Apesar das advertências de Pequim, os Estados Unidos enviaram dois porta-aviões para participar de exercícios militares no Mar das Filipinas, perto das águas disputadas do Mar do Sul da China.
O Comando do Pacífico dos EUA informou que no sábado o USS John C. Stennis e USS Ronald Reagan, que estão entre os maiores navios de guerra do mundo, começaram exercícios de defesa aérea, vigilância marítima e de ataques de longo alcance destinados a demonstrar”a presença continua dos EUA na região Ásia-Pacífico”.
“Nenhuma outra Marinha pode concentrar tanto poder de combate no mar, foi realmente impressionante,” disse o comandante do grupo tarefa, almirante Marcus Hitchcock, conforme publicado pelo portal Defense News.
Junto com estes dois porta-aviões nas manobras, estão 12.000 marinheiros, 140 aeronaves e seis navios envolvidos, esclareceu o almirante americano.
Enquanto isso, o almirante John Alexander, outro comandante do grupo de ataque, indicou que, “para nós, tem sido uma grande oportunidade de testar como operaríamos vários grupos de ataque a partir dos porta aviões em um ambiente contestado.”
Em abril passado, o secretário de Defesa dos EUA Ashton Carter, visitou o John C. Stennis, enquanto navegava perto da Filipinas e anunciou um reforço militar para aquele país. Essa medida novamente inflamou as tensões com Pequim, que acusou os EUA de “sabotar a paz regional”.
As tensões no leste da Ásia
Estes exercícios acontecem em meio às tensões entre os EUA e da China no Mar da China Meridional e outras áreas da Ásia Oriental.
Durante décadas, a China mantém disputas com vários países da região que são aliados dos EUA , sobre a soberania de vários territórios da região, especialmente as Ilhas Paracel, as Ilhas Spratly e o recife Scarborough. Nesta disputa estão envolvidos, de uma forma ou de outra, Vietnã, Brunei, Malásia e Filipinas.
Os americanos também participam da disputa, porque eles apoiam abertamente as Filipinas e o Vietnã. Além disso, exortando o Japão a pegar em armas para combater o crescente poder chinês, embora Tóquio tenha desistido de suas reivindicações territoriais no Mar do Sul da China em 1945 e, no momento, só disputa território no Mar da China Oriental.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: RT
Os chineses e o “Diário do Povo” podem ter a impressão que quiserem…o fato é que o encontro dos 2 NAes que nem mesmo é sustentável já havia sido planejado e ocorreria de qualquer forma pois é um momento raro e precisa ser aproveitado pois o que normalmente ocorre é um NAe simplesmente substituindo o outro já que a US Navy precisa cumprir a nova regra de missões de
no máximo 7 meses incluindo a jornada de ida e volta e o USS Ronald Reagan diferente dos demais NAes tem um ciclo de operações e manutenções completamente diferente dos demais.
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O título bem poderia ser…2 NAes são enviados para o Mar das Filipinas para treinamento…nem uma necessidade de acrescentar “em meio a tensões com a China”, mas, ao acrescentar dá uma outra perspectiva ! E a matéria poderia ter sido mais
esclarecedora também, indicando que um NAe está prestes a deixar à área…outro detalhe convenientemente esquecido.
Estas suas as suas impressões, e como você mesmo disse, pode telas como quiser…
As “impressões” e interpretação de textos são sempre subjetivas, más o fato objetivo é que dois porta aviões e suas escoltas estavam lá…
Agora, qual foi a “impressão”,
como os chineses interpretaram estes exercícios navais e as declarações do Almirante John Richardson ?
Segundo a Reuters:
“O ‘Diário do Povo’ (o jornal oficial do Partido Comunista da China, que é frequentemente utilizado para expressar pontos de vista de política externa), teve o seguinte a dizer sobre a situação:
“Transmitir uma denominada mensagem sobre segurança através da exibição de poderio militar, e, além disso, descrever os eventos como um ato de dissuasão é algo que os EUA tem feito demasiadas vezes.
Independentemente de quantas vezes ele pode ter ido bem em outras partes do mundo, os EUA escolheu o adversário errado, selecionando China para este tipo de jogo. Por trás de tudo isso revela-se a falta de paciência e movimentos bruscos e também revela a natureza da hegemonia por baixo das aparências.”
Dentro de alguns dias o USS John Stennis estará rumando para o Havaí para participar durante o mês de julho do RIMPAC 2016
algo que foi previsto muito antes do mesmo deixar Bremerton em janeiro, ou seja, não é nem foi pensada uma sustentabilidade
do encontro entre os 2 NAes e o encontro entre os dois iria acontecer de qualquer forma, foi previamente planejado até porque
tal oportunidade é rara.
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O “sensacionalismo” a que me refiro é que o título da matéria no original em inglês ou traduzido para outros idiomas dá a
impressão e já li comentários sobre… de que os 2 NAes foram enviados ao mesmo tempo e destinariam-se a permanecer juntos por um bom tempo, como os EUA fizeram até 2012 quando mantiveram 2 NAes permanentemente com a V Frota por conta do
Irã.
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Não há nada de sensacionalista no título, está mais pra realista!
É evidente por sí só a intenção de exercer a velha, e tão praticada pelos EUA, “diplomacia das canhoneiras”. E o Almirante John Richardson, chefe de Operações Navais do EUA, deixa isto explicito com suas declarações, em um recado agressivo…:
Da Reuters:
“O Almirante John Richardson, chefe de Operações Navais dos EUA disse que não foram muitas vezes que os EUA tiveram dois `carrier strike groups` nas mesmas águas e que este e um sinal do compromisso dos EUA com a segurança regional.
Segundo a Reuters, Richardson fez uma correlação entre a implantação na Ásia e a implantação que os EUA realizaram recentemente no Mar Mediterrâneo, a fim de enviar uma mensagem para a Rússia.
“Tanto aqui como no Mediterrâneo, é um sinal para todos na região, que estamos empenhados, vamos estar lá para os nossos aliados, para tranquilizá-los e para quem quer desestabilizar a região. E esperamos que haja uma mensagem de dissuasão lá também “.
É bem diferente do que enviar 2 NAes da costa oeste dos EUA ao mesmo tempo no que é conhecido como “surge deployment” não houve isso, claro que se planejou que com o USS John Stennis já em missão e o USS Ronald Reagan saindo para sua primeira patrulha os dois iriam se encontrar, mas, isso teria ocorrido de qualquer forma houvesse ou não tensão aliás como já ocorreu antes.
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Para quem frequenta sites militares como o DAN e/ou acompanha questões militares não há nada demais…mas…pessoas menos avisadas com certeza irão dar ao assunto proporções maiores, aliás, como já está aconteceu quando da publicação da reativação da IV Frota anos atrás.
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Daí o “sensacionalismo” !
Pode ficar tranquilo que minha interpretação de texto está em dia. Não existe nada sensacionalista no texto.
A US Navy não é amadora, num exercício que envolvem recursos deste porte não existem “coincidências”, o tempo e local são meticulosamente planejados, inclusive as eventuais mensagens e pressões que se queira exercer através do mesmo…
Estou procurando a parte “sensacionalista” até agora.
A parte “sensacionalista” é que ao contrário do que possa sugerir no título os EUA não planejaram antecipadamente enviar os 2 NAes…trata-se de uma oportunidade , uma combinação de fatores onde um NAe está no fim de sua missão iniciada em janeiro justamente para cobrir um período curto de manutenção do NAe baseado no Japão que está iniciando sua patrulha de cerca de 3 meses.
Dalton quando se refere a grupo tarefa ou força tarefa, de quantos navios estamos falando ao todo incluindo navios de apoio e escoltas? Acredito que no mínimo um Ticonderoga e três Burkes ? Normalmente algum submarino de ataque acompanha o grupo ???
Topol…
vc está certo…um “Ticonderoga” sempre estará presente já que é o navio que coordena toda a defesa do grupo e 3 Burkes normalmente FIIA que embarcam 2 helicópteros orgânicos.
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Não há mais submarino acompanhando, descobriu-se que não há submarinos em números suficientes para permitir que um submarino fique “preso” ao grupo inclusive na longa fase de treinamento antes da missão…mas…nada impede que submarinos
que encontram-se no teatro de operações bem como navios operando independentes não fiquem de olho no NAe.
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Normalmente um navio tanque classe Kayser e um navio que transporta munições e também outras cargas secas e um pouco de
óleo, classe Lewis and Clark acompanha o grupo ou pode estar a espera do grupo ao longo do caminho ou então um único
navio ainda maior que combina ambas as funções classe Supply, mas, existem apenas 3 classe Supply e dentro de alguns meses outro irá para a reserva.
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abs
Valeu Dalton… olhei aqui os números dos Supply-Class fast combat support ship, esse navio é uma peça muito importante… ele desloca até 49.000 toneladas quando totalmente carregado. Segundo a wikipédia este navio transporta até 7.400.000 litros de óleo diesel, mais quase 10.000.000 de litros de JP-5 além de ser a cisterna de água potável da frota e uma enorme câmara fria e armazém com capacidade para até 360 toneladas de alimentos e ´tens básicos… é uma peça de altíssimo valor.
Navios impressionantes…mas…caros de manter, seja pela planta propulsora seja
pela enorme tripulação…mais econômico é ter um navio tanque e um navio de munições então o USNS Bridge o mais novo dos 4 já foi para a reserva em 2014
com cerca de 15 anos de vida apenas e dentro de alguns meses irá para a reserva
o USNS Rainier com pouco mais de 20 anos, metade da vida proposta.
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Permanecerão em serviço os 2 do Atlântico até que todos os novos navios tanques que em breve terão suas construções iniciadas se juntem a força logística, o último
previsto para cerca de 2035 , então ambos serão retirados cumprindo a expectativa de 40 anos.
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O título da notícia é um pouco mais sensacionalista do que é realmente: o USS John Stennis foi despachado da costa oeste dos EUA em janeiro para cobrir um período de manutenção do USS Ronald Reagan, baseado no Japão.
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Terminada a manutenção em maio último o USS Ronald Reagan partiu para sua primeira de duas patrulhas de cerca de 3 meses que um NAe baseado no Japão executa, diferente dos demais NAes que cumprem missões de pelo menos 7 meses incluindo a jornada de ida e a jornada de volta.
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Assim…o USS John Stennis ainda encontra-se em missão enquanto o USS Ronald Reagan ao iniciar sua patrulha aproveitará a ocasião para um treinamento envolvendo 2 NAes, algo absolutamente normal que tem sido feito com regularidade independente de tensões com este ou aquele país.
Mas não deixa de ser uma oportunidade e tanto para o adestramento em área quente.