A Força Aérea Inglesa (RAF) aproveitou o seu primeiro deslocamento do Eurofighter Typhoon para a Red Flag para começar a experimentar como será operar em conjunto com o Lockheed Martin F-35 Lightning II.
Até o final desta década, a RAF vai começar a estabelecer a sua linha de frente de jato de combates com dois tipos de aeronaves com a aposentadoria prevista do Panavia Tornado GR4 em 2019, e a introdução do F-35 operando tanto a partir de bases terrestres quanto porta-aviões ao mesmo tempo. Ambas aeronaves irão operar em conjunto por pelo menos uma década e, talvez, até 2040, e seus atuais comandantes estão ansiosos para descobrir como as duas aeronaves irão complementar uma a outra.
Durante a preparação para o deslocamento para a Red Flag 13-3 em Nellis AFB, Nevada, os Typhoon do Esquadrão 11 da RAF ficaram baseados na Base Aérea de Langley, Virginia, para o Exercício Zephyr Ocidental, trabalhando em estreita colaboração com o 27º Esquadrão de Caça da USAF, voando o F- 22 Raptor.
“Tanto o Typhoon quanto o Raptor, trazem coisas muito diferentes e muito semelhantes para o combate alcançar o mesmo objetivo. Mas como não há número suficiente de aeronaves furtivas disponíveis, trabalhamos juntos”, explicou o Wg Cdr Richard Wells, comandante do Esquadrão 11, falando a Aviation Week.
“No mundo ideal, você teria todos os seus caças de quinta geração, mas isso não é uma opção realista e na verdade muito cara, nesse caso, o que temos tentado maximizar é uma abordagem flexível e alguns desses aspectos têm sido muito bem recebidos”, acrescentou Wells.
Zephyr Ocidental permitiu que os Typhoons e suas tripulações desenvolverem rapidamente a parceria com os Raptors, antes de ambos esquadrões (11 e 27) se deslocaram para Nellis, onde eles trabalharam juntos novamente para proteger os demais esquadrões de ataque, bombardeio e ISR.
Com nove Typhoon Tranche 1 desdobrados, o esquadrão tinha que ter seis aeronaves disponíveis para cada saída de missões, uma à tarde e uma à noite, com quatro jatos executando missões de domínio do ar e dois fornecendo capacidade de multimissão,, com ataque ao solo sendo a principal função antes das tripulações mudarem para o função ar-ar, durante o o retorno das missoes.
“O Red Flag não termina ao fim da operação”, explicou o Grp. Capitain Johnny Stringer, Comandante da base aérea de Coningsby (RAF), uma das principais bases de operação do Typhoon.
“Estamos testando o caça por partes, como interagimos com aliados-chave, e operamos em um ambiente variado como esse, com ênfase em explorar as capacidades da aeronave, estou realmente animado com relação onde o caça se encontra hoje, para onde vai em termos de capacidade, e é ótimo testar esse progresso na prática e não somente na teoria”.
“Nós tendemos a dar ênfase aos pontos fortes da aeronave, utilizando a sua capacidade de voar alto e decolar rapidamente nos momentos iniciais do combate”, disse Wells.
“Nós não contamos com aeronaves tanques compatíveis com o sistema de sonda e poucas aeronaves tanques dos EUA estão participando desse exercício, mas isso não nos limita. Nós possuímos uma ótima capacidade de permanência na missão e estamos na vanguarda, não somos um adendo, os comandantes sabem onde querem colocar o Typhoon.”
FONTE: AviationWeek
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval