirijam para os EUA e que aja em defesa de outros países sob ataque.
Em entrevista coletiva conjunta com os ministros de Defesa e Relações Exteriores do Japão, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, chamou a primeira revisão das diretrizes desde 1997 de “uma transição histórica”.
Em mensagem direcionada a Pequim, em face da crescente assertividade chinesa no nordeste e sudeste asiático, Kerry disse que os EUA rejeitavam qualquer sugestão de que a liberdade de navegação e sobrevoo sejam “privilégios que países grandes concedem aos pequenos, submetidos ao capricho e conveniência do país grande.”
As diretrizes devem levar a uma maior coordenação entre Japão e EUA para garantir a segurança no Mar do Sul da China, onde a China e outros países possuem reivindicações conflitantes sobre ilhas espalhadas.
No entanto, em entrevista coletiva, o chanceler japonês, Fumio Kishida, e o ministro da Defesa do Japão, Gen Nakatani, se esquivaram repetidas vezes de perguntas sobre a possibilidade de um patrulhamento conjunto das vias marítimas na Ásia, dizendo que a legislação no Japão ainda precisava ser trabalhada e outros países da região, consultados.
Kerry deixou claro que Washington estava pronto para cumprir suas obrigações assumidas em tratado com o Japão, afirmando que “nosso compromisso no tratado de segurança com o Japão continua firme como aço e cobre todos os territórios sob administração japonesa”.
As diretrizes eliminam as restrições geográficas que vinham em grande medida limitando um trabalho conjunto de defesa, restringindo-o geograficamente ao Japão e seus arredores, disse uma autoridade de alto escalão do governo dos EUA.
“Vamos poder fazer globalmente o que somos capazes de fazer na Defesa do Japão e regionalmente”, disse a autoridade.
Os EUA mantém no Japão o que há de melhor, com exceção do
F-22 que devido ao pequeno número que “está” sempre operacional
descontados os que estão em manutenção, só permite, que os mesmos
sejam de vez em quando enviados em exercícios.
Já foi divulgado que os EUA irão aumentar o número de destroyers dos
7 atuais para 9 até 2017 e os últimos a serem enviados serão os mais
modernos disponíveis contra mísseis balísticos.
O NAe USS Ronald Reagan mais moderno irá substituir o NAe USS George
Washington dentro de alguns meses e logo que estejam disponíveis os
avançados E-2Ds farão parte da ala aérea do Reagan já no ano que vem.
Japão.Ta ai outro pais que começou um projeto de caça a anos e com toda capacidade tecnologia, dinheiro, etc ainda precisa de mais tempo pra terminar o seu projeto, apesar de ser um caça de 5 geracao. Pediram os f22 e nao conseguiram, e alem disso, a exemplo de outros paises, recebem os caças dos EUA todos depenados.Isso sem falar que tambem deve sofrer embargos.
Eu chamo a atencao desse fato devido aos eternos admiradores do que eh estrangeiro e eternos criticos ao que eh genuino; eque diga-se de passagem criticam mais nao fazem nada para engrandecer o proprio pais.
jsilva,
O equipamento de origem americana a disposição dos japoneses é praticamente o mesmo padrão americano, com as mesmas armas… Na verdade, creio que todas as aeronaves hoje no inventario japonês, ou foram produzidas sob licença ou são produtos locais.
Os japoneses tem bastante experiência na produção de aeronaves de caça. O Mitsubishi F-1 ( um desenvolvimento inteiramente próprio ) e o mais recente F-2 estão aí pra provar. Aliás, não é só com aeronaves de caça… O novo patrulheiro P-1 é um exemplo de tecnologia genuinamente japonesa, com sistemas eletrônicos e motores produzidos no próprio país…
Concordo com vc RR, mas a observação que fiz foi só pra lembrar que problemas acontecem e não é só aqui. Tambem li há uns anos atrás que o japão estava muito descontente com ausencia de equipamentos que os EUA se negavam em fornece-los. E o mais curioso é que existe um acordo entre eles para que os EUA promovam a seguranca do Japão, porem, depois das negativas recebidas é que depois de mais de 70 anos o japaão voltou ao desenvolvimento militar. E o projeto do shinshin não havia sido abraçado pelo governo japones com a mitsubishi. Abraço cara
Recebem os caças dos EUA todos depenados? Embargo? Isso é algum tipo de piada?
São somente parceiros de primeira linha dos EUA, operam F-15 com o armamento que quiserem (inclusive local), tiveram auxilio dos americanos no desenvolvimento de seus próprios Destroyers Aegis, no projeto F-2 e possivelmente vão operar o F-35.
Queria que o Brasil também sofresse desse tipo de embargo e operasse esses armamentos depenados.
Não é piada não. E esse possivelmente operar o F35 ta parecendo piada até para os EUA operarem. O japão reclamou sim, da falta de equipamentos vendidos a eles e os EUA se recusaram em fornecer os F22. Quer o link?
Amigo Douglas, eu escrevo e provo. A reportagem se intitula “Japão quer acelerar a aquisição de um novo caça”. Materia com data de 15 de setembro de 2008. Só não posto o link por respeito ao DAN, pois, o site tambem trata somente de assuntos militares. Abs.
Os EUA não fornecem o F-22 para ninguém. O uso dele é prerrogativa dos americanos, pois a aeronave representa uma vantagem operacional que eles querem ter certeza de que não vai parar em mãos erradas. Junto com ingleses, canadenses, israelenses e australianos os japoneses são aliados de primeira linha dos EUA e recebem por parte deles armamento no estado-da-arte, não depenados como você citou. A exceção é o F-22.
Houve alguns anos atrás o caso de um funcionário do Ministério da Defesa japonês que vendeu informações a respeito do sistema Aegis para os iranianos. A reserva por parte dos americanos é compreensível tendo como base fatos deste tipo.
Tambem pode encontrar as materias: “shinshin” está atrasado, mas deve voar ainda este ano. data de 17 de abril de 2014.
Outra pode ser a materia: japão pode se tornar o quarto país a ter seu próprio caça de quinta geração. datado de 30 de maio de 2012 (embora se possa duvidar da fonte da reportagem)
Eu entendo o seu ponto de vista, amigo. O que não entendo é que algumas pessoas veem japoneses e europeus como lacaios e marionetes dos interesses americanos. Se o são não sei, mas sei que esses países gozam de bem estar social e tem acesso ao que há de melhor no mundo da tecnologia em todos os âmbitos. Acho que para essas pessoas liberdade, democracia e bem estar social são encontrados em Cuba e na Coréia de Norte. Vai entender uma mente assim…
O governo Japonês está pressentindo que o crescente poderio chinês poderá subjugá-los dentro de pouco tempo se em um eventual deslize um foco de guerra se inicie por causa das ilhas em disputa e está manobrando politicamente sua defesa fazendo os EUA lembrarem-se do compromisso assinado por eles de cooperação mútua na defesa do Japão… Lembrando que os EUA possuem bases no Japão de onde operam seus F-22 e mantem dezenas de milhares de tropas estacionadas de prontidão o que por si só já é um fator dissuasório forte.
Topol…
não que mude muita coisa no que escreveu, mas, F-22 não é
baseado no Japão, os EUA enviam alguns para lá de vez em
quando, mas, não são permanentemente baseados lá.
Tudo que os EUA sempre quis, mais um país bucha para ajudar em suas aventuras pelo mundo e fica na linha de frente, apesar que mesmo sem essa mudança já ajudavam muito na parte de logistica os EUA em suas guerras.
Otima oportunidade para o Brasil conquistar mais um parceiro em setores de tecnologia.
o Samurai volta a afiar a espada, interessante