Por Arie Egozi – Tel Aviv
A Força Aérea Brasileira e a Israel Aerospace Industries (IAI) renovaram as negociações do contrato sobre aquisição de três Boeing 767-300ER, que serão convertidos em reabastecedores no Brasil.
As tentativas para finalizar os termos do acordo – que foi aprovado em meados de 2014 – foram adiadas em razão das eleições gerais realizadas no Brasil em outubro passado.
Um contrato inicial com IAI foi assinado no ano passado, mas os detalhes exatos do plano de conversão não foram concluídas. Uma das aeronaves será modificada pela divisão Bedek da empresa em Israel, enquanto os outros dois devem ser modificados no Brasil pela subsidiária da TAP – TAP Manutenção e Engenharia Brasil.
Uma vez em funcionamento, os 767 convertidos vão restabelecer a capacidade de reabastecimento em voo com um reabastecedor à jato na Força Aérea Brasileira, que está parado desde a aposentadoria dos seus quatro KC-137. As aeronaves que irão substitui-los serão equipadas com pods de reabastecimento.
A IAI – que forneceu um único 767 reabastecedor para a Colômbia – está se oferecendo para converter outros 767 ex-aviação comercial, numa configuração flexível compreendendo pods de reabastecimento, um boom de reabastecimento aéreo, ou ambos.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
FONTE: Flightglobal.com
Abstraindo-se outras considerações, estes tankers baseados no Boeing 767-300ER supostamente seriam considerados estratégicos.
Na minha opinião tem um dado que ainda não ficou 100% claro. Pela própria informação da IAI sobre seu trabalho com retrofit de aeronaves comerciais para a função de reabastecedor ela pode dotar a aeronave de Pod, Boom ou até mesmo Pod e Boom simultâneamente na mesma aeronave.
A velha FAB que conheci com certeza optará só pelo sistema de Pod.
O que, na minha opinião pessoal, seria LA-MEN-TÁ-VEL. Em vários aspectos.
Se a FAB não mudou sua postura tradicional e o Ministério da Defesa não teve a clarividência de intervir neste processo (se a decisão for a de dotar as três aeronaves somente do sistema Pod) perder-se-á uma preciosa oportunidade.
Só justifica a decisão de opção unicamente pelo sistema de POD se o Comando da Aeronáutica continuar olhando apenas o seu umbigo operacional.
Se a FAB e/ou o Ministério da Defesa querem realmente nas próximas décadas projetar as forças armadas brasileiras a participar de operações ONU, OTAN e humanitárias internacionais e igualmente projetar e estimular mais nações a participar de seus exercícios internacionais CRUZEX não se pode perder esta oportunidade de as novas aeronaves serem capazes de operar os dois sistemas. Pod e Boom.
É incompreensível para mim, que tanto critico o que percebo como um excesso de americanofilia do comando da aeronáutica, que a FAB não dote sua força desta opção de REVO yankee.
Além ampliar as possibilidades de operações com as forças americanas e as forças que tenham adotado o sistema boom como o Chile e dotar a FAB de mais uma “habilidade”, outra importante função desta medida seria uma questão CRUCIAL para abrir as possibilidades futuras quando e SE a FAB iniciar o F-X3 5ª geração para até facilitar a participação de qualquer aeronave.
Ter a opção de reabastecimento por Boom local seria decisivo para uma participação ainda maior nas futuras operações CRUZEX, ao facilitar a logística para os países que operam aeronaves que usam este sistema e que poderiam poupar os recursos dispendidos para deslocar seu próprio tanker e enviar mais aeronaves de caça para participar do exercício.
Eu ficarei muito desapontado se prevalecer mais uma vez a visão tradicional e/ou uma opção por economia barata, aliás já basta ter optado por aeronave retrofitada ao invés de um reabastecedor 0 hora de voo de fábrica….
O “limão” está aí, então é fazer do limão uma limonada, ainda sim estaremos muito melhor do que insistir com o KC-137. E como escrito pelo Gilberto, quando o dinheiro está pouco, o menos ruim a fazer é optar por aeronaves usadas, só que bem mais novas do que as anteriores. Porém, contudo, todavia, acho eu que a concorrência que levou à vitória desta proposta foi meio confuso, botando no mesmo balaio concorrentes novos e usados, no meu entender poderia ser só aeronaves novas, ou só aeronaves usadas, isto abriria o leque de opções, por exemplo. Tipo assim, se só aeronaves novas o processo seria limitado, basicamente, entre Boeing e Airbus. Mas sendo um processo com somente aeronaves usadas, aí sim o leque se abriria mais com, além das empresas citadas apresentando, respectivamente, aeronaves usadas suas, traria a baila a própria IAI e/ou outras mais se houverem. E ai, neste certame teríamos a possibilidade de mais tipos diferentes de aeronaves usadas para se converterem em KC, além do próprio B767-300R, outros B767-200, B757, B777 e B747 afora aeronaves tipo A330-200, A330-300, A340-200 e A310, tudo dependeria de qual tipo de aeronave encaixa-se melhor nos interesses operacionais. O problema é que da forma como foi feita a licitação, houve uma mistura de requisitos e exigências para facilitar a vida da IAI, pois processo licitatório envolvendo técnica e preço, é evidente que aeronaves novas são mais caras do que aeronaves usadas. Não é preciso ter em mãos o RFP e o RFI para se deduzir isso.
No mais, apenas por uma simples análise comparativa nas características das aeronaves B767 e A330, é notório a vantagem ao longo da vida útil em favor do avião Airbus, até a própria USAF sabe disso, mesmo tendo escolhido o produto Boeing (claro, por questões políticas internas).
Até mais!!!
Só não podem vir no mesmo padrão de “qualidade” que os 24 Kfir vendidos pela IAI à Colômbia em 2009! 5 já caíram , o resto está groundeado e a força aérea colombiana está “correndo atrás do prejuízo”, ou melhor; de novos caças…
IIIIIIII Ai, esta doeu no Tio Jacó…..
As investigações sobre a causa das quedas dos Kfir da FAC apontam para falha no motor, esses reconstruídos pela própria IAI e deixados em estado “zero km”(?), a situação fica critica quando sabemos que os A-4 da Marinha estão passando por modernização e que os motores dos nossos A-4 serão mandados para Israel para serem deixados no mesmo estado “zero KM”.
Senhores, obrigado pelo esclarecimento.
O melhor para o Brasil seria o A-330-200 MRTT . Esse avião não serve para um país coma dimensão do brasil.
2/01/2015 12:05 by filipe Responder
O melhor para o Brasil seria o A-330-200 MRTT . Esse avião não serve para um país coma dimensão do brasil.
O senhor poderia explicar o seu raciocino para nós por gentileza, pois para afirma isto tacitamente, o senhor deve ter todos os parâmetros técncios e operacionais da duas aeronaves e deve conhecer bem os ROs e RTs do RFP e o contrato.
Aguardo seus esclarecimentos.
Grande abraço
Juarez, o que suas fontes dizem esse contrato sai esse ano ou não? Se sim virão as 3 aeronaves?
Não entendi, se a comparação é entre o Boeing 767-300ER e o teu A-330-200 MRTT com certeza o A-330-200 é mais novo e moderno. Mas como muitos atestam que o país está em estado de COMA econômico. Neste caso o melhor é caro demais, o que o “doente” pode agora é o recondicionado, avião comprado no mercado de usados das Companhias aéreas e retrofit na oficina do Tio Jacó. E ainda estamos chorando o preço….
Se o resultado ficar igual ao da Colômbia será culpa nossa mesmo por regatear TANTO que o Tio Jacó vai ter que colocar peça velha e recondicionada para fechar os seus custo com o que nos dispomos a pagar.
Tenho que dar a mão a palmatória e dar razão a todos voçês, com está contenção financeira, não dá para sonhar muito, Eu sou da opinião que o A-330-200 MRTT é o vector mais competente para as tarefas de REVO, evacuação médica e transporte VIP, mas fica muito caro para o nosso bolso, então vamos de avião usado mesmo, ou seja vamos de B-767 convertido ou reciclado.
Senhores, se a intenção é restabelecer a capacidade de reabastecimento em voo com um reabastecedor à jato na Força Aérea Brasileira, por que não aguardar a incorporação dos KC-390, também à jato e em número suficiente (ao menos 28 unidades) para a missão?
O KC-390 não possuirá as mesmas condições para atuar em viagens intercontinentais como o 767. Seria anti-econômico. Pode cumprir? pode, mas com o 767 é muito melhor. E não me refiro apenas a reabastecimento, pois não podemos esquecer a capacidade de carga
Adriano, existem dois tipos de reabastecedores, os táticos e os estratégicos. O KC-390, assim como o atual KC-130, são reabastecedores táticos. Os KC-767, assim como foi o KC-137, são reabastecedores estratégicos.
Abç.
Isso ainda vai demorar pra sair viu, não vejo esses aviões voando na FAB pelos próximos 5 anos
Excelente noticia, e que se conclua logo o contrato e o trabalho nas aeronaves para voltarmos a ter melhores condiçoes de ReVo.