O Ministério da Defesa italiano autorizou o financiamento para o desenvolvimento e aquisição do míssil anti-aéreo Common Anti-air Modular Missile – CAMM (Sea Ceptor), que está sendo desenvolvido pela MBDA para o Reino Unido, para substituir seus mísseis Aspide / Spada, que devem ser retirados a partir de 2021.
A Itália está interessada na versão Extended Range do CAMM, e destinou € 95 milhões como contribuição para os custos de desenvolvimento, com os primeiros € 5 milhões sendo pagos este ano, de acordo com um memorando 06 de junho assinado pelo tenente-general Francesco Castrataro, diretor de compras exército da divisão de compras do Ministério da Defesa, Segredifesa.
Em um memorando, o Ministério da Defesa explica que “o míssil GPAO-ER, cujo comando e sistemas de sensores e de controle que estão sendo desenvolvidos, é a solução mais adequada para preencher a lacuna aberta pela aposentadoria do Aspide.”
Antes de optar pelo CAMM-ER, as autoridades italianas realizaram um levantamento de todos os mísseis similares disponíveis no mercado. Concluiu-se que várias características do CAMM-ER, o tornam especialmente adequado às exigências italianas:
– é um míssil de orientação ativa com um radar seeker permitindo controle durante todo o tempo de operação;
– sua sequência “soft-launch”, onde o motor inflama a uma altura suficiente de modo que seu escape não danifique seu lançador, que não necessita de proteção especial;
– o míssil tem uma capacidade de se auto-destruir gerida pelo seu sistema de comando e controle.
No estudo de mercado encontrado não há nenhum concorrente direto no SHORAD e no segmento de SAM com alcance médio, como o AMRAAM / NASAMS, VL MICA, Aster 15 e IRIS-T, que não são totalmente compatíveis com os requisitos acima.
Nenhum desses mísseis tem “soft-laucher”; IRIS-T tem orientação óptica; AMRAAM não pode ser destruído em voo pelo seu sistema C2, enquanto o Aster 15 e VL MICA não podem tem o alcance mínimo necessário.
Isto levou o Segredifesa a tomar em 30 de maio a decisão de finalização os esforços iniciais para “rapidamente concluir o desenvolvimento final e qualificação da orientação ativa dos mísseis superfície-ar CAMM-ER, o desenvolvimento e a qualificação de seu lançador ISO 20 equipado com seu próprio sistema de up-link, e sua integração com outros sistemas C2 que serão em breve operados pelas forças armadas, incluindo:
– o Command Post Engagement Module, PCMI equipado com o radar de busca X-TAR 3D o exército, e
– o Sistema de Defesa aérea Médio Avançado (MAADS) para a força aérea, que operará com o posto de comando SIRUS e seu radar de busca KRONOS LND.
Finalmente, o CAMM-ER foi autorizado para, compra direta de fonte única, sem ter que passar por uma oferta competitiva, porque não há outro sistema compatível no mercado.
Consequentemente, o Ministério da Defesa está autorizado a negociar os contratos relevantes com a MBDA Itália, que é a autoridade de concepção e fabricante do míssil CAMM-ER.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: defense-aerospace
COLABOROU: Felipe Salles
Obrigado Carl e Manuel pelas respostas,é como disse em outro site é um Sea Wolf melhorado.
O problema não é somente o preço do Aster-15, é a quantidade de silos. As FREMM italianas tem 16 silos. Praticamente metade é ocupada por Aster-15 e a outra metade por Aster-30. É pouco. Existe espaço para mais 16 silos (até 7 metros), mas não vão colocá-los tão cedo.
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Aster 15 e 30 usam boosters diferentes, o preço vai pro espaço com isso, mas a grande vantagem do CAMM é a capacidade de ser arranjado em um quadpack, como o ESSM.
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Esse CAMM-ER, pelo que eu andei lendo, a princípio é referente a versão Sup-Ar, para modernizar o sistema Skyguard e substituir os Aspides. Também está se ventilando que esse CAMM-ER possa a vir ser empregado no novo LHD italiano, o “Trieste”, mas nada de concreto ainda…
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Acho que o CAMM-ER deve ser igual ou até superior ao último block do ESSM em desempenho… Aí eu vi vantagem nesse míssil para a MB, FAB e EB.
Acho 25 km muito pouco.
Hoje em dia muitos aviões lançam bombas planadoras a 50 km de distância.
Sem falar em mísseis antinavio a 250 km de distância.
Portanto só atacar um caça inimigo já praticamente sobrevoando o navio, para mim, é técnica da segunda guerra.
Hoje em dia poucos aviões se aproximariam tanto…
Sim, podem ser lançados dos sistemas Sylver como também Mk-41 vls. Modo de lançamento soft-launch. Mas isso está no artigo acima.
Komet
Esse CAMM-ER tem um alcance de mais de 45 km (segundo o fabricante), o que a MB vai usar é o modelo CAMM com alcance de mais de 25 km. Altitude é de mais de 15 km para ambos.
Uma pergunta aos amigos, qual é o alcance desse sistema (Sea Ceptor).
Alguém sabe, como é ejetado, lançado (soft-launch), esse míssil.
Seria algo parecido com o lançamento do Pantsir russo.
Kornet, esta versão tem um alcance de 45km.
Reino Unido, Nova Zelândia, Brasil, Espanha, Chile e agora Itália.
Boas vendas para o CAMM em…!
A Avibrás não tinha um projeto para desenvolver um sistema de defesa antiaérea baseado nesse míssil?
Reino Unido, Nova Zelandia, Brasil e agora Italia, boa largada para o míssil CAMM.
Isto tem um porque muito claro:
Os Italiano não estão suportando o custo dos Aster 15 com shorad em seus navios, pois é tão caro quanto um Aster 30.
G abraço
Quais seriam os alcances do Camm e do Camm-ER?
O alcance não me agrada muito, mas não se pode negar que é sim um míssil extremamente interessante que pode e será usado pelas três forças da Inglaterra. Isso mostra a confiança que esse país, experiente em combate, tem no míssil.
Qual seria o alcance e a altitude dele e a MB optou foi por essa versão?