Donald Trump ordenou um ataque aéreo para matar Qassem Soleimani, comandante da Guarda Revolucionária do Irã. Soleimani era o líder da Al-Quds, um das forças de elite da guarda iraniana, e era um dos militares mais poderosos do país. No ataque, que aconteceu esta noite no aeroporto de Bagdad, morreu também Abu Mehdi al-Muhandis, da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque.
A morte de Soleimani deve aumentar ainda mais a tensão entre Irã, Iraque e Estados Unidos. Na terça-feira, a embaixada norte-americana em Bagdad foi atacada na sequência de um bombardeamento aéreo dos Estados Unidos que matou 25 combatentes da milícia iraquiana. O ataque à embaixada durou dois dias e só terminou depois de Trump anunciar o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
Depois da morte do general Soleimani, o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã convocou uma reunião de emergência.
Reações
O Iraque acordou com a notícia do ataque dos Estados Unidos no aeroporto de Bagdad e da morte de Soleimani.
Na Praça Tharir, no centro da capital iraquiana, as opiniões dividem-se.
Há quem considere que a morte de Soleimani e Abu Mahdi al-Muhandis vai eliminar partidos “corruptos” que estão a destruir o Iraque. E há quem defenda que os Estados Unidos e o Irã devem resolver os problemas fora do Iraque e que estas mortes não vão ser celebradas porque não mudam nada na vida dos iraquianos.
Em uma aparente reação, na sua conta do Twitter, Donald Trump publicou uma imagem da bandeira norte-americana, sem qualquer comentário.
Segundo um comunicado do secretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos, Soleimani estava desenvolvendo planos para atacar diplomatas americanos no Iraque e na região. Com a Al-Quds, a força de elite iraniana, foi responsável pela morte de centenas de norte-americanos e elementos da coligação. O Departamento de Defesa também acusou Soleimani de aprovar o assalto inédito à embaixada dos Estados Unidos em Bagdad.
O Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, publicou um vídeo com imagens do que descreve como “iraquianos dançando nas ruas” para celebrar a morte do general iraniano Qassem Soleimani.
Muhammad Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã, afirmou que o assassinato de Soleimani foi “uma escalada extremamente perigosa e imprudente” e que Washington “é responsável por todas as consequências do seu espírito aventureiro desonesto”.
O líder supremo do Irã, o Ayatollah Ali Khamenei, prometeu “vingar a morte do poderoso general iraniano Qassem Soleimani” e declarou um período de luto nacional de três dias.
Na conta do Twitter escreveu que “o martírio” é a recompensa pelo seu trabalho incansável ao longo de todos estes anos (…) e que “uma vingança implacável aguarda os criminosos que encheram as mãos com o seu sangue e com o sangue de outros mártires”.
Mohsen Rezai, antigo líder da Guarda Revolucionária iraniana deixa um aviso claro a Washington: “Soleimani juntou-se aos nossos irmãos mártires, mas a nossa vingança contra a América será terrível”.
Petróleo dispara mais de 3%
Depois do ataque ao aeroporto do Iraque, o petróleo começou a disparar nos mercados internacionais. Os preços registaram valorizações de mais de 3% tanto em Londres como nos EUA. Os investidores estão receosos e temem uma escalada da tensão entre Washington e Teerão.
FONTE: Euronews
Soleimani era um criminoso que levou a cabo uma enorme campanha de desestabilização do Oriente Médio! Ele estava por trás das milícias iraquianas que atacaram uma base militar matando um contratante civil norte-americano, estava por trás dos Houthis e do ataque à refinaria da ARAMCO no ano passado e estava ambicionando transformar a Síria em uma base para desfechar ataques contra o Estado de Israel, a única democracia da região. Fazendo uma analogia sua morte está para a teocracia fascista iraniana o que a morte do Almirante Yamamoto significou para o império japonês na segunda guerra. Certamente os apologistas do regime iraniano não gostaram 😉