O risco de separatismo na Ucrânia aumentou um pouco mais ontem, com a invasão do Parlamento regional da Crimeia por homens armados pró-Rússia. Os Estados Unidos advertiram a Rússia para não intervir no país.
A crise na Crimeia, uma região autônoma com população predominantemente de língua russa, pode elevar ainda mais a tensão política na Ucrânia e oferecer ao presidente Vladimir Putin uma possível desculpa caso decida realizar uma intervenção militar na nação vizinha.
Em Simferopol, capital da Crimeia, cerca de 120 homens portando muitos armamentos tomaram o controle de prédios governamentais e do Parlamento, onde ergueram uma bandeira da Rússia. Após a invasão, os deputados aprovaram a convocação de um referendo para o dia 25 de maio para que a população da região se manifeste sobre o status territorial da Crimeia. Para representantes do novo governo ucraniano, a proposta não tem base legal – somente um referendo nacional poderia alterar a situação.
Do lado de fora do Parlamento em Simferopol, houve brigas entre manifestantes favoráveis à separação da Ucrânia e à junção com a Rússia, de um lado, e cidadãos de etnia tártara, do outro, que gritavam “a Crimeia não é a Rússia”.
Na capital da Ucrânia, Kiev, o Parlamento deu posse a um novo gabinete, liderado pelo primeiro-ministro Arseny Yatseniuk. Em discurso, ele atacou a iniciativa separatista. “A questão agora é unidade nacional e quem pedir uma divisão estará agindo contra a Ucrânia e o seu povo”, afirmou. Yatseniuk falou ainda dos problemas econômicos que o país enfrenta. “Estamos diante de desafios econômicos inacreditáveis. A única saída é a realização de medidas bastante impopulares relacionadas a tarifas, subsídios e programas sociais.”
Yatseniuk também acusou o governo do presidente Viktor Yanukovich – derrubado na semana passada -, dizendo que em sua gestão US$ 37 bilhões sumiram dos cofres públicos. “Quero informar-lhes que o Tesouro foi roubado e está vazio (…) US$ 37 bilhões de créditos recebidos desapareceram (…) e uma soma de US$ 70 bilhões saiu do sistema financeiro ucraniano para contas off-shore.”
Os novos líderes da Ucrânia informaram à União Europeia que o país precisa de uma infusão imediata de US$ 4 bilhões, segundo declarações de um diplomata europeu. Dias atrás, a equipe econômica do governo interino anunciou que a Ucrânia precisará de um total de US$ 35 bilhões neste ano e em 2015 para não entrar em colapso. O novo ministro das Finanças, Oleksander Shlapak, disse esperar que o Fundo Monetário Internacional conceda um pacote de ajuda de ao menos US$ 15 bilhões. O FMI confirmou a realização de um pedido formal de auxílio e anunciou que nos próximos dias enviará uma equipe de técnicos a Kiev.
Após dias desaparecido, Yanukovich voltou a se manifestar. Em nota, disse que ainda é o legítimo presidente da Ucrânia e que daria uma entrevista coletiva hoje em Rostov, cidade no sul da Rússia.
A Rússia, que na quarta-feira iniciou exercícios militares perto da fronteira com a Ucrânia, ontem colocou em estado de alerta jatos de combate, segundo a agência Interfax. O presidente interino ucraniano, Oleksandr Turchynov, disse que considera os movimentos das forças russas no mar Negro fora de suas bases como agressão.
Em Bruxelas, onde estava em visita à sede da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental), o secretário da Defesa dos EUA, Chuck Hagel disse que “este é um momento para liderança muito fria e sábia, por parte da Rússia, por parte de todo mundo”. “Esperamos que as outras nações respeitem a soberania da Ucrânia e evitem ação provocativa”, acrescentou.
Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da Otan, se disse bastante preocupado com os acontecimentos na Crimeia e, por meio de sua conta no Twitter, pediu à Rússia para “não tomar qualquer ação que possa aumentar a tensão ou criar mal-entendidos”.
Em viagem à Londres, a premiê alemã, Angela Merkel, afirmou que a integridade territorial da Ucrânia é de “importância central” e que acha que Vladimir Putin pensa da mesma forma.
FONTE: Agência internacionais via resenha do EB
Os governos dos EUA são de um cinismo absurdo. Os EUA e a UE financiaram fascistas de toda ordem, dando apoio político e principalmente midiático a estes tipos, pra derrubar um Presidente eleito democraticamente e que na Campanha já dizia não ter interesse em firmar acordo com a UE (diga-se de passagem, o acordo é terrível para a agricultura e para a indústria ucraniana) e depois diz a Russia pra não se envolver ? Tenha dó. A titulo de informação, hoje (28/02) a cidade de Járkov teve uma grande(mas grande mesmo) manifestação contrária ao novo “governo”, auguem viu essa informação em algum meio de comunicação ? Pois é a manipulação midiática é uma coisa absurda.
Vamos as imagens do que ocorre no momento.
http://www.youtube.com/watch?v=wTRZ-BVPjqg
A UE está mais quebrada do que arroz de terceira e a Ucrânia que ser mais uma a economia russa está crescendo seria bem melhor aliar com pode fazer a gente crescer do que aliar num bloco que a tendência é salve quem puder o último que sair apaga a luz
JÁ vi isso na Georgia , Síria e agora na Ucrânia, vamos aguardar o resultado
Esses governos ucraínos são completamente incompetentes! Incapazes de dar respostas a sua população, ineficientes em dirigir de forma minimamente correta as suas polícias em resposta aos seu protestos de ruas, são invadidos a noite em seu território a vistas de todos e “não viram acontecer” e etc… Isso é a absurda secura de muitos políticos ucraínos de entrar nessa falida UE. Isso de UE só não esta quebrada por que a burocracia torna lenta até a sua putrefação. Os agentes que iniciaram os protestos de ruas na Ucrânia são de partidos de extrema direita e a imprensa esconde isto!
Eu e minha mania (acho que é o tal de TOC) de equilíbrio: quando li o título deste post, na hora me veio a pergunta: “Tá, ok! Mas, e quem vai alertar os EUA a não insuflar os revoltosos anti-Rússia?”